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Por:   •  4/6/2013  •  1.053 Palavras (5 Páginas)  •  493 Visualizações

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Ser diferente é normal. A frase, inserida no meio de uma propaganda antiga, acompanhava uma cena simples: uma adolescente cantando e dançando sozinha em seu quarto, algo cotidiano, comum. A menina era portadora de Síndrome de Down e, assim, o texto fazia todo sentido. Uma mensagem que ficou gravada na memória. É a mais pura verdade, também é assim que pensam aqueles que estudam, pesquisam e planejam sobre a educação para crianças portadoras de deficiências, seja qual for.

Foram esses pesquisadores curiosos e interessados no assunto que, através de seus trabalhos, iniciaram grandes mudanças na história da educação mundial. Se formos dar um pulinho no passado para observar a realidade em que viviam essas crianças ao longo do tempo, percebemos que falar sobre educação infantil para deficientes e educação inclusiva é algo relativamente recente.

Segundo um artigo da professora Elzabel Maria Alberton Frias, durante a idade antiga e a idade média houve um período de grande exclusão social e marginalização relacionados às pessoas portadoras de deficiências. Muitas eram rotuladas como inválidas, perseguidas ou até mesmo mortas, forçando-as a se esconder longe do convívio social. Aos poucos, a questão foi evoluindo, passando por um período de assistencialismo, até chegar ao século XX, no qual a questão foi se configurando por uma visão mais científica, relacionada à medicina, pedagogia e psicologia, mais próxima à forma atual.

Felizmente, o avanço desses campos de pesquisa possibilitou a criação de leis que garantem os direitos dos portadores de deficiência, inclusive o direito à educação. Atualmente a lei é clara: é obrigatório acolher todos os estudantes independente de suas diferenças e necessidades . Por trás desses avanços, pode-se encontrar grandes histórias sobre força e luta pela inclusão social, como a vida de Berenice Piana, responsável pela formulação de uma lei, batizada com seu próprio nome, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com transtorno do Espectro Autista.

Mãe de um filho portador do transtorno, Berenice precisou batalhar por uma lei para que a legislação brasileira passasse a proteger melhor os direitos das crianças autistas. Em entrevista ao programa Encontro com Fátima Bernardes, Berenice contou um pouco mais da sua corajosa aventura (assista aqui). Além disso, compartilhou com outras mães suas experiências e opiniões sobre educação inclusiva.

Este é um assunto polêmico que ainda gera debates entre especialistas de diversas áreas. Há quem diga que a melhor forma de se educar uma criança é ao lado de todas as outras, não importando as diferenças que existam entre elas, para que possam conviver em sociedade. No entanto há o argumento contrário, daqueles que acreditam que uma escola inclusiva não está realmente preparada para lidar com todas as especificidades que uma criança portadora de deficiência necessita, sendo melhor, assim educá-la ao lado de outras iguais a ela, tentando evitar que ela sofra e/ou seja excluída por ser diferente.

Sobre o tema, no prefácio do livro “Inclusão de pessoas com deficiência e/ou necessidades específicas: avanços e desafios” de Margareth Diniz, a professora Mônica Rahme escreve: “é preciso entender que a escola, como instituição social, foi tradicionalmente idealizada para públicos que correspondiam a um padrão de normalidade, reproduzindo, por meio de seus rituais e de suas práticas, discursos que definiam e legitimavam o que era considerado norma e desvio, normalidade e anormalidade”.

Ao longo do livro a autora Margareth reafirma: “durante muitos anos a educação se pautou em estudos cuja centralidade era a normalidade, e consequentemente quem não se enquadrava em padrões de normalidade era considerado desviante”, e declara, ainda, que “a Escola Inclusiva está afinada com os direitos humanos, porque respeita e valoriza todos (as) os (as) alunos(as), cada um(a) com as suas características individuais”. Dessa forma, para se tornar inclusiva, a escola precisa se adaptar às novas necessidades trazidas pelas diferenças, para atender a todas as crianças, respeitando e garantindo seus direitos.

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