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Terceirização

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Por:   •  13/3/2014  •  Artigo  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  329 Visualizações

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- Terceirização (Outsourcing): A terceirização ocorre quando uma operação interna da organização é transferida para outra organização que consiga fazê-la com qualidade superior, no sentido de melhorar a qualidade e reduzir custos;

- Redução do Ciclo de Tempo: Tempo de ciclo representa as etapas seguidas para completar um processo da organização. Cada atividade tem um ciclo de tempo: a produção de um produto, o desenvolvimento de um novo produto, o retorno do investimento efetuado. A redução ou simplificação de ciclos de trabalho, a remoção de barreiras entre departamentos situados entre as etapas do trabalho, a eliminação de etapas improdutivas no processo são os aspectos que permitem que a QT seja bem sucedida nas organizações. Por trás da redução do ciclo operacional, está a competição pelo tempo, o atendimento mais rápido do cliente, etapas da produção mais bem encadeadas entre si, queda de barreiras e obstáculos intermediários etc. A redução do ciclo de tempo melhora o desempenho global da empresa e se reflete diretamente na qualidade;

– Produtividade: A administração japonesa propõe adotar uma visão cooperativa dos funcionários, incentivando o envolvimento de todos na consecução das metas da empresa, visando o aumento da produtividade. Além da participação nas decisões e da auto-realização profissional, as gratificações por níveis de produtividade são freqüentes nas organizações orientais. Apesar de calcar sua filosofia nos valores de realização pessoal dos funcionários, a empresa japonesa reconhece que o incentivo monetário é uma poderosa ferramenta na busca do comprometimento de seus membros com os objetivos empresariais;

– Flexibilidade: Para responder rapidamente às flutuações de mercado, a flexibilidade é refletida em vários aspectos: racionalização do espaço, equipamentos de utilidade geral e versáteis, layout celular, nivelamento e seqüenciamento da produção em pequenos lotes, redução de estoques, quadro de trabalhadores qualificados e flexíveis;

– Recursos Humanos: A ênfase é no trabalho em grupo, na cooperação, no aproveitamento da potencialidade humana. Nas grandes empresas existe estabilidade no emprego, distribuição de bônus e outros benefícios. A ascensão na carreira é lenta. O treinamento é intenso e a estrutura de cargos é extremamente vaga;

– Tecnologia e padronização: Busca-se a harmonia entre o homem, a maquina e o processo. O trabalho padronizado é tido como fundamental para garantir um fluxo contínuo de produção. Primeiro ocorre a racionalização do processo; depois, se conveniente, a automação;

– Manutenção: Os operadores são responsáveis pela manutenção básica, dispondo de enorme autonomia para interromper um processo errado. A manutenção preventiva também é privilegiada;

– Relação com fornecedores e distribuidores: A subcontratação externa, prática antiga no Japão, mantém-se e é reforçada pela formação dos Keiretsu. Com o desenvolvimento do pós-guerra, ela evoluiu para uma relação de apoio técnico e financeiro, cooperação e confiança;

– Cultura Organizacional: Procura-se estabelecer um clima de confiança e responsabilidade, baseado no respeito à hierarquia, na participação das pessoas no desenvolvimento da tarefa, nas decisões consensuais e na harmonia das relações;

– Os 5S: são as iniciais de cinco palavras japonesas que começam com “s”, tem por objetivo proporcionar melhor aproveitamento do espaço, eliminar as causas dos acidentes, desenvolver o espírito de equipe e assegurar boa aparência da organização. A implantação do programa dos cinco “S”nas empresas japonesas requer que todos os funcionários sejam pessoalmente responsáveis pelas seguintes atividades dentro da organização:

. Seiri: Eliminar o desnecessário

O Estoque;

Ferramentas não necessárias;

Máquinas não utilizadas;

Produtos com defeito.

. Seiton: Organizar, colocar as coisas nos seus devidos lugares. As coisas precisam ser mantidas em ordem, para que estejam prontas quando necessário;

. Seiso: Limpar, manter o ambiente limpo e agradável;

. Seiketsu: Padronizar, simplificar as coisas;

. Shitsuke: Disciplinar, manter a ordem e os compromissos e obedecer as normas do local de trabalho.

Uma vez listadas as características do sistema de produção japonês, não fica difícil abstrair características genéricas do estilo de administração japonesa que podem ser aplicadas em outros ambientes culturais. Paralelamente, é possível articular melhor os temas afins, tais como terceirização, gestão da qualidade total e organização de células de produção, no sentido de facilitar a comunicação e não romper com a hierarquia.

VULNERABILIDADES E PONTOS FORTES DO SISTEMA JAPONÊS

O sistema de produção japonês não é nenhum sistema perfeito. Dois pontos frágeis são bastante visíveis: Depende da cooperação irrestrita das pessoas e é um sistema praticamente sem folgas. Sendo assim, qualquer erro gera graves repercussões em todo o processo. Ele depende basicamente das pessoas, da sua competência, exigindo portanto qualificação, treinamento e reciclagem constantes.

Outros pontos vulneráveis poderiam ser inferidos. A busca de consenso e o emprego vitalício, por exemplo, podem favorecer a burocracia e a morosidade no processo decisório. A estabilidade no emprego implica no rigoroso planejamento das necessidades de pessoal, seu plano de carreira e critérios de avaliação, mas depende principalmente da relativa estabilidade do faturamento da empresa, que é cada vez mais influenciado pelas tendências e preferências de um mercado globalizado.

Um outro aspecto vulnerável, não tão explícito, é a eficiência das atividades administrativas de apoio ao processo de produção. Apesar de terem criado a produção enxuta e deterem tecnologia à disposição, até recentemente os japoneses não haviam investido proporcionalmente na melhoria da produtividade desses processos. O crescimento excessivo do número de produtos, a diminuição do seu ciclo de vida, o desenvolvimento de um consumismo ambientalmente irresponsável e a concorrência predatória também podem ser ressaltados como pontos vulneráveis do modelo. Enfim, desvantagens e vulnerabilidades que devem ser ponderadas frente aos fatores de sucesso.

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