Biografia de Tarsila do Amaral
Por: Rebeca Silveira • 20/9/2021 • Bibliografia • 870 Palavras (4 Páginas) • 171 Visualizações
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora
Biografia de Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora e desenhista brasileira. O quadro "Abaporu" pintado em 1928 é sua obra mais conhecida. Junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, lançou o movimento "Antropofágico", que foi o mais radical de todos os movimentos do período Modernista.
Tarsila do Amaral nasceu na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior de São Paulo, no dia 1 de setembro de 1886. Era filha de José Estanislau do Amaral Filho e Lydia Dias de Aguiar do Amaral tradicional e rica família de São Paulo.
Era neta de José Estanislau do Amaral, proprietário de diversas fazendas no interior de São Paulo, apelidado de "milionário". Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.
Formação
Tarsila do Amaral estudou em São Paulo em uma escola de freiras e no Colégio Sion. Completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos.
De sua volta ao Brasil, em 1906, Tarsila casou-se com André Teixeira Pinto, primo de sua mãe, com quem teve uma filha, Dulce Pinto.
Em 1916, Tarsila começou a estudar no ateliê de William Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo. Com ele aprendeu a fazer modelagem em barro.
Em 1920, separou-se de André Teixeira e foi para Paris, onde estudou na Academia Julian, escola de pintura e escultura. Estudou também com Émile Renard.
Em 1922, tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil.
O Modernismo
Em 1923, Tarsila volta à Europa e mantem contato com os modernistas que lá se encontravam, são intelectuais, pintores, músicos e poetas, entre eles Oswald de Andrade.
Estudou com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Manteve estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suíço que visitou o Brasil em 1924.
Em 1925, estando em Paris, Oswald de Andrade lançou o volume de poesias “Pau-Brasil”, com ilustrações de Tarsila.
Em 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade e no mesmo ano a artista realizou sua primeira exposição individual na Galeria Percier, em Paris.
Embora não tenha participado diretamente da “Semana de 22”, Tarsila se integrou com os intelectuais modernistas.
Fez parte do "Grupo dos Cinco", juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia.
Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel em São Paulo.
Em 1930, Oswald de Andrade deixa Tarsila e passa a viver com Pagu. Deprimida, durante um ano produziu uma única tela intitulada “Composição (Figura Só)”.
tarsila do amaral
Composição (Figura Só) (1930)
Fases da Obra de Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral foi uma das artistas plásticas mais importantes da primeira fase do Modernismo, concretizando em sua obra todas as aspirações de vanguarda formuladas pelo grupo.
Sua obra atravessou três fases denominadas: “Pau-Brasil”, “Antropofágica” e “Social”.
A primeira fase, “Pau-Brasil”, teve início em 1924, quando Oswald de Andrade divulgou o “Manifesto Pau Brasil” defendendo o nacionalismo.
A artista rompeu completamente com o conservadorismo e sua obra encheu-se de formas e cores assimiladas em sua viagem de “redescoberta do Brasil”, realizada em Minas Gerais, com seus amigos modernistas.
Tarsila explorou os temas tropicais e exalta a flora e a fauna, as ferrovias e as máquinas, símbolos da modernidade urbana. São exemplos dessa época as telas:
Tarsila do Amaral
A Feira (1924)
Tarsila do Amaral
A Estação Central do Brasil (1924)
Tarsila do Amaral
O Pescador (1925)
A segunda fase da obra de Tarsila do Amaral, denominada “Antropofágica”, teve origem no mais radical de todos os movimentos do período modernista: “Movimento Antropofágico” que foi inspirado no quadro “Abaporu” (1928) (antropófago, em tupi), que Tarsila oferecera a Oswald como presente de aniversário.
Partidários de um primitivismo crítico, os antropófagos propunham que a cultura estrangeira fosse devorada, aproveitando dela suas inovações artísticas, porém sem perder nossa própria identidade cultural. Exemplos dessa fase:
Tarsila
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