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Sandrasurama

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Por:   •  16/3/2015  •  2.393 Palavras (10 Páginas)  •  290 Visualizações

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ASSUNTO: O SIGNIFICADO ONTOLÓGICO DO TRABALHO

PÁGINAS: 25 A 33

Para Marx, o trabalho é o fundamento ontológico-social do ser social; é ele que permite o desenvolvimento de mediações que instituem a diferencialidade do ser social em face de outros seres da natureza. As mediações, capacidades essenciais postas em movimento através da atividade vital, não são dadas a ele; são conquistadas no processo histórico de sua autoconstrução pelo trabalho. São elas: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e a liberdade.

Essa condição ontológico social ineliminável do trabalho, na reprodução do ser social, dá a ele um caráter universal e sócio histórico.

O trabalho é uma atividade teleológica, donde o papel ativo da consciência no processo de autoconstrução humana.

A universalidade, a sociabilidade, a consciência e a liberdade são capacidades humano-genéricas, ou seja, sem as quais a práxis não se realiza com suas potencialidades emancipatórias.

A valoração de um objeto supõe sua existência material concreta. Por isso, o valor não é uma decorrência apenas da subjetividade humana; ele é produto da práxis. Assim se coloca o caráter objetivo dos valores; eles sempre correspondem a necessidades e possibilidades sócio-históricas dos homens em sua práxis.

A práxis não tem como objeto somente a matéria; também supõe formas de interação cultural entre os homens. Nesse sentido, a vida social se constitui a partir de várias formas de práxis, cuja base ontológica primária é dada pela práxis produtiva objetivada pelo trabalho.

A gênese das escolhas e alternativas de valor são indissociáveis da práxis; por isso são categorias objetivas e históricas. Mas, dadas a complexidade da totalidade sócio-histórica, os valores não operam da mesma forma em cada esfera social. As objetivações humano-genéricas não são apropriadas por todos os indivíduos, em toda a história e, em cada momento específico, nas diversas esferas. São objetivações genéricas aquelas que expressão as conquistas da humanidade, em termos do que foi construído e valorado como algo que possibilitou a criatividade, a multiplicidade de gostos e aptidões,a realização da liberdade, da sociabilidade, da universalidade, da consciência, ou seja, do desenvolvimento multilateral de todas as capacidades e possibilidades humanas, o que, para Marx, corresponde à riqueza humana.

TRABALHO E ALIENAÇÃO

PÁGINAS: 33 A 36

Na sociedade capitalista, o trabalho de realiza de modo a negar suas potencialidades emancipatórias. Invertendo seu caráter de atividade livre, consciente, universal e social, propicia que os indivíduos que realizam o trabalho não se reconheçam, nele, como sujeitos. Ao ser alienado, em todo o processo, da atividade que lhe confere identidade humana, o trabalhador se aliena do objeto que ele mesmo criou.Com isso se aliena da atividade, da relação – consigo mesmo e com os outros.

Na sociedade capitalista madura, observa-se uma contradição fundante: pensada a partir das sociedades precedentes, a sociedade moderna efetua o maior desenvolvimento das forças produtivas e das capacidades humano-genéricas e, simultaneamente, produz o maior grau de alienação

Portanto dada a contraditoriedade da história, a alienação coexiste com a práxis emancipadora. Neste contexto, a coexistência entre o maior desenvolvimento das forças essenciais do ser social e sua negação é a forma de ser da sociedade capitalista.

ASSUNTO: AS ATIVIDADES EMANCIPADORAS

PÁGINAS: 37 A 42

A vida cotidiana é insuprimível; nela, o indivíduo se socializa, aprende a responder as necessidades práticas imediatas, assimila hábitos, costumes e normas de comportamento. O indivíduo responde as necessidades de sua reprodução sem apreender as mediações nelas presentes; por isso, é característico do modo de ser do cotidiano o vínculo imediato entre pensamento e ação, a repetição automática de modos de comportamento.

Os modos de comportamento, valores e motivações aparecem a consciência como elementos que funcionam em si e por si mesmos, possibilitando que sejam tratados como uma soma de fenômenos, desconsiderando-se suas relações e vínculos sociais. O cotidiano, portanto propicia que o indivíduo se perceba somente como ser singular.

Por isso não é próprio ao comportamento cotidiano a consciência humano genérica. Por isso a atividade cotidiana não é uma práxis.

A relação consciente do indivíduo singular com a sua genericidade supõe uma elevação acima da cotidianidade. Quando o individuo ascende à consciência humano-genérica, sua singularidade é superada e ele se torna “inteiramente homem”.

Dessa forma, a elevação ao humano-genérico supõe a supressão da alienação, não da vida cotidiana. Algumas atividades permitem uma ampliação da relação consciente do indivíduo com a genericidade: o trabalho, a arte, a ciência, a filosofia, a política e a ética.

As atividades propiciadoras da conexão dos indivíduos com o gênero humano explicitam capacidades como: criatividade, escolha consciente,deliberação em face de conflitos, entre motivações singulares e humano-genéricas, vinculação consciente com projetos que remetem ao humano-genérico, superação de preconceitos, participação cívica e política. Todas elas estão vinculadas com valores; a maior parte exemplifica a capacidade ética do ser social.

A CAPACIDADE ÉTICA DO SER SOCIAL: A NATUREZA DAS OBJETIVAÇÕES MORAIS

PÁGINAS: 42 A 46

A moral origina-se do desenvolvimento da sociabilidade; responde à necessidade prática de estabelecimento de determinadas normas e deveres, tendo em vista a socialização e a convivência social. Possibilita que os indivíduos adquiriam um “senso” moral.

O senso moral ou moralidade é uma medida para julgar se os indivíduos estão socializados. Por isso, a moral tem uma função integradora. Estabelece uma mediação de valor entre o indivíduo e a sociedade; entre ele e os outros, entre sua consciência e sua prática.

Ontologicamente considerada, a moral é uma relação entre o indivíduo singular e as exigências genérico-sociais.

Considerada

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