Subproletarização
Monografias: Subproletarização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dayanaazul • 26/11/2014 • 823 Palavras (4 Páginas) • 994 Visualizações
Processo de subproletarização da classe trabalhadora.
O complexo de reestruturação produtiva sob a mundialização do capital tende a impulsionar, em sua dimensão objetiva, as metamorfoses do trabalho industrial e a fragmentação de classes (cujos principais exemplos são a proliferação da subproletarização tardia e do desemprego estrutural). Surge um novo (e precário) mundo do trabalho, desenvolve- se um novo salariato, que poderíamos denominar de salariato tardio. São novas (e cruciais) provocações do capital para o mundo do trabalho organizado. É a partir daí que emerge uma nova crise do sindicalismo moderno, de cariz estrutural, com múltiplos desdobramentos sócio-históricos (na verdade, uma crise dos intelectuais orgânicos da classe, sindicatos e partidos socialistas, capazes de desenvolver a consciência necessária de classe). É claro que as metamorfoses do trabalho industrial e a fragmentação de classe são resultados de processos sócios- históricos estruturais, de longa duração, de acumulação capitalista. É algo que percorre o século XIX e o século XX. O que o complexo de reestruturação produtiva sob a mundialização do capital faz é incorporar e impulsionar com maior aceleração histórica – as perversidades da lei geral da acumulação capitalista, na direção do enfraquecimento do mundo do trabalho (e da perspectiva de classe). Ele dá novas características á classe operaria que tende a surgir, de acordo com o seu momento predominante – toyotismo.
Procuramos salientar, neste capitulo, por um lado, o surgimento de uma nova classe operaria de elevado nível educacional e de alta qualificação e, por outro lado, a fragmentação de classe em seus aspectos estruturais, vincula á organização do complexo de produção de mercadorias. Entretanto, não podemos deixar de salientar, por outro lado, a importância da fragmentação de classe em seus aspectos étnicos, de gênero, culturais e etários, que se acentuaram nas ultimas décadas, impulsionada não apenas pelo complexo de reestruturação produtiva, pela mundialização do capital. Por exemplo, alem do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, cresceu a presença de trabalhadores imigrantes, que incrementam os contingentes de subproletários tardios (por exemplo, os gastarbeiters na Alemanha e o lavoro Nero na Itália). Contingentes de novos excluídos sociais- desempregados estruturais ou subproletários tardios no mundo do trabalho, que provoca- e exige- novas estratégias sindicais, políticas e organizacionais de sindicatos (e partidos operários), o complexo de reestruturação produtiva impulsionou a diminuição relativa da classe operaria industrial, instalada no núcleo central do complexo produtor de mercadorias. Na medida em que ela diminui, incorporou novas qualificações, integrando-se mais, sob a lógica do toyotismo, á organização da produção capitalista que se contrasta com a sua propagação precária pelas bordas do complexo produtor de mercadorias.
Por outro lado, observamos a interpretação, cada vez maior, entre funções produtivas e funções ditas improdutivas. Ocorre uma re-constituição do trabalhador coletivo no interior da produção do capital, ocasionando, por conseguinte, a diminuição (e metamorfose) do trabalho industrial. Por outro lado, em termos relativos, desenvolve- se a economia do trabalho vivo, por meio do desenvolvimento crescente da produtividade (e da intensificação)
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