Toc Carbono

1. Introdução

O Cerrado brasileiro é a maior formação de savana neotropical na América (EITEN, 1972) e o segundo maior bioma do Brasil, estendendo-se por aproximadamente 205 milhões de hectares entre os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal (SANO et al., 2008). Esse bioma concentra um terço da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais, e tem sido amplamente utilizado para a produção agropecuária, onde se obtêm elevadas produtividades (MAROUELLI, 2003).

Com a alta exploração de terras agricultáveis há necessidades de adotar técnicas de manejo e conservação para o aproveitamento da oferta ambiental que resguardem os recursos naturais desse bioma. Para isso é necessário manter a manutenção do bioma e ainda permitir a sua exploração agrícola por meio de manejo da matéria orgânica do solo (RESCK et al., 2008).

A matéria orgânica é um componente essencial e fundamental no potencial produtivo dos solos por exercer diversas funções importantes, como a geração de cargas elétricas negativas, disponibilização de nutrientes e a agregação do solo. Além disso, a matéria orgânica é considerada como a principal reserva de carbono do solo, tornando-se um compartimento chave do ciclo global deste elemento.

2. Objetivos

Descrever o procedimento de análise de carbono orgânico em aparelho especifico de TOC (Teste Orgânico de Carbono). De um modo geral, demonstrar como é feita essa análise de tanta importância para a agricultura de nosso país e assim também para o meio ambiente.

Esta análise é muito especifica, onde seu foco principal é saber a quantidade de carbono presente em cada amostra, partindo de métodos e assim saindo seus resultados, no qual a amostra é computada e direcionada para o dono da análise, que saberá dizer se aquele percentual está ou não dentro dos padrões que é especificado.

3.

3.1 Carbono Orgânico nos Solos do Cerrado

A matéria orgânica do solo (MOS) é um importante componente na definição dos sistemas agrícolas e na capacidade do solo de sequestrar carbono da atmosfera (LAL, 2004). Ela desempenha importante papel no desenvolvimento das plantas, por meio da influência direta e indireta nos processos químicos, físicos e biológicos do solo, e constitui-se um dos principais agentes responsáveis pela formação e estabilização de agregados (SEGNINI, 2007).

O carbono orgânico (CO) é, quantitativamente, o maior componente da MOS. As variações nos teores de CO nos solos tem sido utilizadas para a avaliação de qualidade do solo em decorrência de sua influência sobre as propriedades que condicionam a fertilidade do solo, e também, sob o aspecto da possibilidade de emissão de gases de efeito estufa (RESCK et al., 2008). Ao longo das últimas décadas, diferentes métodos de determinação dos teores de CO nos solos foram propostos, mas a complexidade deste