Sistema Toyota De Produção
Pesquisas Acadêmicas: Sistema Toyota De Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mesquita_rachel • 6/4/2014 • 3.997 Palavras (16 Páginas) • 580 Visualizações
Origem do Sistema Toyota de Produção
Antes da Segunda Guerra Mundial a estrutura industrial do Japão era fortemente influenciada pelos zaibatsus. Estes eram conglomerados de empresas, de propriedades familiares, constituídas por uma empresa central (geralmente um banco) e de vinte a trinta organizações periféricas. Os zaibatsus detinham grande poder, tinham grande influência sobre o governo e obtinham deste vantagem e favores.
Depois da Segunda Guerra Mundial as forças de ocupação identificaram essas empresas e seus proprietários e diretores como expansionismo japonês e o caráter bélico de seu governo, uma das primeiras preocupações das forças aliadas, especialmente dos Estados Unidos, mesmo antes do final da guerra, foi dissolver os Zaibatsus, através de um quadro de reformas institucionais, entre elas a Lei de Proibição dos Monopólios e Métodos de Preservação do Livre Comércio, promulgada em 1947, que visavam reproduzir no Japão certos elementos típicos da cultura e da estrutura industrial dos EUA, resultando a democratização do capital.
Com uma economia descentralizada, voltada para a produção de bens civis a Guerra da Coréia (ocorrida entre 25 de junho de 1950 e 27 de julho de 1953) teve um papel importante para a reconstrução do Japão, no pós-guerra, pois os dois lados, Coreia do Norte e a do Sul em conflito, fizeram grandes encomendas ao Japão, que ficou encarregado de fabricar roupas, suprimentos para as tropas na frente de batalha, além de caminhões Toyota, o que livrou a empresa da falência. Essa medida foi conveniente aos Estados Unidos, já que a localização geográfica do Japão favoreceu o fluxo da produção à Coréia.
Vale registrar que em 1937, a Toyota Motor Co. Ltd. foi inicialmente criada como uma subsidiária da Toyoda Automatic Loom Works, uma das principais fabricantes mundiais de máquinas de tecelagem sob a chefia de Sakichi Toyoda, o mesmo já possuía uma preocupação em relação à redução dos desperdícios no processo de produção, já havia desenvolvido um tear automático que tinha a capacidade de parar imediatamente quando ocorria uma falha, ainda em 1986.
Em 1929 a Toyoda vende os direitos de suas patentes (de teares) à empresa britânica Platt Brothers. Depois da venda dos direitos da patente de uma das suas máquinas, a parcela inicial do investimento a longo prazo é que foi para o desenvolvimento e fabricação experimental dos primeiros automóveis da Toyota, no qual Sakichi Toyoda encarrega o seu filho Kiichiro os inventos na indústria automobilista, no qual o mesmo já havia se interessado pela complexidade deste produto, numa viagem feita aos Estados Unidos em 1910.
Em 1938 nasce o primeiro automóvel híbrido da Toyota, o modelo AA.
A cada nova situação surgida em sua recuperação material e econômica, os japoneses necessitavam de veículos específicos e quantidades limitadas e pontuais. Havia a necessidade de mudar os modelos dos automóveis em produção conforme as necessidades da demanda exigida. A produção deveria ser puxada pelo consumo e não mais empurrada pela indústria ao mercado. A Toyota aprendeu a projetar testar e colocar seus produtos mais rapidamente que as indústrias da América do Norte e isto foi essencial para seu sucesso.
Nos Estados Unidos a produção em massa de mesmos modelos era primordial para diminuir custos. Produziam-se grande quantidade com poucos tipos diferentes, enquanto na produção japonesa o objetivo era cortar custos, com quantidades menores, mas de diferentes tipos de carros, até porque o Japão possuía um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, impossibilitando a solução Tayolista-Fordista de produção em massa. Foi considerado o berço da automação flexível, pois apresentava um cenário diferente dos Estados Unidos e da Europa.
A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para a importação dos equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização.
No Japão, em algumas áreas, a produção em massa foi muito utilizada. Ao imitar os Estados Unidos os japoneses aprenderam muito com suas técnicas de controle estatístico de processos, principalmente através de W.E. Deming, estatístico americano, e de Juran e Feigenbaum. Demining apresentou um seminário de oito dias em 1950, focando o problema da variabilidade e separando suas causas em causas especiais e causas comuns. A abordagem de Deminsg para a solução de problemas foi chamado de ciclo PDCA (Plan, Do, Check and Act).
Apoiada em ferramentas estatísticas de uso corriqueiro, originou o sistema conhecido por CWQ, ou TQC (Controle da Qualidade Total), baseado em elementos de várias fontes, como o cartesianismo, o taylorismo e o controle estatístico de processos. Mas o principal objetivo do Sistema Toyota era produzir muitos modelos em pequenas quantidades.
Quando o Japão perdeu a guerra em 1945, o presidente da Toyota, Kiichirõ Toyoda, disse que teriam que alcançar os Estados Unidos em três anos, caso contrário a indústria automobilística do Japão não sobreviveria. Mas a força de trabalho de um americano vale por nove japoneses. Conclui-se que os japoneses estavam desperdiçando alguma coisa. Se conseguissem eliminar o desperdício, a produtividade deveria duplicar. Foi essa ideia que marcou o início do atual Sistema Toyota de Produção.
Um acontecimento determinante para definir que os modelos de produção utilizados na América não eram cabíveis no Japão foi à observação inusitada feita pelo engenheiro da Toyota Taiichi Ohno, em viagem aos EUA, verificou que os supermercados americanos repunham os estoques de produtos nas prateleiras na exata medida de seus consumos. Esta ideia, transposta para a fábrica, permitiu uma operação nivelada entre os postos operativos, onde o posto precedente repõe apenas as peças certas, na quantidade certa e no momento em que o posto sucessivo as consumiu, prevenindo a formação de estoques entre processos.
O Sistema de Produção Toyota é baseado nos preceitos Jidoka (Autonomação), "Just-in-Time" (Pontualidade a todos os níveis) e "Kaizen" (Melhoria Contínua), o sistema ajuda a reduzir inventários e defeitos em todas as nossas operações a nível mundial.
Com base na absoluta eliminação do desperdício, foram necessários
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