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Valores humanos A matemática da vida

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Por:   •  3/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.440 Palavras (10 Páginas)  •  930 Visualizações

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Valores Humanos Matemática da Vida

Edigar Gonçalves de Farias Júnior

INTRODUÇÃO

O presente ensaio tem como finalidade, mostrar as reais condições dos recreios nas instituições de ensino, principalmente as de ensino fundamental menor e mostrar como o recreio pode ser usado para transmitir e consolidar conhecimentos matemáticos bem como possibilitar a formação humana adequada às crianças e adolescentes.

Atualmente é fácil entender que as escolas de todo pais tem fundamental importância na identidade humana de cada indivíduo, mas em contraste, a violência chega sorrateiramente às escolas; umas das formas mais discreta deste problema é a maneira inadequada como às crianças se comportam nos recreios escolares, brincadeiras se tornam em verdadeiras lutas de guerra, invertendo os valores impostos à educação. Assim, a questão inicial é “como os jogos matemáticos podem contribuir no aspecto intelectual e humano de crianças no recreio da escola”?

O lazer é um direito irrevogável reconhecido em todo o mundo, conferido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), Declaração Universal dos Direitos das Crianças (1959), atestados nacionalmente pela Constituição Federal (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), entre outros. O recreio juntamente a outras atividades da escola deveriam proporciona-lo à clientela das unidades de ensino de nosso país.

Na prática muitas instituições de ensino menosprezam o tempo em que se decorre o recreio não acompanhado as atividades que as crianças realizam nesse espaço de tempo, a brincadeira ou jogo tidos pela criança como laser se tonam oportunidades de gerar violência quando são efetivadas sem propósito ou até mesmo quando não são acompanhadas por um adulto. Os pátios das escolas deixaram de ser algo inteiramente prazeroso e passam a serem instrumentos de hematomas, refletindo a falta de princípios morais e porque não dizer humanos.

Geralmente as brincadeiras preferidas pelas crianças são as mais violentas, e um estudo coordenado por Abramovay (2005), em seis capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belém e Distrito Federal), mostrou que o favoritismo recai sobre as mais violentas: “tapas”, “socos”, “pontapés”, “murros nas costas”, “mereceu”, “corredor polonês”, “empurra-empurra”, “chutes”, “puxões” e “bolão”.

VIOLÊNCIA DE HOJE DESCASO COM O AMANHÃ

O uso do “desculpa”, do “por favor” e até mesmo do “obrigado” estão cada vez mais raros no cotidiano social, devido a inversão de valores difundida pela mídia, no recreio questões como um leve empurrão passam a ser o pivô de uma discursão e posteriormente uma briga, muitas vezes ao brincarem de polícia e bandido ou similares, tornam-se numa briga de verdade constatado por Grigorowitschs (2007) em estudo realizado em uma escola pública de São Paulo – SP.

Isso se deve porque no calor da brincadeira uma das crianças passa a ver exagero nos socos do colega motivo suficiente para revidar. Schafer e Smith (1996) realizaram um estudo e verificaram que para 80% das crianças investigadas as “lutas a brincar” podem resultar em “lutas a sério”.

A luta a sério e a brincar podem parecer similares e são por vezes confundidas. A luta a brincar parece-se superficialmente com a luta a sério, uma vez que muitos dos componentes desse comportamento, tal como lutas, prender, bater ou pontapear ou imobilizar, são iguais, pelo menos de um ponto de vista descritivo comportamental de primeira ordem. (SMITH, 2003, p. 23).

Vale ressaltar que se a criança não tiver nenhuma atividade educativa para realizar ela irá procurar meios para gastar energia que vai de um leve pega-pega a zoar dos tidos como mais fracos (bullying), prática essa extremamente ofensiva aquele a ela submetida. Os mais velhos buscam dominar os espaços a sua volta, e paradoxalmente quanto menor o espaço maior a frustação dos menores haja vista que os maiores veem na agressividade o passaporte para a popularidade.

Os PCNs afirmam que a escola deve trabalhar valores humanos, e isso se dá no intuito de resgatar princípios esquecidos que poderiam facilitar a vida de toda sociedade, a maioria dos professores veem isso como não sendo de sua conta e passam a fechar os olhos para um problema que é inteiramente deles, haja vista que o professor deve forjar cidadãos capazes de viver em sociedade.

No entanto, a matemática possibilita alternativas a respeito, ao tempo que envolvemos toda a comunidade escolar a não mais passar a “batata quente” adiante, mas assumir nossa responsabilidade frente ao problema. Um pouco de criatividade pode usar os espaços muitas vezes pequenos tornando-os, em um palco de aprendizagem sólida e duradoura.

Segundo palavras de Becker e Franco (2002, p. 22)

[...] para Piaget, o homem se faz matemático na medida em que constrói matemática – como conteúdo, mas, sobretudo, como estrutura. [...] ser humano implica ser matemático; tornar-se humano é tornar-se matemático, ou melhor, lógico matemático [...].

Uma criança que não tem hábitos de respeitar as pessoas a sua volta incluindo os pais, dificilmente se tornará sociável, avesso a qualquer tipo de educação, buscam resolver as questões pertinentes a sua idade de forma bruta e abusiva a todos que estão em contato com o mesmo, esse é o perfil da criança do último século, que não raro busca na agressividade um refúgio do desgaste causado por problemas no cotidiano da família.

RECREIO DIFERENTE CONHECIMENTOS PERMANENTES

Quando uma criança se depara com jogos divertidos e constituídos de regras fáceis de assimilar, ela rapidamente observará que para um bom desempenho no jogo ela precisará seguir as regras e bolar estratégia que permitam ganhar do oponente. Crianças que participam de jogos munidos de objetivos tornam-se mais sociáveis e com facilidade de demonstrar respeito pelos outros.

O brincar pode ser visto, portanto, como a base sobre a qual se desenvolvem o espírito construtivo, a imaginação, a faculdade de sistematizar e absterei, a capacidade de interagir socialmente, abrindo caminho para o desenvolvimento do trabalho, da ciência e da arte.” (MACHADO, Dulce V. H. Folha de São Paulo, 13/03/83).

Jogos executados em grupo facilitam a inteiração social, palavras como: eu te ajudo, obrigado, serão continuamente usadas até mesmo por aqueles que não

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