Trabalho De Eficiência E Curva De Aprendizado

EFICIÊNCIA E CURVA DE APRENDIZAGEM – MÃO DE OBRA

O efeito aprendizagem já vem sendo objeto de estudo desde 1776. Podemos definir curva de aprendizagem como sendo a demonstração gráfica de um efeito de aumento na produtividade do trabalhador, de modo que o custo de produção de uma empresa pode apresentar declínio no decorrer do tempo, quando os administradores e funcionários tornam-se mais experimentados e eficazes na utilização da fábrica e dos equipamentos. O efeito da curva de aprendizagem pode ocorrer em processos novos, principalmente, produtos de grande porte. Este efeito ocorre quando tratamos de processos imaturos e não estabilizados, caracterizando-se pela diminuição do número médio de horas de mão-de-obra direta necessário para a fabricação do produto, à medida que a empresa vai aumentando a produção cumulativa do mesmo, cessando em algum ponto da evolução da curva, podendo-se notar diminuições no custo médio de tal mão-de-obra e nos custos de conversão médios.

Pode-se constatar algumas teorias e estudos que proporcionem uma melhor análise do efeito aprendizagem. Se partirmos da Vertente moderna da Segmentação do Mercado de Trabalho, desenvolveremos a ideia de que os salários permanecem elevados em situações de excesso.

De oferta de trabalho como consequência da estratégia adotada por algumas firmas de não reduzir os salários dos trabalhadores para conseguir ganhos de produtividade. Aceita-se claramente nessa perspectiva que o empenho dedicado no processo produtivo é uma função do salário real pago à mão-de-obra; assim, pagando um salário de eficiência, e mantendo a força de trabalho livre de preocupações (como o medo de ser demitido ou sofrer uma redução salarial), afirma minimiza custos (envolvidos no processo de rotatividade da mão-de-obra, como custos de demissão, contratação e treinamento) e adquiri com isso lucros maiores, com o aumento da produtividade.

Uma questão que se faz necessário considerar, é a diferença entre as reduções do custo médio em decorrência de economias de escala e a existência de componentes de aprendizagem.Do ângulo teórico, a existência de economia de escala provoca redução no custo médio de produção ao mesmo tempo em que provoca aumento de produção. Na verdade, trata-se de deslocamento sobre a curva de custos. Diferentemente, a redução de custos médios provocados pela existência do fenômeno de aprendizagem no processo produtivo, significa redução nos custos sem aumento de produção. Teoricamente significa deslocamentos da curva de custo médio, provocados pelo efeito aprendizado.

O uso do fato da aprendizagem nas empresas gera muitas contestações entre os contadores, os quais devem ter bastante cuidado ao analisa-lo, pois o mesmo não traz tanta segurança em seus resultados e também por ele não estar revelando o que acontece verdadeiramente na empresa em termos de reduções de seus custos. Toma-se necessário então, a investigação das causas e dos efeitos que levam ao fato (aprendizado), devido à interferência e outros fatores (subjetivos ou objetivos), na busca da máxima eficiência garantindo com isso um nível de rentabilidade maior.

Um exemplo explicativo para ilustrar essa questão, suponhamos que ocorreu um aumento na automação da empresa (novas máquinas, equipamentos, mão-de-obra etc.) que a permitiram produzir mais unidades de produto; com o uso agora de uma mão-de-obra indireta, mais especializada, começa a surgir um novo fato de certo modo inesperado, dado pelo emprego desta nova força de trabalho, que é a diminuição do total das horas de trabalho (em economia tal processo é conhecido como "mais valia relativa"), ou seja, com a mesma quantidade de horas de trabalho eles são capazes de produzir um quantum maior de produtos, mas, por outro lado gerando maiores custos para esta empresa.

Outro cuidado é com a aplicação do modelo matemático da curva de aprendizagem, o qual revela alguns pontos de difícil