Zigurate
Por: gicorreio • 17/4/2016 • Artigo • 822 Palavras (4 Páginas) • 585 Visualizações
Zigurate – Morada dos Deuses
Os Zigurates "escada para os céus" eram a arquitetura dominante das grandes cidades erguidas na região do antigo vale da Mesopotâmia por antigas civilizações como os sumérios, babilônios e Assírios. Construído em patamares sendo o superior menor que o inferior com um templo no ultimo patamar, servia também como celeiro e oficina para artesãos. O acesso acontecia por entrada localizada na parte superior da grandiosa construção. Por se tratar da ‘morada dos deuses’ aqui na terra somente os sacerdotes podiam entrar no templo e, por isso, cabia a eles a mediação para que os deuses atendessem as necessidades terrenas.
Construídos, geralmente, em sete patamares coloridos que simbolizavam sete planetas do nosso sistema solar e/ou representavam os sete estágios entre a humanidade e o deus supremo. Curiosamente, suas quinas eram construídas de modo a coincidirem com os quatro pontos cardeais, por isso seus lados corriam precisamente em ângulos de 45°. Recebia adornos em ouro e pedras precisas encomendadas de outras cidades.
O templo estava situado no topo da construção rodeada por um ‘pátio plano emparedado para abrigar o “pássaro” e as “armas”’ que representava a residência dos deuses.
Eram construções realmente grandiosas, o zigurate da cidade de Ur tinha aproximadamente 2.795 m² de base e 21 metros de altura. Outro zigurate que merece destaque é o de Etemenanki ‘a fundação do céu e da terra’ suposta Torre de Babel. Um detalhe interessante que o distingue dos outros é que o final de duas, das três escadarias, ascendiam apenas até a metade da construção, e ainda mais interessante era seu tamanho colossal.
Não há um censo comum em relação ao seu tamanho, alguns historiadores acreditam que chegava a 2.089 metros de altura e 100 de largura.‘O Livro dos Jubileus menciona a altura da torre como sendo de 5433 cúbitos e 2 palmos (2484 metros de altura)’. O que tornaria esta, a maior construção de todos os tempos, justamente por este fato esta afirmação não parece verdadeira para muitos. ‘O Terceiro Apocalipse de Baruch menciona que a 'torre da discórdia' alcançava uma altura de 463 cúbitos (212 metros de altura)’. Mesmos com dimensões muito menores, se tivesse esta medida seria a mais alta construção do mundo antigo.
Segundo G. Martinys os ‘padrões do zigurate tomavam-no adequado às observações celestes e seu andar mais elevado estava voltado na direção do planeta Shupa (que identificamos como Plutão) e a constelação Áries’.
É provável que o planejamento de tais construções viessem de outras fontes.
Gudea, governante da cidade Lagash, afirmou ter recebido instruções por meio de uma visão. A inscrição reza que ‘“um homem que brilhava como os céus”, ao lado de quem repousava “um pássaro divino”, “ordenou-me que construísse o seu templo”’. Este homem era a deidade Ningirsu. A visão é concluída com outra deidade que segurava em sua mão uma barra de preciosa pedra; ‘“o plano de um templo estava aí contido”.
Segundo Sitchin em seu livro O 12º Planeta, Gudea ‘recrutou depois 216 mil pessoas para o trabalho de construção do complexo zigurate com sete andares, de acordo com instruções do plano térreo onde havia sete escalas variáveis, enviado pelos deuses’.
Inscrições mostram que Marduk, divindade babilônica, afirma que ‘o zigurate e o complexo do templo em Babilônia foram construídos sob suas próprias instruções, de acordo também com a “escritura dos céus superiores”’.
De acordo com Samuel N. Kramer, “O zigurate, a torre de andares, que se tornou a marca do contraste da arquitetura de templos da Mesopotâmia [...] tinha por intenção servir de elo de ligação, tanto real como simbólico, entre os deuses no céu e os mortais na terra.”
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