Determinando o nível de materialidade
Seminário: Determinando o nível de materialidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: VICTOR134679 • 28/11/2013 • Seminário • 1.197 Palavras (5 Páginas) • 548 Visualizações
Definição do nível de materialidade
* difícil objectivação quantitativa
· não existem parâmetros quantitativos pré-definidos
nas normas de auditoria internacionais e nacionais
A falta de um ajustamento para dívidas de terceiros de 10.000 € será
material ? ou só se for maior do que 100.000 € ?
* recurso a indicadores representativos da posição
financeira e desempenho
· % do resultado antes de impostos
· % do activo total ou líquido
· % do volume de vendas, etc.
Nível de materialidade no Reino Unido
(fonte: Audit Framework de Roger Adams)
Âmbito de Aplicação Critério de materialidade
Contas de resultados Entre 5 a 10% do resultado antes de
impostos, ou
entre 0,5 a 4% do volume de vendas
Contas de Balanço Entre 0,5 a 10% do activo, ou
1% do activo líquido, ou
5% do capital circulante
· varia de empresa para empresa
A falta de um ajustamento para dívidas de terceiros de 100.000 €
poderá não ser material na empresa A com um activo de
250.000.000 € (0,04%) e um resultado líquido de 30.000.000 €
(0,33%), mas já o será na B com um activo de 700.000 € (14,29%) e
um resultado líquido de 80.000 € (125%).
Auditoria/José Luis Alves da Cunha
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* factores de natureza qualitativa
· factores qualitativos, isto é, as circunstâncias que
rodeiam uma distorção (ou omissão), podem
determinar que, mesmo sem ser ultrapassado um
limite de materialidade quantitativo, esta seja
considerada material
Certos contratos de empréstimo contêm cláusulas segundo as quais,
se uma empresa ultrapassar determinados rácios a dívida vence-se
de imediato. Deste modo, se um determinado indicador tiver sido
ligeiramente superado, a empresa pode ser tentada a distorcer as
suas demonstrações financeiras por forma a que o rácio em causa se
situe dentro dos parâmetros contratuais.
Mesmo que a distorção não seja quantitativamente material, o
auditor pode considerá-la qualitativamente material.
* responsabilidade exclusiva do auditor
· dependente do juízo profissional do auditor
Normas profissionais sobre materialidade
· Directriz de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores
Oficiais de Contas 320 - Materialidade de Revisão/Auditoria –
em anexo
· Norma Internacional de Auditoria do IAASB 320 -
Materialidade de Auditoria
Textos disponíveis em:
www.oroc.pt
Auditoria/José Luis Alves da Cunha
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Aplicação
Apresentam-se seguidamente as demonstrações financeiras da
empresa X referentes ao ano n
Bruto Amort/Ajust Líquido (euros)
Imobiliz. Corp 10.000.000,0 -4.000.000,0 6.000.000,0 Capital social 4.000.000,0
Existências 4.000.000,0 -400.000,0 3.600.000,0 Reservas 2.000.000,0
Clientes 3.000.000,0 -300.000,0 2.700.000,0 Result. Líquido -100.000,0
Disponibilid. 1.000.000,0
Passivo M/L Pr 3.000.000,0
Passivo C Prazo 4.400.000,0
17.000.000,0 -4.700.000,0 13.300.000,0 13.300.000,0
(euros)
Gastos Operacionais 8.000.000,0 Vendas 10.000.000,0
Gastos não Operacionais 2.100.000,0
Resultado Líquido -100.000,0
10.000.000,0 10.000.000,0
O Revisor Oficial de Contas na auditoria que realizou às contas do
ano n verificou a ocorrência das seguintes distorções:
a) o empréstimo a longo prazo de 3.000.000 de euros celebrado com
o Banco X , do qual 900.000 euros se vencem em n+1, estava
totalmente apresentado no Balanço no Passivo a M/Longo Prazo;
b) os juros antecipados, à taxa de 5% ao ano, de um empréstimo a
curto prazo de 1,000,000 de euros contraído em Outubro de n,
foram contabilizados como custo financeiro no momento do
pagamento.
c) existe um erro de cálculo nas amortizações do imobilizado
corpóreo, que atinge favoravelmente o resultado em 100.000 euros;
d) foram realizadas no final de n vendas de 40,000 euros (margem
40%) a um cliente que não havia encomendado o produto e que o
devolveu em Janeiro de n+1. De notar que o empréstimo a longo
prazo tem uma cláusula segundo a qual a empresa não pode vender
nos próximos
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