Trabalho De Sustentabilidade
Ensaios: Trabalho De Sustentabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Simonecrcost • 26/8/2013 • 1.217 Palavras (5 Páginas) • 931 Visualizações
Atividade de Auto desenvolvimento
Aula-tema 03: O caminho da sustentabilidade
Trajetória da sustentabilidade:
Do ambiental ao social, do Social ao econômico.
A ideia de sustentabilidade ganha corpo e expressão política na adjetivação do termo desenvolvimento, fruto da percepção de uma crise ambiental global. Essa percepção percorreu um longo caminho até a estruturação atual, cujas origens mais recentes estão plantadas na década de 1950, quando pela primeira vez a humanidade percebe a existência de um risco ambiental global: a poluição nuclear. Os seus indícios alertaram os seres humanos de que estamos em uma nave comum, e que problemas ambientais não estão restritos a territórios limitados.
Sustentabilidade tem duas origens. A primeira, na biologia, A por meio da ecologia. Refere-se à capacidade de recuperação e reprodução dos ecossistemas (resiliência) em face de agressões antrópicas (uso abusivo dos recursos naturais, desflorestamento, fogo etc.) ou naturais (terremoto, tsunami, fogo etc.). A segunda, na economia, como adjetivo do desenvolvimento, em face da percepção crescente ao longo do século XX de que o padrão de produção e consumo em expansão no mundo, sobretudo no último quarto desse século, não tem possibilidade de perdurar. Ergue-se, assim, a noção de sustentabilidade sobre a percepção da finitude dos recursos naturais e sua gradativa e perigosa depleção.
Assim, o texto está dividido em quatro partes. Na primeira, desenham-se, de forma sucinta, as origens e o contexto do surgimento da noção da sustentabilidade, transformada em Desenvolvimento Sustentável (DS) por meio dos embates na arena internacional. Na segunda, examina-se a questão das dimensões do desenvolvimento sustentável mostrando os limites de uma compreensão restrita a três – ambiental econômica e social. Na terceira, são apresentadas pistas sobre a relevância, hoje, da sustentabilidade. Na quarta, analisam-se três respostas, atualmente em construção, à crise ambiental. Conclui-se indagando sobre as mudanças na trajetória da noção de desenvolvimento sustentável.
“A ocorrência de chuvas radiativas a milhares de quilômetros dos locais de realização dos testes acendeu um caloroso debate no seio da comunidade científica”
(Machado, 2005). Entre 1945 e 1962, os países detentores do poder atômico realizaram 423 detonações atômicas. Outro momento dessa trajetória da percepção da crise ambiental se deu em torno do uso de pesticidas e inseticidas químicos, denunciado pela bióloga Rachel Carson. A partir dos anos 70 fortalece-se a noção de limitação dos recursos naturais com receio de sua exaustão e dos estragos causados pela crescente poluição. Poucos eram os que se aventuravam a destacar os aspectos sociais dessa crise. Até aquela década vivenciava-se ainda, em nível planetário, o fim de uma certa prosperidade por uma ciência e uma tecnologia - ‘boas em si’ que são cada vez mais questionadas."
Desde a década de 60, a deterioração ambiental e sua relação com o estilo de crescimento econômico já eram objeto de estudo e preocupação internacional. A questão ambiental é complexa e, portanto, requer uma visão holística e sistêmica. Faz-se necessária a percepção do todo, uma mudança na concepção linear de causa-efeito, para enxergar as causas, suas relações e suas inter-relações cíclicas. Esta concepção linear é explicada como sendo o resultado das divisões das áreas do conhecimento e suas consequentes especializações que, ao serem feitas muito se perdeu do todo, da realidade. Torna-se necessário, pois, entender a complexidade das questões ambientais, e reconhecer que não haverá nenhuma solução técnica aceitável sem se resolver os problemas políticos e sociais associados.
Frequentemente é atribuído ao desenvolvimento industrial dos últimos séculos, a maior parte dos impactos causados ao meio ambiente. No entanto, a poluição, ou seja, os primeiros impactos negativos ao meio ambiente, provavelmente têm sua origem na Idade dos Metais, na era Paleolítica. Assim, vem de muito longe a interferência humana no equilíbrio da natureza, bem antes da revolução industrial. Entretanto, a maior parte da literatura faz referência a esta última, uma vez que, na quase sua totalidade, os processos produtivos causam algum tipo de dano ao meio ambiente.
Por muito tempo, as organizações precisavam preocupar-se apenas com a eficiência dos sistemas produtivos. Até certa altura da História, que se pode situar no anos 60, essa foi a mentalidade predominante na prática da gestão empresarial, refletindo a noção de mercados e recursos ilimitados. A mudança vem se dando na forma de pensar e agir com o crescimento da consciência ecológica [Maximiano apud Donaire, 1995, p.11].
A importância cada vez maior dada às necessidades humanas (de consumo, não só as reais necessidades de subsistência) e à sua oferta, fez surgir uma indústria de produção em escala. Para
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