Sistemas de Administração da Produção
Tese: Sistemas de Administração da Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nivaldo • 15/8/2013 • Tese • 1.135 Palavras (5 Páginas) • 323 Visualizações
Modelos de gestão de estoques intermediários no processo de fabricação
Paulo César C. Rodrigues (FEB/UNESP) – pauloccr@feb.unesp.br
Otávio J. Oliveira (FEB/UNESP) – otavio@feb.unesp.br
Resumo
O principal objetivo deste artigo é apresentar um estudo, com base em uma pesquisa
bibliográfica, sobre os principais instrumentos disponíveis para gestão de estoques intermediários
em processos de manufatura, procurando-se identificar suas principais dificuldades e
evidenciando-se algumas ferramentas para redução de desperdícios. No trabalho é apresentada
uma revisão conceitual sobre os seguintes temas: gestão de produção, logística, desperdícios na
produção e gestão de estoques intermediários. Ao final são feitas algumas considerações sobre a
utilização desse ferramental na realidade das empresas industriais.
Palavras-chave: Gestão de estoques; Logística; Logística de planta; Desperdício.
1 – Introdução
Segundo Oliveira (2004), atualmente, as organizações encontram-se inseridas em um
cenário de constante procura pela competitividade, conseqüência do processo de globalização de
mercados. Assim, as empresas tendem a buscar melhores condições para uma inserção estável e
permanente no mercado, se é que isso é possível no atual contexto mundial.
O objetivo desta pesquisa bibliográfica é apresentar uma análise teórica sobre os modelos
de gestão de estoques intermediários no processo de fabricação, onde serão abordados: a gestão
de produção, a logística, os desperdícios na produção e a gestão de estoques intermediários.
O método de coleta de dados utilizado neste artigo será a pesquisa científica de
documentos que, conforme Jung (2003), pode ser escritos e/ou eletrônicos, ou seja, periódicos,
teses, dissertações, livros, cd-rom e internet, para que se possa compreender melhor os modelos
de gestão de estoques. Segundo Lakatos e Marconi (1987:44), a pesquisa bibliográfica é “um
procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou
dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento”.
2 – Sistemas de Administração da Produção (SAP)
Segundo Corrêa e Gianesi (1996), os Sistemas de Administração da Produção (SAP) são
os corações dos processos produtivos. Eles têm o objetivo básico de planejar e controlar o
processo de manufatura em todos seus níveis. É por meio dos SAP que a organização garante que
suas decisões operacionais sobre o que, quando, quanto e com o que produzir e comprar sejam
adequados às suas necessidades estratégicas.
Os Sistemas de Administração da Produção provêem informações que suportam o
gerenciamento eficaz do fluxo de materiais, da utilização de mão-de-obra e dos equipamentos, a
coordenação das atividades internas com as atividades dos fornecedores e distribuidores e a
comunicação/interface com os clientes no que se refere a suas necessidades operacionais. O
ponto chave nesta definição é a necessidade gerencial de usar as informações para tomar decisões
XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006
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inteligentes. Os SAP não tomam decisões ou gerenciam sistemas – os administradores é que
executam estas atividades. Os SAP têm a função de dar suporte aos administradores para que
possam executar sua função de forma adequada (VOLLMANN et al., 1992).
Corrêa e Gianesi (1996:43) definem, assim, algumas atividades gerenciais típicas que
devem ser suportadas pelos SAP:
• Planejar as necessidades futuras de capacidade (qualitativa e quantitativamente) do
processo produtivo, de forma que haja disponibilidade para atender ao mercado com
os níveis de serviços compatíveis com as necessidades competitivas da organização;
• Planejar os materiais comprados, de modo que eles cheguem no momento e nas
quantidades certas, necessárias a manter o processo produtivo funcionando sem
rupturas prejudiciais aos níveis pretendidos de utilização de seus recursos;
• Planejar níveis apropriados de estoques de matérias-primas, semi-acabados e
produtos finais nos pontos corretos, de forma a garantir que as incertezas do processo
afetem o menos possível o nível de serviços aos clientes e o funcionamento suave da
fábrica;
• Programar atividades de produção, de forma que as pessoas e os equipamentos
envolvidos no processo estejam, em cada momento, trabalhando nas coisas certas e
prioritárias, evitando, assim, dispersões desnecessárias de esforços;
• Ser capaz de reagir eficazmente, reprogramando atividades bem e rápido, quando
algo correr mal no processo ou quando situações ambientais inesperadas ocorrerem;
• Prover informações a outras funções a respeito das implicações físicas e financeiras
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