Batucada, um lego rítimico
Por: riverajluiz • 1/12/2015 • Artigo • 4.817 Palavras (20 Páginas) • 210 Visualizações
"Existe uma paixão pelo entendimento, tal como existe
uma paixão pela música. Essa paixão é comum nas crianças,
mas a maioria das pessoas perde-a posteriormente.
Sem essa paixão não teria havido matemática nem ciências naturais."
Albert Einstein
Agradecimentos
Felizmente, tenho o prazer de citar aqui algumas pessoas com as quais posso dividir a conquista da realização deste trabalho. A minha família, a minha companheira Marize e meus grandes amigos que em todos os momentos estiveram torcendo por mim e souberam compreender meus momentos de ausência.
O professor e colega Geber Ramalho que desempenhou uma papel fundamental de orientador deste trabalho sabendo ser a minha bússola e vela durante toda a trajetória do mesmo. O professor e maestro Osman Gioia pelos esclarecimentos sobre tecnologia MIDI e as amostras de som, o professor Sérgio Cavalcanti nas questões de eficiência.
Os colegas de curso Eduardo Laureano, Paulo Guedes e Saulo Araújo, na solução de problemas que enfrentei na fase de implementação. Jeferson Valadares e Giordano Cabral, nos conceitos, na aquisição e na manipulação das amostras rítmicas.
Obrigado!
Paulo Roberto Pereira da Silva.
Resumo
A crescente evidência da multimídia em sistemas computacionais, aliada à carência de produtos do ramo voltados a ritmos musicais brasileiros, motivam a construção de uma ferramenta interativa que permita a manipulação e o sequenciamento de padrões rítmicos polifônicos. Essa ferramenta, desenvolvida em Java e fazendo uso da tecnologia MIDI, permitirá que o usuário componha uma verdadeira “batucada digital”, escolhendo instrumentos e padrões como se estivesse manipulando um “lego rítmico”.
Para tal, faz-se necessária a criação ou adaptação de uma plataforma de representação ontológica de conhecimentos musicais [1] como, por exemplo, o sistema MusES [2,3] e o desenvolvimento de mecanismos de controle e visualização desses objetos. O trabalho corresponde a um primeiro passo na criação de um sistema multi-agente de acompanhamento automático em tempo real [4].
Sumario
AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO
2. O PROBLEMA
3. MUSES
3.1 Estado da Arte
3.2 MusES
3.2.1 Objetos Musicais
3.2.1.1. Pacote Harmonia:
3.2.1.2. Classes Temporais
3.2.2. Extensões
3.2.3. Restrições
4. TECNOLOGIA MIDI
4.1. MIDI e Áudio
4.2. General MIDI
4.3. Histórico
4.4. Possibilidades do MIDI
4.5. Hardware MIDI
4.6. Canais MIDI
4.7. Comunicação MIDI
4.8. Formato dos Dados
4.9. Mensagens
4.9.1. Mensagens de Execução (Mensagens de Voz)
4.9.2. Mensagem de Note on
4.9.3. Mensagem de Note off
5. RITMOS BRASILEIROS
5.1. Maracatu
5.2. Frevo
5.3. Samba
6. BATUCADA
6.1. Princípios
6.2. Interface
6.3. Classes
6.3.1. Classe Note
6.3.2. Classe Rhythm
6.3.3. Classe Midi
6.3.4. Classe Timer
6.3.5. Classe Player
6.3.6. Classe RhythmBank
6.3.7. Classe Batucada
6.4. Resultados
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A
Noções de Teoria Musical
- Introdução
A Computação Multimídia [5], em crescente evidência nos sistemas computacionais, resulta de uma combinação de matérias que lidam com técnicas e conceitos relativos aos mundos visual e auditivo, como a Computação Gráfica, a Computação Musical e a construção de peças multimídia. A Computação Musical aborda a natureza da forma sônica, os algoritmos fundamentais para a produção de sons, as técnicas de processamento de sinais, as linguagens para síntese de áudio e noções de sistemas musicais e linguagens auditivas em geral.
Questões pertinentes à Música como a representação do conhecimento musical ou que envolvam raciocínio e coordenação musical - como a criação de sistemas capazes de acompanharem o músico, em tempo real, durante a execução de uma peça - apresentam-se como verdadeiros desafios para a Ciência da Computação, estando grande parte desses relacionada a uma determinada classe de problemas tratados pela Inteligência Artificial (IA). Dessa forma, verifica-se a existência de uma relação muito estreita entre a Computação Musical e a Inteligência Artificial.
No Departamento de Informática (DI/UFPE), problemas como esses já foram abordados. Como exemplo, temos o desenvolvimento de um sistema de acompanhamento automático em tempo real, pelo professor Geber Ramalho, e outro para a previsão de acordes musicais, por Sidney Cunha. Ambos, implementados como sistemas de agente inteligente único - técnica da Inteligência Artificial.
Por sua vez, existe uma demanda por sistemas que tratem dos ritmos musicais, que funcionem como verdadeiros laboratórios de ritmos. Para o desenvolvimento de sistemas como esses, primeiramente, faz-se necessário a criação ou adaptação de uma plataforma de representação ontológica de conhecimentos musicais [1] como, por exemplo, o sistema MusES [2,3]. Em segundo lugar, deve existir um dispositivo de reprodução sonora capaz de tocar tais objetos rítmicos, como os que fazem uso da tecnologia MIDI [8]. Além disso, como a música tocada em conjunto exige a interação entre as partes executantes, é preciso ter em mãos mecanismos de controle e sincronização. A modelagem dessa interação envolve questões de raciocínio, negociação e coordenação entre essas entidades. A Inteligência Artificial soluciona essa classe de problema através de multi-agentes, apresentando resultados para controle de tráfego, controle de processos industriais, gerenciamento de informação, sistemas de transportes, comércio eletrônico, etc. [7].
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