Educação Patrimonial

Educação formal

Por educação formal entendemos “[...] as práticas educativas com elevados graus de intencionalidade, sistematização e institucionalização, como as que se realizam nas escolas ou em outras instituições de ensino”.

Educação não formal

A educação não formal consiste em: práticas educativas realizadas em instituições não convencionais de educação, mas com certo nível de intencionalidade e sistematização, tais como as que se verificam nas organizações profissionais, nos meios de comunicação e nas agências formativas para grupos sociais específicos (LIBANEO, 2005).

O museu não é uma instituição cuja especialidade é promover uma educação sistemática; seu trabalho é complementar a educação formal, instigando os indivíduos a conhecerem o valor do que se tem dentro desse espaço.

Um Patrimônio da Humanidade é um local considerado valioso para todo o mundo, independentemente de onde está localizado. Quem credita o título é a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Entre inúmeras Manifestações do Patrimônio da Humanidade, quero destacar três: Mistério de Elche – Espanha, Ofício das paneleiras de Goiabeiras no Espírito Santo – Brasil, As danças e a música dos Garífuna – Guatemala, cada uma com sua cultura, seus costumes, vidas diferentes e maneiras particulares de se expressarem.

Desde o século XV acontece dentro da Basílica de Santa Maria de Elche a celebração para recordar a morte, assunção e coroação de Maria mãe de Jesus com a participação de toda comunidade, onde tem todo um processo dramatização realizado de forma religiosa/teatral tal qual segundo a tradição.

Uma atividade que constitui um saber repassado de mãe para filha de geração a geração, utilizando técnicas de origens indígenas, um trabalho 100% manual desde o preparo da matéria-prima que é retirada de um barreiro: a argila coletada do meio natural, dando origem à fabricação artesanal de panelas de barro, surgindo assim, o Ofício das paneleiras de Goiabeiras no Espírito Santo – Brasil.

Os garifuna são um povo que resulta da miscigenação entre vários grupos originários de África e do Caribe. Constituem relatos que os garifuna narram em diversas ocasiões e que abordam temas da história e do saber tradicional do povo, como o fabrico de canoas, a pesca e a construção das casas. Além desta transmissão de conhecimentos, há também a crítica social nestas canções, que são cantadas ao ritmo dos tambores e bailadas pelos membros da comunidade, mas a dança e a música garífunas também são muito marcantes. Nos últimos tempos, as suas expressões artísticas têm sido veiculadas não só como a principal manifestação cultural desse povo, mas também de toda a Honduras. Cantando, dançando ou empunhando a bandeira da luta pela terra, os garífunas resistem há mais de 300 anos, desde o naufrágio dos navios espanhóis. Ou desde a chegada dos ex-escravos fugitivos à ilha de São Vicente, em busca de liberdade. A tradição dos Garifuna reveste-se de enorme valor simbólico, mas infelizmente corre o risco de se extinguir, sendo que um dos fatores que contribui para o seu desaparecimento é a discriminação de que são