Sociologia
Ensaios: Sociologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sjbmorais • 28/3/2015 • 1.837 Palavras (8 Páginas) • 957 Visualizações
INTRODUÇÃO
A sociologia se dedicou em estudar diversos temas, entre esses temas se dedicou ao estudo da sociedade midiática, a maior preocupação entre os autores foram especialmente em avaliar o impacto dos meios de comunicação de massa na população, na cultura e na formação da opinião pública . Eles se interessaram também no aprendizado sobre a lógica da produção capitalista subjacente à indústria cultural, para além dos seus conceitos manifestos.
Também foram estudadas as relações entre empresas de mídia e o poder político; a imprensa e os demais meios de comunicação como uma nova forma de poder.
Eis que alguns autores, filósofos e sociólogos, expõem suas visões sobre essa sociedade midiática.
UMBERTO ECO
Umberto Eco, que foi um filósofo, escritor e linguista Italiano; denominou em "Apocalípticos" aqueles autores que criticavam os meios de comunicação em massa e acreditavam que se vivêssemos submetidos a uma sociedade de massas cujas informações são controladas pelo poder estabelecido e pelo capital, não haveria a consciência verdadeira e que estaríamos condenados a viver como descrito no mito da caverna de Platão. E em "integrados" os que defendiam os meios de comunicação e a indústria cultural.
Entre os motivos para condenar os mdcm (meios de comunicação de massa), segundo os "apocalípticos", estariam: a veiculação que eles realizam de uma cultura homogênea (que desconsidera diferenças culturais e padroniza o público); o seu desestímulo à sensibilidade; o estímulo publicitário (criando, junto ao público, novas necessidades de consumo); a sua definição como simples lazer e entretenimento, desestimulando o público a pensar, tornando-o passivo e conformista. Nesse sentido, os mdcm seriam usados para fins de controle e manutenção da sociedade capitalista. No entanto, entre os motivos para absolver os mdcm, apontados pelos "integrados" estariam: serem os mdcm a única fonte de informação possível a uma parcela da população que sempre esteve distante das informações; as informações veiculadas por eles poderem contribuir para a própria formação intelectual do público; a padronização de gosto gerada por eles funcionar como um elemento unificador das sensibilidades dos diferentes grupos. Nesse sentido, os mdcm não seriam característicos apenas da sociedade capitalista, mas de toda sociedade democrática.
• Eco acredita que não se pode pensar a sociedade moderna sem os mdcm, sua preocupação é descobrir que tipo de ação cultural deve ser estimulado para que os mdcm realmente veiculem valores culturais num determinado contexto históricos. Pois não é pelo fato de veicular produtos culturais que a cultura de massa deva ser considerada naturalmente boa, como querem os "integrados".
• Eco critica as duas concepções. Os "apocalípticos" estariam equivocados por considerarem a cultura de massa ruim simplesmente por seu caráter industrial. Os "integrados", por sua vez, estariam errados por esquecerem que normalmente a cultura de massa é produzida por grupos de poder econômico com fins lucrativos, o que significa a tentativa de manutenção dos interesses desses grupos através dos próprios mdcm.
• Eco chama a atenção de que devemos pensar nas condições de fato e que operamos em e para um mundo construído na medida humana.
“O universo das comunicações de massa é o nosso universo, e se quisermos falar de valores, as condições objetivas das comunicações são aquelas fornecidas pela existência dos jornais, do rádio, da televisão, da música reproduzível, das novas formas de comunicação visível e auditiva”. O uso indiscriminado do conceito de Indústria Cultural implica na incapacidade de aceitar esses eventos históricos, e a perspectiva de uma humanidade que saiba operar sobre a história. Colocar-se em relação dialética, ativa e consciente com os condicionamentos da indústria cultural tornou-se o único caminho para o operador de cultura cumprir sua função.
Para Eco, não se pode ignorar que a sociedade atual é industrial e que as questões culturais têm que ser pensadas a partir dessa constatação. “O sistema de condicionamentos denominado indústria cultural não apresenta a cômoda possibilidade de dois níveis independentes, um de CM e outro da elaboração aristocrática que a precede sem ser por ela condicionada. A Indústria cultural estabelece uma rede de condicionamentos recíprocos.
THEODOR ADORNO
Theodor Adorno, foi um filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão, que foi considerado o inventor do conceito de indústria cultural, que acabou designando o processo de produção simbólica e tecnológico, mais voltado a parte dos lucros. Ele foi um dos maiores críticos da sociedade midiatizada; ele afirmava que essa sociedade teria se tornado um processo industrial, que produzia bens simbólicos e de tecnologia para a satisfação do público do entretenimento. E por um outro lado satisfazia o enriquecimento dos empresários, e a busca pelo poder e controle da elite dominante. O mesmo afirmava que com a televisão o processo de alienação do espectador fica ainda mais eficiente. A fronteira entre a realidade e a imagem torna-se atenuada para a consciência.
É dessa maneira que vários meios de comunicação, que liderados pela televisão acabaram, se tornando modelos de comportamento que acabaram criando realidades. Pois tudo que os meios de comunicação põe como realidade acaba existindo do outro lado da tela, com isso o poder de manipulação atua sobre o público.
WALTER BENJAMIM
Walter Benjamin, foi um filósofo e cientista social, ele foi um dos faziam a defesa de uma posição mais tolerante em relação à indústria cultural, Walter Benjamin fazia alertas para as transformações que a indústria cultural teria trazido para a arte erudita, com o fim da ''aura'' da obra prima, que segundo o autor nunca pode ser reproduzida. Ele também alertava para as transformações que a indústria cultural introduzia na produção simbólica, ou seja, uma maior separação entre os atores e o público, e o aumento do grau de especialização dos profissionais envolvidos.
Benjamin, assim como outros autores marxistas da escola de Frankfurt,
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