CAPÍTULO 4 - ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO: O TRÁFICO DE ESCRAVOS A PARTIR DA ÁFRICA E EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO ATL NTICO
Por: Larissa Silveira • 30/8/2021 • Resenha • 709 Palavras (3 Páginas) • 226 Visualizações
CAPÍTULO 4 - ÁFRICA NA HISTÓRIA DO MUNDO: O TRÁFICO DE ESCRAVOS
A PARTIR DA ÁFRICA E EMERGÊNCIA DE UMA ORDEM ECONÔMICA NO
ATL NTICO
O capítulo discursa sobre como o tráfico de escravos que foi uma causa primordial para o subdesenvolvimento social, político e econômico do continente, e como a população foi afetada. De acordo com o autor, a partir do séc. IX ocorreu um desenvolvimento significativo na escravização de africanos para o mundo, e que foi extinto apenas no séc. XX. A prática da escravidão existe desde a antiguidade, se tornavam escravos aqueles que perdiam uma guerra e caiam sob o domínio do rival ou por questões de dívidas, o conceito mudou com a chegada dos europeus, tornando-se uma prática predatória e exploradora.
Com a descoberta do novo mundo, essa prática se intensificou, e passou a se chamar tráfico transatlântico, que até hoje não foi devidamente evidenciada. Inikori explica que a partir do comércio de escravos os países europeus começam a lucrar de forma absurda, uma vez que não havia necessidade de pagamento pela mão de obra e todo o lucro do comércio de especiarias e de matérias primas servia para o enriquecimento dos cofres europeus.
O capítulo também explora as consequências do tráfico negreiro na ordem econômica mundial. Uma primeira ordem econômica apareceu apenas no século XIX, com a Europa ocidental, e a América do norte posteriormente. Os frutos do vazio demográfico que foi causado pela escravisão foi um tremendo atraso tecnológico, que inviabilizou o desenvolvimento econômico, político e social de toda a África, que por consequência a tornou inteiramente dependente do comércio com as nações europeias. Esta dependência africana para com os europeus dura até hoje.
O autor estipula 3 tipos de economias. Por economia desenvolvida, uma economia que possui sólidas ligações internas, estruturais e setoriais, apoiando-se em uma técnica evoluída e em estruturas sociopolíticas as quais permitem u m crescimento autônomo. A expressão “economia subdesenvolvida e dependente” diz sobre uma economia privada de articulações estruturais e setoriais, em função da existência de certas estruturas internas, herdadas de relações internacionais anteriores cuja natureza torna extremamente difícil, senão impossível, a implementação de uma técnica evoluída e de sólidas ligações internas, setoriais e estruturais, gerando assim uma situação na qual a expansão ou a contração da economia depende inteiramente do exterior.
Por fim, a economia não desenvolvida é aquela que não possui, nem as estruturas do desenvolvimento, nem tampouco aquelas do subdesenvolvimento e que permanece, portanto, livre para facilmente tomar tal ou qual direção, em função do tipo de oportunidade apresentada.
O tráfico de escravos é avaliado com uma estimativa sem um número exato, e por isso o número aproximado de escravos tirados da África é de 22 milhões.
O autor dividiu em 2 períodos, de 1500 a 1650, e de 1650 a 1820. O primeiro período ainda não tinha toda a força necessária para ter uma grande economia, e os europeus usaram força militar para garantir a soberania sobre os recursos de cada região. A Espanha, grande beneficiada na extração de metais preciosos
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