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Workholic?

Por:   •  20/7/2016  •  Artigo  •  461 Palavras (2 Páginas)  •  320 Visualizações

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Artigo “Workholic?”

Há muitos artigos falando de workholics, aquelas pessoas viciadas em trabalho, e pude perceber a gravidade e a preocupação com que as empresas devem tratar o assunto. Não estou falando apenas daquelas pessoas que constantemente esquecem o horário em que devem sair do trabalho e voltar para suas casas, mas também e sobretudo daquele comportamento doentio de ficar o tempo todo falando e tratando de assuntos relacionados ao seu trabalho. Nesses casos, comumente, até o círculo de amizades é influenciado pelo trabalho. Pode-se entender o conceito de workholic como “uma gíria em inglês que significa alguém viciado em trabalho; um trabalhador compulsivo e dependente do trabalho”. Já nos informa a wikipédia que “Vício quer dizer que tem defeito físico ou moral, imperfeição grave da pessoa ou objeto. ”

Quando olhamos nossa legislação, vemos qual é o limite que podemos ultrapassar do nosso horário diário, semanal e mensal, para evitar que nos dediquemos inteiramente ao trabalho e assim percebemos o quanto ela é inteligente e protetora com relação à saúde do trabalhador. Os períodos de jornada contínua e intervalos estabelecidos são coerentes às necessidades que nosso organismo tem para se recuperar e se reestabelecer, fazendo com que consigamos, por mais um período, cumprir nossa meta. Há inclusive estudos que identificam necessidade de refinamentos das horas descritas na CLT, mas não entraremos no mérito desta questão.

A preocupação da empresa não deveria se limitar apenas ao cumprimento da lei, até porque isso é uma premissa básica da constituição de qualquer organização, mas deveria, além disso, ficar atenta aos objetivos estabelecidos, metas, alta competitividade, vaidade, ganância e outros comportamentos de cada indivíduo, pois estamos acostumados a controlar e acompanhar a jornada de trabalho por sistemas informatizados de controle dentro da área física da empresa. Mas, e fora dela?

O sujeito workholic vai muito além, e cria dentro de seu ambiente pessoal e familiar algumas situações, delimita áreas físicas no seu ambiente ou utiliza a tecnologia para poder mergulhar novamente no universo corporativo e sai criando processos, respondendo e-mails, elaborando planilhas e construído seja lá o que for, mas não consegue desligar, não permite que o organismo se recupere, se reestabeleça para daí sim atingir seus objetivos e metas. É uma questão de saúde e que, a longo prazo, pode impactar as empresas negativamente.

Aí vem a pergunta: e eu, no papel do RH da empresa, responsável não apenas pela seleção, a contratação, promoção de formas de capacitação, remuneração e segurança, mas que também desempenha o papel de agente que intermedeia os objetivos da empresa com o objetivo pessoal de cada indivíduo, o que eu tenho a ver com isso? Em um primeiro momento podemos até pensar: “- que ótimo, que maravilha ter uma pessoa tão dedicada assim!”.Mas será  que isso é realmente bom? Deixo a reflexão.

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