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Balet Revivalismo

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Por:   •  22/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.847 Palavras (12 Páginas)  •  282 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O balé é uma arte cuja prática é encontrada em diversas partes do mundo, por escolas que hoje são referência e inspiração.

É uma técnica enriquecida de acordo com as necessidades artísticas do momento, favorecendo o aperfeiçoamento técnico ao longo do tempo. (BERTONI, 1992:72-74).

No século XV surgiu na Itália o movimento renascentista, onde a literatura, filosofia, dança e as demais artes floresceram construindo um patrimônio cultural que renovou os pensamentos e modificou as formas até então conhecidas.

A dança adquiriu um perfil determinado pelo gosto da nobreza reinante. Assim no século XVII, surgem os primeiros profissionais de dança – o bailarino e o mestre. O bailarino dançava o que o mestre ensinava desde a técnica à coreografia, que era o balé apresentado nas festas da corte.

O Ballet Teatral da Rainha, em 1581 no reinado de Henrique III, reuniu pela primeira vez a dança, a música e o drama teatral que marcou bases do dito balé-espetáculo. A dança e o balé passavam por uma constante transformação onde o gosto e a afeição tornava-se cada vez maior.

O termo balé vem da palavra francesa ballet, proveniente do verbo ballare que significa dançar ou bailar (DI DONATO, 1994:10). O balé era representado através de dança, música, canto e declamação, sendo composto de três partes: abertura, entrada e grande balé.

1 BALÉ

1.1 NASCIMENTO DO BALÉ

O movimento renascentista surgiu no século XV, na Itália e se expandiu pela Europa em aproximadamente um século.

Durante esse período, muitas artes floresceram, fazendo com que o patrimônio cultural revolucionasse o pensamento até então conhecidos.

É nessa época que a dança recomeça a crescer, tendo, a cada gosto da nobreza, regras diferentes. Então, surge pela primeira vez o mestre e o bailarino. Tudo o que o mestre ensinava e interpretava, o bailarino repetia.

Em 1581 é realizado o Ballet Comunique de la Reine (Balé Teatral da Rainha), no reinado de Henrique III, quando pela primeira vez a dança, a música e o drama teatral de reuniram, formando um balé encomendado pela sua mãe, Catarina de Médicis, para celebrar suas bodas de casamento de Margarida de Lorena. Esse espetáculo criou bases para o balé teatral e a criação do corpo de baile, além de ter duração de cinco horas.

Coreografia e política andavam juntas, pois os atores de balé naquela época eram tão somente os reis, rainhas, princesas, príncipes e senhores das cortes. Balé vem da origem palaciana, refletindo assim aos seus gestos característicos, tendo como principais as reverências e movimentos elegantes.

No reinado de Luiz XIV, houve uma significativa revolução: no século XVII, os senhoriais balés do palácio foram para o tablado do teatro. O Rei Luiz XIV permitiu, em seu reinado, que bailarinos profissionais fizessem parte do balé da corte e no ano de 1661 criou a Academia Real de Dança, onde a dança clássica recebeu um impulso evolutivo, fazendo com que o balé se desenvolvesse com mais princípios coreográficos, passos e movimentos definidos.

No final do século XVII, os balés começaram a ser compostos de três partes: abertura, entrada e grande final.

Considerado o construtor do balé na era moderna, o bailarino Novèrre uniu a dança, música, poesia e pintura, e ao criar a forma muda do balé injetou energia ao balé clássico francês.

As indumentárias do balé foram modificadas. Os trajes ficaram mais leves, aparecendo túnicas, maiôs e sapatos sem saltos, e a expressão facial mais valorizada, desaparecendo os cabelos postiços e as máscaras.

Novèrre, também considerado o reformador do balé, sempre esteve com suas ideias além do seu tempo. Dizia: “Imitar não é copiar, mas apresentar a imagem das paixões humanas.” Em síntese, sua ação exigiu conexão, trama e lógica em uma conjunta obra com as outras artes (música, poesia, entre outras).

Assim o balé e a dança passaram por uma transformação, onde a cultura se requintou e tornou-se um patrimônio de uma abastada classe.

1.2 O BALÉ ROMÂNTICO

No século XIX, surgiu o Romantismo como uma forma de reação sobre o Neoclassicismo francês que, no século XVIII, dominava as artes. Surgiu também como oposição ao articulado na razão humana, o Iluminismo.

O balé clássico incorporou-se a esse movimento, neste sentido, indo ao encontro do imaginário, do irreal, da fantasia. Os temas do balé, naquela época, eram geralmente natureza. As histórias românticas narravam lendas de bosques, florestas e lagos do Norte.

Sonhos e amor eram os temas que maior extasiavam os coreógrafos e bailarinos. Os deuses romanos e gregos eram, geralmente, substituídos por sílfides, fadas e ninfas, ocorrendo a modificação de cenas e personagens das histórias apresentadas.

O auge do balé clássico foi quando a bailarina encarnou a perfeição. Capaz de gesticular suavemente e flutuar com a leveza de um pássaro, surge, em 1827, em Paris, a bailarina Marie Taglioni que dançava na ponta dos pés com uma sapatilha diferente, especial. Esse fato representou um impacto forte, marcando a importância do balé.

La Sillfides, criado por Filippo Taglioni para sua filha Marie, foi o primeiro balé romântico da historia. Sua estreia foi no ano de 1832 na Ópera de Paris. O balé conta a história de uma sílfide que se apaixona por James, um mortal, e a bruxa Madge vinga-se enfeitiçando um xale que oferece a ele... e assim o balé se desenvolve.

Assim o balé clássico atinge o seu auge com o aparecimento de mais balés românticos, também chamados de balés brancos devido ao uso de musselines, gases e tules brancos.

Depois de La Sillfides, belas obras foram produzidas, como Giselle (considerada a absoluta obra do período por reunir aspirações dramáticas e técnicas), Coppelia (mais conhecida como “a boneca dos olhos verdes”), entre outros que notadamente caracterizaram o período do balé.

2 ANA BOTAFOGO

Ana Maria Botafogo Gonçalves Fonseca nasceu às 8:35h de um 9 de julho, sob o signo Câncer. Católica, um fruto de uma grande família harmoniosa chegou ao mundo essa carioca da Urca.

Bem cedo, Ana Maria já apresentava uma aparência distinta, uma aparência que costuma distinguir os artistas. Ana era maleável,

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