Ser Deferente
Artigo: Ser Deferente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: iriani • 30/4/2013 • 1.812 Palavras (8 Páginas) • 306 Visualizações
INTRODUÇÃO:
Os pedagogos, professores, e alunos entrevistados relatam que ainda há muitas dificuldades de aceitação entre os alunos, no espaço escolar,onde se podem destacar variadas formas de preconceitos e discriminações tanto social, sexual, racial, cultural, econômica, religiosa, etc...
Fatos diretamente ligados ao bullying, pois todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de ”brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de Bullying, pode acarretar sérias consequências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde a queda na autoestima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.
Mas que em contra partida também foram vencidas muitas barreiras, que já se ocorreram muitos avanços em termos de responsabilidades e conscientização a respeito de tais aspectos citados acima.
SER DIFERENTE É NORMAL
Os pedagogos entrevistados entendem que seu papel é fundamental no processo de ensino-aprendizagem, devendo, portanto, fazer a mediação do trabalho pedagógico na escola, tendo presente às diferenças existentes no espaço escolar. Para que o mesmo possa auxiliar o professor em sala de aula, deve acima de tudo ter formação continuada, conhecimento, muita leitura, postura, ética profissional e comprometimento. Sempre buscar adaptações das atividades que vem de encontro com as necessidades de cada aluno em sala, organizar ambientes de acordo com cada situação encontrada, para facilitar desde a locomoção até o máximo de aproveitamento dos espaços.
No processo de inclusão, deve propor e coordenar ações coletivas, subsidiar o trabalho do professor com propostas de atividades diversificadas, respeitando os tempos, espaços e ritmos do aluno para que o mesmo possa aprender. A adaptação curricular é um direito do aluno e um dos caminhos para se chegar a um melhor resultado de ensino-aprendizagem.
Pois entender a educação é compreender como se constrói o aprendizado e ser capaz de transformar o conhecimento. Vários estudos mostram que é necessário entender a relação existente entre o professor alfabetizador e o aluno para compreender como se pode desenvolver um aprendizado sadio e o quanto às interações sociais surgidas na sala de aula pode interferir na qualidade do ensino.
Para esclarecer melhor o papel do segundo professor,ou seja, profissional especificadamente responsável por alunos portadores de necessidades especiais em sala de aula é mostrar para os demais alunos que “deficiência” não é doença, que apesar dos limites este aluno possui muitas capacidades. Também deve cativar os colegas do mesmo para que o ajudem fazendo trocas de experiências, de conhecimentos, motivando-o na autoestima, na autoconfiança, para que o mesmo sobrepõe-se a seus limites, mostrando suas potencialidades. Entretanto os dois professores juntos devem planejar suas aulas em prol do benefício para todos os alunos.
Também é indispensável tomar conhecimento da história de vida dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, e isso só é possível com o envolvimento da família. Pois a educação começa em casa com a participação dos pais, pois apartir do momento que a criança é ouvida sente-se valorizada e assim desenvolve suas habilidades. Pode-se assim dizer, que os primeiros “educadores” são os pais.
Portanto, cabe ao pedagogo encaminhar ações junto as famílias para que estas percebam que a escola sozinha não pode suprir a todas as necessidades precisas e que cada instituição precisa desempenhar sua função específica na busca de objetivos comuns. Este trabalho pode ser feito através de entrevistas, encontros de formação, palestras, oficinas, visitas...
Sem dúvida a organização do trabalho pedagógico é a mola mestra da escola, este trabalho deve fazer com que as atividades em sala de aula se efetivem, cative e envolva realmente os alunos, caso contrário ele não está cumprindo com o seu dever. Pois, é o que dá sentido e suporte para as ações a serem desenvolvidas tendo como alvo o aluno, sua aprendizagem e sucesso, pois, a inclusão não se efetiva com a garantia do acesso à escola, e sim, quando “todos” os alunos tiverem acesso ao conhecimento, cada qual na sua condição, porém, com as mesmas possibilidades.
Pois, quando a criança vê no professor, na direção, na equipe pedagógica, um amigo, uma pessoa em que confie com certeza seu aprendizado será melhor e maior.
O professor deve usar recursos para cativar seus alunos, mostrar a eles o que o computador, as revistas, os jornais, etc., não possuem, o que somente o ser humano conhece: o amor, o afeto, a compreensão... A criança que desfruta desse processo no ensino-aprendizagem passa ver a escola como algo prazeroso e não obrigatório.
Mas infelizmente, o preconceito existe e também está presente de várias formas no espaço escolar. Não somente pela comunicação verbal, ou com aluno portador de necessidade especial, pois todo tipo de diferença gera preconceito, exemplo: baixo, gordo, gago, etc., mas isso são apenas diferenças e cabe ao professor esclarecer que a discriminação, o preconceito é errado, é crime. E ai entra o fenômeno Bullying que precisa ser encarado e assumido por todos como algo que deve ser combatido com urgência. Deve-se salientar a criação da Lei do Combate ao Bullying Lei n◦ 6.481/09 de 2009 que dispõe sobre a inclusão de medidas de “Conscientização, Prevenção, Diagnose, e Combate ao Bullying” no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas e privadas de educação básica do país. Portanto é preciso orientar a pessoa que sofre o Bullying a denunciar este preconceito.
É preciso muito diálogo e orientação para dar a entender as consequências que tais atitudes podem causar e que o “outro” deve ser respeitado em suas diferenças, portanto, compreendido.
Os professores entrevistados relatam que já foram vencidos e conquistados muitos avanços em relação aos preconceitos existentes. Mas ainda existem dificuldades se aceitação por parte dos próprios colegas de sala em respeito aos portadores de necessidades especiais e outros.
Tendo em mente, esta situação a maior dificuldade que o professor encontra está relacionada com a sua formação profissional. O professor não possui formação suficiente para poder atender, ao mesmo tempo, alunos considerados normais e alunos especiais, além do mais se deve levar em consideração o número de alunos por sala de aula, para que se possa adequá-lo de forma correta para que os mesmos não
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