FACONI

Segundo Falconi, para as empresas garantirem uma boa produtividade é fundamental ter um sistema de padronização exemplar, com processos documentados e um baixo nível de turn-over. "É só assim que se guarda conhecimento, mas as empresas brasileiras ainda não fazem isso muito bem", lembrou o professor ao explicar que existem dois tipos de conhecimento: o explícito - tudo que pode ser escrito e documentado e deve ser compartilhado na empresa - e o tácito, que não tem como ser ensinado porque vai direto para a cabeça das pessoas, ou seja, é bagagem cultural de cada indivíduo.

"Quando se vê um turn-over muito alto é o conhecimento tácito se perde", alertou Falconi ao dimensionar a necessidade de diminuir a rotatividade de pessoal e assim reter o conhecimento dentro da empresa. Para Falconi, o que leva uma empresa para o caminho do aprendizado é a meta. "A meta é o desconforto. Para bater a meta, as pessoas vão atrás de conhecimento e trazem isso para dentro da empresa".

Porém, antes de exigir que as pessoas batam as metas, os líderes precisam mudar sua forma de agir. Quem tem de selecionar o time, segundo Falconi, são os próprios líderes, afinal eles é que irão se relacionar e trabalhar com esses profissionais. "Os chefes precisam saber recrutar, treinar as pessoas certas e avaliar seu desempenho. Este é o segredo de um bom time, só que a maioria das pessoas delega isso para o RH", destacou, complementando que "A diferença entre aqueles que alcançam resultados excepcionais é justamente saber que a responsabilidade de ter um time bom é competência do líder. E ainda hoje são raríssimos os líderes que recrutam e acompanham seus times". E quando essas metas não estão sendo alcançadas, cabe ao líder direcionar novamente o seu time, que depende muito dessa comunicação para ser bem-sucedido e conseguir o destaque. "Muito do sucesso ou fracasso de um time é responsabilidade do líder", finaliza Falconi.