Sistema Único De Saúde

A partir do texto, "Questionando conceitos: o público e o privado na saúde no século 21", analise/comente sobre o processo de privatização do SUS - terceirizações dos serviços e precariedades do atendimento da população.

O Sistema Único de Saúde, como nome diz, deveria ser “Único” e sendo ele uma política de Estado e assegurado a todos os brasileiros de forma gratuita através da Constituição de 1988. Porém a precariedade do sistema de saúde cria um sistema paralelo ao SUS que vem ser fortalecendo e obriga aos Estados a contratarem os chamados serviços complementares, aplicando parte dos recursos destinados a saúde pública ao setor privado, haja a vista que o setor publico não consegue atender na sua totalidade a demanda da população. Penso que, um dos grandes propulsores dessa ineficiência e a falta de conhecimento dos gestores públicos em gerenciar o sistema de saúde brasileiro e essa falha inicia-se com a formação dos profissionais da saúde que em geral são preparados para o mercado de trabalho privado, curativo e não preventivo. O modelo de gestão do privado e voltado para a satisfação do cliente, normalmente focados nas certificações nacionais e internacionais para garantirem suas metas. A eficiência do setor privado motiva alguns idealizadores a acreditar que o setor privado teria melhor eficiência no gerenciamento dos serviços de saúde público.

É o que de fato garante esse alta eficiência do setor privado? Seria o nível especializado dos seus colaboradores muitas das vezes estimulados pela própria empresa e outras pelo investimento do próprio colaborador com intuito de almejar melhores salários? Independentemente de como se da essa capacitação continuada, o fato é que devemos reconhecer que muitos serviços privados gerenciam melhor alguns serviços de saúde. Mas não seria esse o caminho da privatização dos serviços a melhor saída. O Brasil precisa investir em capital humano, preparar melhor seus gestores e colaboradores para serem, mas eficientes na gestão.

A falta de autonomia administrativa e financeira das redes hospitalares e dos serviços de referência é também um dos problemas na ineficiência da gestão dos serviços, fato este que não se observa na maioria dos setores privados e nem nas autarquias públicas de direito privado (Fundações Estatais). Tal fato e verdade que podemos observar que alguns serviços de referencia no Brasil são autarquias publicas com autonomia administrativa e financeira e desempenham adequadamente com sua missão com qualidade e eficiência aos seus usuários como vemos no INCOR, SARA e HEMOCENTROS. Esse modelo traz consigo a facilidade de melhores aparatos tecnológicos, aperfeiçoamento dos recursos humanos, agilidade nos processos administrativos. Porém o sucesso da gestão seja de qualquer política publica só ira trazer resultados se ele for trabalhado de forma compartilhada com os colaboradores, com remunerações dignas e com gratificações associadas com metas a serem atingidas vinculadas a missão institucional. È preciso se fazer entender qual o motivo da existência da instituição e compreender qual o plano de negócio de cada processo para que juntos, gestores e colaboradores possam gerenciar um serviços de saúde ou qualquer outro que seja de forma a cumprir com a ideologia do que proposto para a criação do Sistema Único de Saúde.

Me atento a focar