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Sociologia Da Educação

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Por:   •  18/11/2013  •  572 Palavras (3 Páginas)  •  272 Visualizações

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Com o processo de aprendizagem, a criança assimila que escrever não é equivalente ao ato de falar, que a escrita é uma convenção social. Ao escrever uma palavra, por exemplo, a criança poderá ter várias maneiras de fazê-la, mas deverá escolher o estabelecido pelas normas ortográficas. Para Faraco (1994:9-10), o sistema de escrita é alfabético com memória etimológica, ou seja, não é sempre que será possível ter a relação som e letra, o sistema gráfico relativiza o princípio geral da escrita, fazendo representações arbitrárias, ou seja, a escrita não respeita regras fixas da fala, deve-se levar em conta a origem da palavra. Em certas ocasiões, para a apropriação da grafia, é necessário que se trabalhe as estratégias cognitivas, pois como se falou anteriormente, há representações arbitrárias. Faraco (1994:16) comenta que, em certos casos, a pessoa deverá memorizar a palavra ou ir ao dicionário, sempre que tiver dúvidas.

Outra característica do sistema gráfico, além da memória etimológica, é a sua relativa neutralidade em relação à pronúncia, por exemplo, não se escreve como se fala. Nesse sentido, o método fônico é citado pelo autor como um “equívoco”. Ele considera duas razões para esse equívoco: o sistema tem a memória etimológica, como foi exposto anteriormente, e a neutra relação à pronúncia. O que Faraco (1994:11) quis dizer é que há várias formas de se dizer uma palavra, de acordo com o dialeto, e uma única forma de escrevê-la.

Continuando o estudo sobre as características gerais sobre o sistema gráfico do sistema português, Faraco discute tipos de relações possíveis nos sistema entre unidades sonoras e unidades gráficas. Nas relações biunívocas, uma determinada unidade sonora corresponde a certa unidade gráfica, e vice-versa, são relações absolutas. Nas relações cruzadas, há dois casos que ocorrem: uma unidade sonora tem mais de uma representação gráfica possível e em outro caso, uma unidade gráfica representa mais de uma unidade sonora.

Para Faraco, sobre estas duas relações: A diferença entre essa situação (regularidade relativa) e a primeira (regularidade absoluta) é que a previsibilidade aqui é determinada pelo contexto, isto é, pela posição da unidade sonora ou da unidade gráfica na sílaba ou na palavra; ou ainda pelo elemento que a segue. (FARACO, 1994, p.15)

A ocorrência de uma ou mais forma de se grafar uma palavra, torna-se para o usuário da língua portuguesa, uma representação arbitrária, pois não há uma regra fixa. O autor volta ao assunto, reforçando que se deve confiar na memória visual e motora, consultar o dicionário e desenvolver “macetes de memória”.

No processo da construção da escrita, Faraco concorda com Cagliari, afirmando que não convém falar em grafias difíceis e fáceis, pois todas as palavras, no começo, apresentam o mesmo grau de dificuldade. E qualquer criança pode aprender a escrever qualquer palavra. Faraco, ao tratar sobre a alfabetização, teoriza em cima das idéias de Vygotsky, devendo o professor trabalhar elementos significativos com a leitura e a escrita, a aprendizagem é um processo de internalização e de interação entre quem está aprendendo e seus membros mais experientes de seu meio social. No caso da escrita, os erros de grafia cometidos pelos alunos devem ser encarados não como um “não saber”, mas como

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