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Sociologia Secundária

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Por:   •  23/5/2014  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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O presente relato tem como objetivo a revisão da questão número 01 da primeira avaliação da disciplina de Sociologia, lecionada na Faculdade Mineira de Direito, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

A socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria.

É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, sendo um processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. Através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.

O primeiro a identificar o método do qual se pautava a interação do indivíduo com a sociedade e a forma de como acontecia a socialização, foi o cientista social Émile Durkheim, que buscava compreender por que uma coleção de indivíduos é capaz de formar uma sociedade, mesmo com todas as tendências à desagregação e à luta de todos contra todos. Ou seja, como estes indivíduos conseguiam estabelecer consensos e acordos mínimos para a manutenção da ordem social.

Durkheim tinha consciência de que a natureza humana era cheia de paixões que muitas vezes representavam ameaça à ordem social. Portanto, deveria haver algum elemento que limitasse estas paixões e as ambições humanas e solidificasse a ordem social. Este elemento, o sociólogo francês identificou estar presente na moralidade coletiva, ao qual chamou de consciência coletiva. A socialização, para Durkheim, é o modo como os grupos transmitem esta consciência coletiva

Pautado nisso, tem-se que a socialização pode ser subdividida em dois prismas: a socialização primária e a socialização secundária.

A socialização primária é a socialização realizada na infância, na qual ocorre a inclusão do indivíduo na sociedade, ou seja, o ser humano torna-se membro. A interação que ocorre nesta fase se dá entre indivíduos envolvidos em relações com alto grau de emotividade. A criança a ser socializada recebe um conjunto de preceitos impostos no interior da família: a moral, os modos de comportamento, os hábitos familiares. Tudo isto que lhe é apresentado adquire uma objetividade, ou seja, se apresenta como uma verdade inquestionável, devido ao fato de a natureza da relação dos pais com os filhos pequenos ser de controle total dos pais sobre os filhos. Em um determinado momento de desenvolvimento da criança, a socialização pode ser percebida quando a criança sente vergonha de estar nua na presença de estranhos: é a sociedade, os valores que os pais inculcaram agindo sobre ela. Os pais e os outros envolvidos na socialização dos primeiros anos de desenvolvimento da criança transmitem aquilo que podem e lhes são apropriados de acordo com sua localização na estrutura da sociedade.

A criança assume o mundo social onde vive aqueles que lhe servem de exemplo, adquirindo valores, modos de se comportar, gestos corporais, linguagem daqueles que no momento da socialização primária lhe estão mais próximos. Assume, por exemplo, aquilo que é fundamental para a sua identidade, que é o seu nome próprio. Deste modo, pode-se perceber o papel da socialização na construção da personalidade. Desde cedo já começa a ser introduzido nos papéis sociais disponíveis em sociedade, por meio, por exemplo, das brincadeiras infantis, como a “casinha”, os “jogos de guerra” e o “carrinho”.

A socialização secundária se refere à interiorização das instituições sociais pela consciência individual já formada na socialização primária. Ou seja, dar-se em uma etapa da vida em que o indivíduo já se sente membro da sociedade, já possui a linguagem, personalidade, crenças e modelos que refletem o seu lugar na estrutura da sociedade. A socialização secundária depende do tipo de sociedade em que ocorre e é influenciada, acima de tudo, pela divisão do trabalho social dessa sociedade, ou seja, a especialização e complexificação das funções sociais em uma dada sociedade, os postos de trabalho, as profissões, as atividades profissionais. Tudo isso leva à criação de instituições sociais mais complexas, concomitantemente.

Decorre que, nestas sociedades, a socialização primária não basta ao indivíduo para que ele viva satisfatoriamente, torna-se imperativo a ele a necessidade de uma outra “camada de socialização”,

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