A Brasilidade de Tarsila do Amaral
Por: Gabriela Cosenza • 19/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.281 Palavras (6 Páginas) • 780 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 A BRASILIDADE DE TARSILA DO AMARAL 4
3 CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO
Esta produção textual foi elaborada com base nas discussões realizadas nas teleaulas, aulas atividades, leituras complementares e webaulas.
Tem como objetivo empreender uma atitude investigativa sobre a arte e sua importância no contexto histórico, reconhecer a necessidade de vivenciar momentos lúdicos no processo de criação e no exercício da docência, aplicar os conhecimentos em arte e participar de uma experiência estética na produção de uma composição artística.
Sabe-se que as pinturas de Tarsila do Amaral foram importantes para o movimento modernista na Brasil, assim como suas artes com características brasileiras marcaram uma geração e deram início a novos movimentos artísticos.
Tarsila começou sua vida no mundo da arte já em fase adulta aos 30 anos e ainda assim foi capaz de criar obras com estilos únicos e que são facilmente reconhecidos.
Além de sua qualidade intrínseca e de seu valor estético, suas obras retratam sua memórias de épocas vividas em sua fazenda, cenas folclóricas, nossa fauna e flora e o que mais possa fazer parte de seu universo único e lúdico, como mostraremos na obra analisada neste trabalho, “A Lua”.
Este trabalho é conduzido a partir de estudo de sua vida e obra, técnicas utilizadas e pretende demonstrar mais sobre uma grande artista brasileira.
2 A BRASILIDADE DE TARSILA DO AMARAL
A Lua Tarsila do Amaral,
1928, óleo sobre tela, 110 x 110 cm,
Coleção Particular, São Paulo, Brasil
Processo de construção da releitura
Resultado final da releitura
A obra escolhida para a produção de releitura foi “A Lua”, produzida em 1928, utilizando óleo sobre tela.
Alguns dos materiais escolhidos para a releitura são de procedência natural, como bucha, areia, musgo, algodão e tecido. A intenção ao usar esses materiais é de referenciar os temas das telas de Tarsila, que eram simples, naturais e singulares.
Trabalhar na composição de uma produção artística nos possibilita entrar em contato com o lado criativo que existe dentro de cada um e explorá-lo ao máximo.
Quando nos colocamos no lugar do artista, podemos expressar e tentar traduzir nossos sentimentos, expor nossas memórias visuais e sentimentais através dos materiais e técnicas que utilizamos, para que outras pessoas possam compreender, ou ao menos tentar, o nosso ponto de vista e o que quisemos representar dentro dessa obra.
O resultado final foi muito satisfatório, pois podemos vivenciar uma experiência única, prazerosa e artística que é a produção de uma tela.
Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de fazendeiros, Tarsila passou a sua infância nas fazendas de seus pais. Estudou em São Paulo e logo depois, em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, em 1904. Voltando da Espanha, Tarsila casou-se com seu primeiro marido, André Teixeira Pinto, com quem teve uma única filha, Dulce e anos mais tarde, separaram-se.
Foi então que Tarsila resolveu dar início aos seus estudos em arte, aos 32 anos de idade. Entre suas viagens para a Europa e suas vindas para o Brasil, Tarsila conhece Anita Malfatti, que além de se tornar sua amiga, seria a responsável por introduzi-la no grupo modernista, onde mais tarde, conheceria Oswald de Andrade, seu futuro marido.
Em 1922, Tarsila expõe no I Salão da Sociedade Paulista de Belas-Artes e no final desse mesmo ano, Tarsila retorna à Europa com o objetivo de “buscar em Paris, com os artistas mais atuais, o aprendizado necessário à apresentação correta de uma forma de apreensão de seu tempo” (AMARAL, 1975. v1, p. 58.).
Em 1924, Tarsila retorna ao Brasil e resolve utilizar em suas obras a técnica cubista que aprendeu em Paris. “Do cubismo soube Tarsila extrair essa lição não de coisas, mas de relações, que lhe permitiu fazer uma leitura estrutural da visualidade brasileira. Reduzindo tudo a poucos e simples elementos básicos, estabelecendo novas e imprevistas relações de vizinhança na sintagmática do quadro. Tarsila codificava em chave cubista a nossa paisagem ambiental e humana, ao mesmo tempo em que redescobria o Brasil nessa releitura que fazia, em modo seletivo e crítico (sem por isso deixar de ser amoroso e lírico), das estruturas essenciais de uma visualidade que rodeava desde a infância fazendeira” (CAMPOS, 1997. In Tarsila, anos 20. p. 111).
Ainda em 1924, Tarsila dá início à fase “Pau Brasil”, inspirada nas paisagens brasileiras que viu em viagens pelo Brasil. Nessa fase ela usa as cores que tinha de sua infância, as quais seus mestres diziam ser caipiras e que ela não deveria utilizá-las em suas telas. Como resposta, Tarsila veio a dizer: “Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram
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