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Saiba O Que Ser

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Por:   •  5/12/2014  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  243 Visualizações

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Ser

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O conceito de Ser atravessa toda a história da filosofia, desde os seus primórdios. Embora já colocado pela filosofia indiana desde o século IX a.C., foi o eleata Parmênides quem introduziu, no Ocidente, esse longo debate, que percorre os séculos e as diversas culturas até os nossos dias.

O Ser é portanto um dos conceitos fundamentais da tradição filosófica ocidental.

Usualmente, na tradição grega, a palavra SER (einai) assume quatro significados diferentes os quais serão apresentados por Platão no diálogo Sofista de maneira mais detalhada solucionando, dessa forma, os problemas lógicos e semânticos que subjazem a algumas das formulações centrais da República.1

1. Existência: para exprimir o fato de que determinada coisa existe. Por exemplo: "a erva é" (= existe)", mas também "o unicórnio é" (ao menos no sentido de existência mental). Lembremos que os gregos não tinham uma palavra específica para a existência.

2. Identidade: para identificar e/ou distinguir algo e/ou alguém em relação a si mesmo e/ou aos outros. Por exemplo "A=A" ou "A beleza é bela"

3. Predicação: para exprimir uma propriedade de determinado objeto. Por exemplo: "y é x" ou a maçã é vermelha. Platão descobriu que é condição da predicação "não haver identidade entre os referentes dos nomes colocados nas posições de sujeito e predicado." 2 . Por exemplo: "Vênus é a estrela da manhã". Gramaticalmente, temos um sujeito e um predicado, mas logicamente temos uma falsa predicação, pois "Vênus" e a "estrela da manhã" são termos cujo objeto é o mesmo, um dos planetas do Sistema Solar.

4. Veritativo: Nos diálogos da velhice, Platão conseguiu separar os valores veritativos da ontologia, ou seja, verdadeiro e falso passaram a ser qualidades do discurso sobre o mundo. Platão desloca a verdade do SER para o discurso. O sentido metalinguístico veridical permite ao verbo SER significar a verdade de uma proposição.

Em filosofia, ser é considerado não só como um verbo (existir) mas também como substantivo ("tudo o que é"). Os termos ser e existência podem ter significados diferentes, embora, na linguagem corrente, possam ser sinônimos ("ser" como "o fato de ser" = existência). As formas identitativa e predicativa são objeto de estudo da lógica.

Índice [esconder]

1 Parmênides e o Ser

2 Problema com o significado de ser na filosofia de Hegel

3 Referências

4 Ver também

Parmênides e o Ser[editar | editar código-fonte]

Parmênides

O primeiro filósofo a colocar explicitamente o conceito de SER foi Parmênides de Eleia (século VI a.C. - século V a.C.). Para ele, seria impossível falar ou pensar no Não-Ser, pois o Não-Ser nada refere. Para o pensador de Eleia, O Ser, que existe para além das ilusões do mundo sensível da doxa, é uno, eterno, imóvel, não-gerado e imutável: "O Ser é e o não ser não é".

Platão tenta resolver a questão do Não-Ser nos diálogos Parmênides e Sofista ao passar a entender o Não-Ser como alteridade (diferença) em relação ao Ser em vez de contrariedade. (Por exemplo, "o belo não é feio"). Segundo o discípulo de Sócrates, quando dizemos "o não-ser não deve participar nem da unidade nem da pluralidade" e o não-ser "é impronunciável, inefável e inexprimível" já dizemos o Não-ser uno, pois dizer o já implica unidade, e contradizemos a ideia de que ele não possa ser pronunciado ou expressado, pois lhe aplicamos o é. Platão

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