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A HISTÓRIA DA BAUHAUS

Por:   •  21/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.761 Palavras (12 Páginas)  •  873 Visualizações

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Sumário

Introdução        

1 . Contexto Histórico        4

1.1 A Fundação        

1.2 Mudança para Dessau        

1.3 Últimos anos        

2. Contexto Filosófico        7

3. Proposta Artística        9

4. Principais Expoentes        1

4.1 Principais Nomes e Acontecimentos        

4.1.1 Primeira Fase        

4.1.2 Segunda Fase        

4.1.3 Terceira Fase        

4.2 Principais Obras        

Referências Bibliográficas        6

Introdução

        Em meio às mudanças sociais resultantes do salto tecnológico trazido pela Revolução Industrial e da necessidade de reconstrução da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, surgiu a Bauhaus que buscou prover as necessidades sociais com modernidade e inteligência na execução de projetos e inovação no uso de recursos.

        Mas, o que foi a Bauhaus? Um estilo? Um movimento? Uma escola?

        Mais do que isso, a Bauhaus foi uma referência na arquitetura moderna e na forma de lecionar, sendo considerada a mais influente e famosa escola de arte do século XX.

        Além disso, a escola foi de suma importância para o surgimento do design moderno, bem como, ao unir arte, técnica e indústria, deu forma ao que se conhece hoje como design industrial.

                Hoje, o design influenciado pela Bauhaus está fortemente presente em tudo o que nos cerca, nas construções, nos móveis, nas peças decorativas, nos eletrodomésticos e até em jóias e bijuterias.

1 . Contexto Histórico

Entre os séculos XIX e XX, a sociedade vivenciava o ápice de transformações e ideais resultantes dos diversos acontecimentos relacionados à ciência, artes, política e economia, cujos quais proporcionaram fortes mudanças na estrutura social daquele tempo.

Dentre esses principais acontecimentos, podemos citar a Revolução Industrial, em 1760, considerada um divisor de águas na história e em quase todos os aspectos da vida cotidiana daquela época.

A Revolução Industrial foi marcada pelo salto tecnológico, que possibilitou uma mudança no modo de produzir, através do uso de máquinas a vapor, da utilização de novas fontes de energia e fabricação de novos produtos químicos.

Em sumo, todo este progresso permitiu a produção em larga escala, onde milhares de produtos eram produzidos no mesmo espaço de tempo e com praticamente o mesmo custo de um único objeto produzido de forma artesanal.

        Conforme o processo de industrialização ia ganhando força pela Europa, começaram a surgir reflexões em relação a este novo mundo mecânico. Muitas pessoas, principalmente os artistas, passaram a criticar a má qualidade dos produtos industriais, e cultivar o pensamento de que “não era muito importante que o artista se convertesse em operário; pelo contrário, o importante era que o operário se tornasse artista e, assim devolvesse um valor estético ao trabalho desqualificado pela indústria”.

        A partir daí, criaram-se vários movimentos como o Arts and Crafts (Artes e Ofícios) e o Deutscher Werkbund que buscavam unificar a arte ao processo industrial, bem como modificar o processo acadêmico praticado até então.

1.1 A Fundação

        O artista Walter Gropius também compartilhava da idéia de que era necessário estabelecer uma boa relação entre os processos artesanais e os industriais, tendo em vista que os procedimentos do artesanato poderiam ser adaptados à produção em massa, bastando que o artesão soubesse tirar o melhor proveito das máquinas.

        Para Gropius, o artesanato seria utilizado como uma metodologia didática, com o objetivo de preparar os projetistas modernos a produzirem produtos industriais com uma orientação formal e não apenas focados no uso.

        Após a Primeira Guerra Mundial, em meio a uma grande crise político econômica, Gropius começou a planejar a reorganização da Escola de Arte de Weimar (Alemanha), unindo uma academia artística e uma escola de artes e ofícios. Assim, em 1919, formou-se pela fusão da Academia de Belas-Artes com a escola Kunstgewerbe (fundada por van de Velde), a Staatliches Bauhaus – Casa da Construção -, que se tornaria o mais importante centro criador da Europa, o berço do design como disciplina.

        Segundo o seu fundador, o objetivo da Bauhaus era: “concretizar uma arquitetura moderna que, como a natureza humana, abrangesse a vida em sua totalidade.”

        O plano de ensino da Bauhaus incluía todas as áreas práticas e científicas do trabalho de criação, a Arquitetura, a Pintura e a Escultura, incluindo todos os ramos do artesanato. Os alunos eram treinados no artesanato, bem como no desenho, pintura, ciência e teoria.

1.2 Mudança para Dessau

     Após ameaças de dissolução pela forte oposição dos conservadores, em 1925 a escola mudou-se para Dessau. Para abrigá-la, Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920.

As atividades da Bauhaus intensificaram-se em Dessau com o lançamento de publicações e a organização de exposições. Uma clara mentalidade racionalista presidia à elaboração dos projetos. Em 1928, Gropius passou o cargo de diretor ao suíço Hannes Meyer, abandonando a escola, já então consolidada.

Sob a direção de Meyer, a Bauhaus abandonou definitivamente a idéia de uma escola de arte e solidificou a ideia de um local de produção voltado à satisfação de necessidades sociais. A nova direção deu realce maior à arquitetura e assistiu à chegada das influências do construtivismo russo.

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