Tecnologia e segurança no trabalho

Sistema de Ensino Presencial Conectado

TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO

leiriane de souza lima

ORDEM IMPRUDENTE

Cruzeiro do Sul/Acre

2013

LEIRIANE DE SOUZA LIMA

ORDEM IMPRUDENTE

Trabalho Apresentado ao Curso de Tecnologia e Segurança do Trabalho da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Disciplinas: Introdução á Tecnologia em Segurança do Trabalho, Relações Interpessoais, Ética Política e Sociedade, Metodologia Cientifica.

Orientadores: Fabio Henrique Ribeiro, Seleide A. M. Eugênio, Elisete A. Z. Oliveira, Márcia Bastos, Rodrigo M. Trigueiro.

Cruzeiro do sul

2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 04

2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 05

2.1 Uma política de segurança ........................................................................ 05

2.1.1 As Normas devem ser aplicadas ............................................................ 06

2.1.1.1 Falhas na comunicação ....................................................................... 07

2.1.1.1.1 Dano psicológico .............................................................................. 07

3 CONCLUSÃO ............................................................................................... 09

4 REFERÊNCIA ............................................................................................... 10

1. INTRODUÇÃOCom o atual crescimento acelerado da tecnologia, que envolve quase todas as atividades humanas, surgem inúmeras vantagens, porém dão origem a vários efeitos nocivos à qualidade de vida, à segurança individual e coletiva. Um destes efeitos da tecnologia é o uso cada vez maior de diferentes compostos químicos. E foi o uso de um desses novos produtos, sem a devida orientação que causou um grave acidente que é o pivô deste trabalho.

“Os acidentes de trabalho podem ser evitados. Eles possuem causas, que, uma vez identificadas, podem ser eliminadas”. Desse modo a prevenção de riscos no local de trabalho é a forma mais eficiente de promover e preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Baseado nesse pensamento será abordado aqui sugestões do que poderia ter sido feito para evitar as situações que contribuíram para o acidente do dia 3 de março de 1982 que vitimou e deixou com graves seqüelas um senhor contratado na área de energia elétrica da Bahia, e mostrar como um acontecimento desta dimensão pode afetar o psicológico humano.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA.

O problema de segurança no trabalho no Brasil é muito mais sério do que muitas pessoas pensam. Toda empresa deve adotar uma política de Segurança do Trabalho e uma consciência focada na prevenção de acidentes, assim como está na Política de Segurança, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho: “- A proteção da segurança e saúde de todos os membros da organização através da prevenção de lesões, degradações da saúde, doenças e incidentes relacionados ao trabalho.”

Mesmo assim muitas empresas não dãoa menor importância às leis que defendem os direitos dos trabalhadores e por conseqüência disso, negligenciam a indispensável instrução e o uso dos equipamentos de proteção adequados para realização dos serviços. “Critérios estes que são fundamentados na Lei N° 6.514, de 22 de Dezembro de 1977 – Capítulo V Consolidação das Leis do Trabalho – CLT Segurança e Medicina no Trabalho: Art.157. III – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes (...).”

Infelizmente o senhor contratado pelas empresas de energia elétrica da Bahia, foi vítima dessa negligência. Ao ler o texto “Ordem imprudente”, fica nítido ao leitor que se o empregado tivesse recebido a instrução devida para executar o serviço, como diz o trecho da lei à cima, talvez não tivesse acontecido essa terrível explosão deixando um trabalhador marcado e impossibilitado de trabalhar para o resto da vida.

2.2 AS NORMAS DEVEM SER APLICADAS.

De acordo com as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, podem-se destacar aqui algumas normas que poderiam ter sido aplicadas a fim de evitar tamanho acidente, como: NR-6: Equipamento de proteção individual: “refere-se a equipamentos de proteção individual (EPI)”. “O EPI é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador”. A NR 19 – Explosivos que: “Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos. Objetivando regulamentar medidas de segurança para esse trabalho que é de alto risco.” Ou ainda,NR-33:

Espaços confinados: “(...) tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que integram direta ou indiretamente nesses espaços.

No texto “Ordem Imprudente” consta que a vítima deste acidente não era contratada para realizar atividades com explosivos, mas que estava apenas substituindo um colega, pois seu trabalho era com postes não com explosões. Logo, se o seu serviço rotineiro era outro, certamente ele não sabia qual equipamento deveria usar, nem quais cuidados ele deveria tomar na execução da tarefa. Assim, além das normas citadas acima, um tecnólogo poderia ainda aplicar a NR-4 que “refere-se aos Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do trabalho (SESMT).” “A finalidade do SESMT é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho”. Ou seja, se houvesse um tecnólogo na empresa de energia e este