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Verano

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Por:   •  9/10/2013  •  Resenha  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  229 Visualizações

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' E eu nunca fui bom em guardar os nomes dos seus ex-namorados. Confesso que nunca tive vontade também, pois eles não duram muito tempo. A culpa não é sua, e sim deles. Afinal, não é fácil encontrar um homem digno da mulher maravilhosa que existe em você. A cada fim de relacionamento, é na minha porta que você bate, é no meu abraço que você se aconchega e é no meu ombro que você chora. E que sussurra baixinho, com toda a tristeza de seu coração: “Ele também desistiu de mim.”. Eu te abraço forte e falo com firmeza na voz: “Já é difícil para um homem dar conta de uma mulher, imagina de uma mulherona? Você é sexy e sensual demais para ele.”. E você sorri fácil com o meu jeito bobo de fazer piada das coisas sérias. Mas por dentro eu esperneio: “Não é piada! É a verdade. É você.”. Mas eu sempre consigo te acalmar e te reerguer. E você sempre supera porque é forte. Porque é linda, incrível, confiante e… Minha. Ainda que não saiba. Ou sabe, mas finge que não. E que me cuida, assim como cuido de você. E que vez ou outra, me liga dizendo que arrumou um encontro com uma garota ótima para mim, mas que nunca é tão ótima assim. Apesar de tudo, eu sempre vou nesses encontros, sabendo que não vai dar em nada além de alguns beijos e uma, ou duas, noites de prazer. Vou voltar dizendo que “Foi melhor assim.”. E você vai dizer: “Ela era sexy e sensual demais para você.”. Eu vou sorrir com a sua ironia, e te beliscar no braço. E a gente vai rir junto e depois assistir algum filme. É claro que eu vou querer os de ação e você os românticos. E no fundo, ambos sabemos que nós dois somos uma comédia romântica. Mas é mais fácil fingir que não existe nada além de dois amigos que se entendem, que se adoram e que não se desgrudam. E que se amam e se pertencem, antes de tudo. Eu nunca guardei os nomes dos seus ex-namorados, mas nunca me esqueci do seu aniversário. De te levar uma caixa de bombom e alguns filmes de terror no dia dos namorados em que ambos estávamos solteiros, ou, mesmo, do dia em que nos conhecemos em meio ao inverno do mês de junho, que de tanto frio, com três blusas ainda podia facilmente me sentir nu. E para ajudar, chovia forte. Foi quando te vi com uma blusa por cima da cabeça e andando rápido. E confesso, foi engraçado te ver tão desesperada daquela maneira e com o cabelo bagunçado pelo vento e, ainda assim, isso não foi capaz de ofuscar sua beleza. E mesmo eu fazendo o favor de ir lá segurar o guarda-chuva para amenizar o seu desespero, você ainda teve a coragem de dizer: “Segure o guarda-chuva direito por favor”. Foi a primeira de muitas risadas. E foi me colando em você sem querer que nós não se descolamos mais. E eu sempre te confessei que sou desligado e esquecido das coisas, mas nunca consegui me esquecer de você. Nunca consegui me desligar de você. E acima de tudo, não consegui evitar não me apaixonar por você. E mesmo sentindo ciúmes e vontade de matar qualquer um que te machuque. Eu sempre te deixei livre. Porque você volta. E volta porque precisa de mim. E volta porque sabe que eu te protejo. E volta porque sabe que eu te deixo ficar. E você sempre fica… Porque a ideia de estar longe de mim te assombra. Porque mesmo eu não lembrando de nomes, não lembrando de todas as mulheres que dormiram na minha cama e não lembrando de segurar o guarda-chuva direito. Eu nunca me esqueci de você. Nunca me esqueci de estar do seu

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