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Serviço Social - 4ª Série - Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social III Danila Valentim Carlos Pág. 3 De 6

Casos: Serviço Social - 4ª Série - Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social III Danila Valentim Carlos Pág. 3 De 6. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2013  •  2.200 Palavras (9 Páginas)  •  1.047 Visualizações

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Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos Do Serviço Social Ii

Serviço Social: rompendo com a alienação

INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é discorrer sobre o processo de formação institucional e organizativa profissional do Serviço Social, partindo de uma visão assistencialista a uma visão crítica da realidade.

Para tanto, perfazendo uma contextualização a nível mundial e Brasil, destacando a emergência do serviço social que surgiu para amenizar as expressões da “questão social”, advindas das contradições e antagonismos do sistema capitalista.

Todo esse processo visava o amadurecimento do Serviço Social, onde esse deixa de atuar de forma não sistemática, passando a operar com uma visão crítica das relações sociais.

Assim, o Serviço Social passa a assumir características particulares, atuando frente aos problemas sociais com um papel ético-profissional.

Apresentação da Autora

Maria Lúcia Martinelli gradua-se em Serviço Social em 1966, Mestre em 1977, Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e com Pós- Doutorado em História das Idéias Contemporânea pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo em 2002. Também autora de vários livros voltando-se para área de serviço social, ale de fazer parte de diversos conselhos.

Sendo, considerada Marxista por suas obras apresentarem análises criticas da realidade e objetivando a “quebra” da alienação profissional, para tanto se utilizando das “idéias” de Karl Marx.

MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: rompendo com a alienação. São Paulo: Cortez, 2001, p. 93-151.

Identificação das Questões e Argumentos Presentes na Obra

No século XIX, mais precisamente entre os anos de 1873 a 1896, se desenvolveu a primeira grande crise do capitalismo concorrencial (Grande Depressão) que culminou numa nova fase do capitalismo, o monopolista.

Tendo como conseqüência um conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que antecederam a I Guerra Mundial que ocasionou grandes prejuízos econômicos e a Revolução Rússia que resultou em um período de grande consolidação dos movimentos operários e o avanço do socialismo em várias partes do mundo.

A questão social deixa de ocupar um segundo plano e passa a ser o centro daquele momento, onde o interesse da classe dominante não era dominar o capital, mas o movimento operário.

Sendo uma estratégia da burguesia, a “questão social” é utilizada para impedir a marcha organizativa dos trabalhadores. Porém esse momento serviu para aumentar a consciência e organização dessa classe.

A prática da assistência data desde os tempos da antiguidade, onde essa tarefa era reservada as irmandades religiosas que tinha como objetivo minorar o sofrimento das pessoas que dela necessitassem. Já o Cristianismo trouxe para a assistência não só o caráter da caridade, mas também da justiça social, onde buscou destacar a dimensão espiritual.

A Reforma Religiosa defendida por Martim Lutero pregava à hegemonia da fé em relação à caridade, com isso, a prática da assistência alterou-se, onde passou a se organizar fora da instituição religiosa. Um século depois da Reforma Religiosa, São Vicente de Paulo buscou restabelecer as bases cristãs da assistência, além de buscar a participação das irmandades e dos leigos em suas práticas.

No século XVIII, a Revolução Francesa a assistência sofre novamente mudanças, onde passou a se destinar como um direito do cidadão, sendo responsabilidade de todos presta - lá.

A Sociedade de Organização da Caridade surgiu no final do século XIX, através da aliança entre Burguesia, Estado e Igreja, objetivando a racionalização da assistência e reorganizando-a em bases científicas. Procurando impedir as manifestações coletivas dos trabalhadores, buscando assim controlar as expressões da “questão social”.

Dessa maneira, a assistência assume funções: a econômica que buscava garantir a expansão do capital; a ideológica voltada para as visões de mundo, sendo que através desta se tornava possível o ajustamento dos comportamentos e a difusão dos novos modos de pensar da lógica capitalista; e a de controle que se expressa em uma resposta advinda da classe dominante frente às ameaças que poderia por em xeque o seu poder.

Mais tarde, com o trabalho desenvolvido por Octavio Hill voltado para a educação familiar e social, a Sociedade de Organização de Caridade passa a difundir a idéia de que a assistência social deveria atuar na “reforma do caráter” da classe revoltosa.

Procurando incentivar a expansão do trabalho de Hill, Charles Loch retomou as práticas de educação familiar, tendo como consequência a criação do Centro de Ação Social dedicado ao trabalho com famílias de operários e com os pobres em geral.

Dessa maneira, a visita domiciliar e o inquérito eram instrumentos que permitiam atingir um duplo objetivo: conhecer in loco e disseminar o “modo capitalista de pensar”.

Com objetivo de fazer com que o inquérito pudesse ser utilizado de maneira qualificada e profissional, Richmond influenciou para efetivação da criação de escolas que visavam à profissionalização dos agentes que prestavam assistência.

Assim, em 1897 com Conferência Nacional de Caridade e Correção em Toronto, ela propôs a criação da Escola de Filantropia Aplicada. Tendo sido criada apenas em 1899, onde foi muito importante para sistematização do ensino, para a profissionalização e institucionalização do Serviço Social.

Como a classe dominante considerava que os problemas sociais estavam intimamente ligados aos de caráter, Richmond considerava que o papel da assistência deveria voltar- se para a reintegração do individuo e conseqüentemente uma reforma no seu caráter.

Com a expansão das escolas a prática da assistência ganhou horizontes mais amplos onde se fez necessário à substituição dos termos utilizados anteriormente (ação social, caridade, beneficência), pois estes não mais abrangiam as problemáticas da “questão social”.

Enquanto que os americanos propunham a utilização do termo: “trabalho social”, pois o mesmo representava uma oportunidade de fazer com que os

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