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Por:   •  19/6/2014  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  388 Visualizações

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O processo de armazenagem logística: o trade-off entre verticalizar ou terceirizar

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1. Introdução

Expressivas mudanças na gestão logística têm ocorrido na gestão contemporânea empresarial, conseqüência de inúmeros aspectos dentre os quais se destacam: as variações de demandas, novas tendências de mercado e especulações. A esse respeito, Pimenta (2000) argumenta que o maior obstáculo da logística moderna é a exigência cada vez maior dos clientes por melhores níveis de serviços, onde o preço passa a ser um qualificador, e o nível de serviço um diferenciador perante o mercado. Manter as operações logísticas em seu controle ou delegá-la a terceiros (operadores logísticos) é uma decisão de grande relevância na gestão estratégica para as empresas.

2. A importância da armazenagem no gerenciamento logístico

Para o desenvolvimento de uma estratégia empresarial efetiva, um princípio importante é compreender como criar ou agregar valor para os clientes. Especialmente, quando esse valor é agregado através posicionamentos competitivos que são selecionados para apoiar a determinada estratégia.

A realidade atual dos centros logísticos prega a redução de custos e a criação de um sistema racional de armazenagem de matérias-primas e insumos (na área de suprimentos) e uma maior flexibilidade e velocidade na operação, para atender às exigências e flutuações do mercado. A armazenagem surge como uma das funções que agrega um estimado valor ao sistema logístico, pois a mesma apresenta soluções para os problemas de estocagem de materiais e melhorando a integração entre os componentes, destacados na figura abaixo descrita.

Existem várias razões para realizar o armazenamento (estocagem) de produtos, esteja ele em qualquer estado de produção (matéria-prima, semi-acabado e acabado), o que difere a linha de ação a ser tomada e a sua prioridade, as principais razões para a: redução de custos de transporte e de produção, coordenação entre demanda e oferta, auxiliar no processo de produção e no processo de marketing. Ballou (2001) apresenta alguns motivos que justificam a armazenagem na cadeia de suprimentos:

• Redução de custos de transporte e de produção: com a decorrência do melhoramento no transporte e produção, as despesas adicionadas podem se compensadas com custos mais baixos da armazenagem e o estoque associado.

• Coordenação entre demanda e oferta: empresas que possui produtos de produção sazonal e demanda variável, recorrem em alguns momentos por manter uma produção em níveis constante durante um determinado período, a fim de minimizar os custos de produção. Ao passo que a coordenação entre demanda e oferta torna-se muito cara, é necessário realizar a armazenagem.

3. Custos Logísticos e de armazenagem

Basicamente os custos de armazenagem (mão-de-obra, instalações, aluguel ou aquisição, equipamentos, etc) são caracterizados por serem fixos e indiretos, ou seja, existe uma obrigação contábil que acompanhará todo o processo ou em quanto durar sua utilização, e à alocação é realizada por rateio, os itens são contabilizados por sua função (ex: acondicionamento) e não por contas naturais (ex: depreciação). Sendo assim, esses custos fixos se comparados à capacidade instalada, tornam-se proporcionais. Afinal, mesmo que existam poucos produtos no armazém ou sua movimentação esteja abaixo do planejado, os custos de armazenagem continuarão constantes, pois na grande maioria esses são dependentes dos equipamentos de movimentação, de pessoal, espaço físico e de novos investimentos, se tratando de uma atividade de demanda não constante.

3.1 Métodos tradicionais de custeio logístico

Em anos recentes, pela constatação de que a má qualidade das informações de custos pode trazer uma série de distorções no processo de tomada de decisões das empresas, foram desenvolvidas novas ferramentas de gestão de custos, algumas das quais são específicas para o gerenciamento de custos logísticos.

Em muitas empresas os gestores começaram a perceber que os sistemas de custeio utilizados distorciam dos custos dos produtos. Dessa forma, se o objetivo for o custeamento da cadeia logística, a visão fragmentada do processo logístico torna difícil a execução dessa tarefa. Outro fato é que, dos custos logísticos, aqueles relacionados com transporte são considerados despesas variáveis em relação à quantidade vendida e associados aos produtos, porém os demais se classificam como gastos fixos, estando fora da área de abrangência do custeamento, com base no princípio do Custeio Variável.

3.1.1 Método de custeio padrão

De acordo com Martins (1998), a fixação do padrão de custeio pode ser realizada com maior ou menor rigidez, o critério de rigidez relaciona-se com os objetivos estabelecidos pelas empresas. Um padrão mais rígido ou padrão ideal se presta a uma meta de longo prazo, este padrão não é muito empregado devido a desmotivação e à dificuldade em ser estabelecido. A fixação de um padrão mais realista considera as deficiências relativas ao processo produtivo, podendo minimizar o problema da desmotivação. Este padrão, chamado de corrente, é estabelecido em conjunto pela Engenharia Industrial e a Contabilidade de Custos.

A sistemática do custo padrão é aplicada a todos os custos da empresa, somente para os custos de matéria-prima ou mão-de-obra direta. Fixam-se os padrões de custos e, ao final do período, procede-se à comparação com os custos realmente ocorridos. As diferenças entre

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