Serrolândia

Serrolândia, terra do licuri e das bolsas, é assim que ela é conhecida ultimamente, demonstrando uma equilíbrio entre a agropecuária e as fábricas de bolsas. Mas, é o trabalho do campo e tudo que proporciona aos consumidores a marca dessa cidade do interior, até porque Serrote é um nome bem característico e muito cultural.

Serrolândia, como se chama hoje, foi descoberta por meio de um grande monte, onde encontraram muito Ouricuri, a história começa a se desenrolar. Todo povo precisa da terra e da natureza, não existem trabalhos separados na fazenda, enquanto uns plantam, outros colhem, outros levam essa comida pro gado, outros transportam, e ás vezes só um faz tudo isso.

Ao contrário da fábrica onde há um trabalho hierarquizado, na fazenda todos desempenham funções de significativo valor. Na indústria há superiores e inferiores, uns dependem dos outros para que cheguem ao produto final, mas só quem ganha lucro é o patrão. Como Karl Marx reflete, dividir socialmente o trabalho gera a divisão em classes, os operários vendem sua força de trabalho, mas nem sempre ganham pelo tanto que produzem, e sempre estamos vendendo força de trabalho, ou presenciando-a, num banco, num bar, numa casa.

Émile Durkheim até tenta dizer que dividir o trabalho é gerar coesão social, realmente é, mas desde que houvesse justiça e igualdade nessa divisão. O trabalho do campo se sobressai em aspectos que dizem ser medievais e antigos, é certo que as fazendas também tem seus donos, e a escravidão surgiu a partir daí, mas na nossa cidade há um predomínio da agricultura de subsistência, o artesanato, muita gente acaba se ajudando, falando da vida um do outro, querendo mais e mais terra, porque esse era o poder de antes.