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AVA Aula 4

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Por:   •  3/4/2014  •  1.802 Palavras (8 Páginas)  •  390 Visualizações

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A arte no século XIX

NEOCLÁSSICO

Definição Geral:

O neoclassicismo é um movimento artístico que, ao renunciar às formas do barroco, reviveu os princípios estéticos da antiguidade clássica. Começou por volta de 1770, na França e Inglaterra, e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830. Entre as mudanças filosóficas, ocorridas com o iluminismo, e as sociais, com a revolução francesa, a arte deveria tornar-se eco dos novos ideais da época: subjetivismo, liberalismo, ateísmo e democracia.

No entanto, eram tantas as mudanças que elas ainda não haviam sido suficientemente assimiladas pelos homens da época a ponto de gerar um novo estilo artístico que representasse esses valores. O melhor seria recorrer ao que estivesse mais à mão: a equilibrada e democrática antiguidade clássica. E foi assim que, com a ajuda da arqueologia (Pompéia tinha sido descoberta em 1748), arquitetos, pintores e escultores logo encontraram um modelo a seguir.

Surgiram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas históricos. As encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. A imagem das cidades mudou completamente. Derrubaram-se edifícios e largas avenidas foram traçadas de acordo com as formas monumentais da arquitetura renovada, ainda existente nas mais importantes capitais da Europa.

Pintura:

O tema principal da pintura neoclássica foi a antiguidade greco-romana. As figuras pareciam fazer parte de uma encenação teatral e eram desenhadas numa posição fixa, como que interrompidas no meio de uma solene representação. Na pureza das linhas e na simplificação da composição, buscava-se uma beleza deliberadamente estatuária. Os contornos eram claros e bem delineados, as cores, puras e realistas, e a iluminação, límpida.

As figuras eram rígidas, sem vida, e os rostos, completamente sem expressão, simulavam máscaras das antigas tragédias gregas. As túnicas e capas caíam em dobras pesadas e angulosas, cobrindo as formas do corpo. Um enquadramento arquitetônico fechava a composição atrás e nos lados. A função narrativa era interpretada como uma gélida encenação. O fato histórico se subordinava à teatralização, à captação de um momento já morto.

Pouco depois surgiria o romantismo, carregado de paixão e liberdade. Alguns artistas neoclássicos trilharam caminhos próximos à temática romântica, como Ingres, ou finalmente aderiram ao novo movimento, como fez Gericault. Em certos momentos, quando compartilham o gosto pelos temas exóticos e patrióticos, se não fosse a linha limpa de uma contra o traço carregado de tensão da outra, seria difícil estabelecer um limite claro entre os discursos das duas correntes artísticas.

Escultura:

Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às estátuas eqüestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na estatuária da antiguidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.

Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora a obra nunca estivesse isenta de um certo realismo psicológico, plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos gestos e suavidade das formas.

Quanto aos materiais utilizados, os mais comuns eram o bronze, o mármore e a terracota, embora, a partir de 1800, o mármore branco, que permitia o polimento da superfície até a obtenção do brilho natural da pele, tenha adquirido preponderância sobre os demais. Entre os escultores mais importantes desse período destacam-se o italiano Antonio Canova, escultor exclusivo da família Bonaparte, e o dinamarquês Bertel Thorvaldsen, que chegou a presidir a Accademia di San Lucca, em Roma.

ROMANTISMO

Definição Geral:

O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, na literatura e filosofia, para depois alcançar as artes plásticas. Diante do racionalismo anterior à revolução, ele propunha a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras.

A iconografia romântica caracterizou-se por sua estreita relação com a literatura e a poesia, especialmente com as lendas heróicas medievais e dramas amorosos, assim como com as histórias recolhidas em países exóticos, metaforizando temas políticos ou filosóficos da época e ressaltando o espírito nacional. Não se pode esquecer que o romantismo revalorizou os conceitos de pátria e república. Papel especial desempenharam a morte heróica na guerra e o suicídio por amor.

A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se mesclaram estilos históricos obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Na escultura, imitando a linguagem pictórica, produziram-se figuras de uma dramaticidade e energia comparáveis apenas às presentes nas telas de Delacroix, embora também dentro de um forte academicismo.

Pintura:

A pintura foi a disciplina mais representativa do romantismo. Foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época. As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.

É o que acontece com as tempestades de Turner, cuja força expressiva permitiu ao pintor prescindir, intencionalmente, de toda presença humana; ou das montanhas nebulosas de Friedrich, solitárias e místicas. Na França e na Espanha, o romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e de um ousado cromatismo, ao mesmo tempo

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