Cultura grega
Resenha: Cultura grega. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: omoraldels10 • 15/12/2014 • Resenha • 614 Palavras (3 Páginas) • 332 Visualizações
Do ponto de vista político, o continente grego afastou-se definitivamente do centro dos acontecimentos. Com o estabelecimento do Império Romano em -27, a Macedônia e os territórios da Grécia Continental tornaram-se simples províncias romanas.
As antigas póleis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas instituições políticas tradicionais, apesar do governo romano, conservaram os nomes e a influência local. Atenas manteve o status de cidade universitária, onde os romanos de posses iam completar sua educação em filosofia e retórica.
A cultura grega foi adotada pelos romanos cultos e a cidade de Roma se tornou o mais novo e mais importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão prezada pelos romanos, estavam na mão de gregos (às vezes simples escravos); escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos liam, falavam e escreviam fluentemente em grego. Os próprios imperadores romanos reverenciavam a antiga cultura grega: Nero (54/68), Adriano (76/138) e Marco Aurélio (121/180) foram os mais notáveis dentre eles.
Mas o Império Romano, no fim do século III, começou a se desagregar. O desgoverno era tamanho que em 395 os bárbaros visigodos conseguiram saquear Atenas, Corinto e outras importantes cidades gregas. Nesse mesmo ano, o imperador Teodósio I dividiu formalmente o Império em dois, e a Grécia foi incorporada ao Império do Oriente. A sede era a cidade de Constantinopla, fundada em 330 pelo imperador Constantino ao lado da antiga cidade grega de Bizâncio (daí o nome "Império Bizantino").
No Ocidente, a península italiana e as províncias romanas caíram gradualmente nas mãos dos bárbaros e em 476 foi deposto o último dos imperadores romanos. No Oriente, a cultura grega sobreviveria ainda durante muitos séculos (até 1453, especificamente); sua influência seria explícita a partir de 610/641, quando o grego se tornou a língua oficial do Império Bizantino, a despeito da oposição dos cristãos, agora dominantes, a qualquer forma de paganismo.
A Igreja Cristã absorveu muitas coisas da antiga cultura grega; apesar disso, fez muita pressão para acabar com o paganismo. Em 394, foram disputados os últimos jogos olímpicos, por ordem do Imperador Teodósio; em 529, as escolas de filosofia de Atenas foram fechadas por ordem do Imperador Justiniano — e esse fatídico ano de 529 marcou, sem dúvida, o fim do ímpeto e do vigor criativo da antiga cultura grega.
A importância de se conhecer a Grécia da Antiguidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas ideias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. No entanto, não podemos confundir a Antiguidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar a mais de quatro mil anos atrás. Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não
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