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Friedrich Nietzsche e Frida Kahlo

Por:   •  22/1/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  536 Visualizações

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Friedrich Nietzsche e Frida Kahlo

Introdução

Filosofia é o estudo de problemas fundamentais ligados à existência, à verdade, ao conhecimento, à mente, à linguagem e aos valores morais e estéticos. Filósofos como Kant, Sartre, Nietzsche e Monstesquieu representam a filosfia de forma importante. Com este respetivo trabalho realizado para a unidade curricular “Filosofia da Arte e do Design” no início será abordado a colaboração de Nietzsche aos ensinamentos para o pensamento moderno. O objetivo da sua realização foi entender as várias simbologias das obras de arte escolhidas e formar as interpretações das mesmas relacionando o pensamento e ideais de Friedrich Nietzsche. A razão pela minha escolha foi pelo facto de ambos Nietzsche não ter qualquer tipo de religião e Frida Kahlo ter de facto abandonado a sua religião, daí para mim, fazer sentido a escolha em questão. Não iria fazer sentido, a meu ver, escolher Nietszsche e relacionar obras de um artista que onde os seus ideais e pensamentos não fossem de alguma forma semelhantes ou que simplesmente fosse uma pessoa que fosse praticante ou que seguisse os ideais da religião em questão.

 No entando muitas das obras de Frida Kahlo têm elementos católicos evidentes de muitos modos o que acaba por contradizer o que foi dito anteriormente no qual irei explicar em breve.

Para termos um melhor entendimento desta matéria passo então a explicar o pensamento de Friedrich Nietzsche onde me irei focar na crítica ao cristianismo e de seguida a vida da artista Frida kahlo e o porque de ter pensamentos semelhantes ao filósofo escolhido em questão.

Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche nasceu a 15 de Outubro de 1844 em Röcken (Alemanha)  e faleceu a 25 de Agosto de 1900 em Weimar (Alemanha). Nietzsche foi um enorme filósofo crítico alemão no século XIX. Os seus ideais principais incluíam a crítica à dicotomia / dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder e a morte de deus, desta maneira Nietzsche escreveu arduamente sobre a moral, cultura ocidental e religião. Sofreu inúmeras críticas na história da filosofia moderna devido à sua forma de escrita esta mesma que é difícil de se perceber devido á forma de apresentação das figuras e/ou categorias gerando confusões devidas principalmente aos paradoxos dos conceitos de realidade ou verdade. Desta maneira ainda hoje é associado ao niilismo e ao fascismo. Estes assuntos acabaram por gerar muita controvérsia como se seria de esperar. A morte de deus é um dos objetivos de foco deste trabalho.

A sua filosofia central é a ideia de “afirmação de vida” que envolve o interrogatório de qualquer doutrina que esgote uma expansiva de energias não importando o quão socialmente predominantes essas ideias poderiam ser. O seu questionamento e maneira de pensar radical do valor e da objetividade da verdade foi o foco de extenso comentário e a sua influência continua a ser substancial.

O seu estilo de escrita é aforismático ou seja a sua escrita era um género textual que é caracterizado por frases breves, precisas e  que possuem uma definição de um preceito moral ou prático.

 A cultura ocidental e as suas respetivas religões tal como a moral judaico – cristã foram temas bastante frequentes nas suas obras. Nietzsche apresenta-se como já anteriormente dito alvo de muitas críticas na história da filosofia moderna como seria de esperar, obviamente.

Friedrich Nietzsche opõe-se ao cristianismo e ao budismo considerando criticamente que as duas religiões são um desmoronamento da sociedade embora haja uma enorme desigualdade entre estas duas. Para percerbermos o seu descontentamente, crítica e oposição a estas religiões podemos ler o seu livro “ O Anticristo” escrito em 1888 e publicado em 1895.

Esta obra é considerada uma das mais maldosas críticas de Friedrich Nietzche ao cristianismo, célebre pela frase “ O Evangelho morreu na cruz”. Friedrich Nietzsche foca-se criticando sem piedade a religião que todos conhecemos, a religião Cristã. Elabora vários ataques tentando mostrar uma suposta deturpação por Paulo de Tarso ( um dos mais influentes escritores, teólogos e pregadores do cristianismo ) e pelo catolicismo em si considerando que esta religião tal como o budismo (outra religão a quem ele critica) aspiram do nada, cujos os valores se dissolveram na mesquinhez da história.

“Para mim o ateísmo não é nem uma consequência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto” (Ecce Homo, pt. II, af.1).

Nietzsche tinha ambição de confrontar todos os preconceitos e ilusões do ser humano, aquele que se atreve a olhar sem receio aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceites por todos, por trás das grandes e pequenas verdades, por trás dos ideais que serviram como base de ensino a uma civilização e encaminharam a linha dos acontecimentos históricos. Em consquência para ele a moral principalmente de Kant e Hegel, a religião e a política são apenas, máscaras que ocultam a realidade inquietante e ameaçadora cuja visão é difícil de sustentar.

“A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: O Budismo não promete, mas assegura. O Cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.” (Anticristo, pág 270).

Frida Kahlo

Magdalena Carmen Frida y Calderón, mais conhecida simplesmente como Frida Kahlo, nasceu a 6 de Julho de 1907 ba cudade de Coyocán, no Méximo. Lugar onde iria a falecer no dia 13 de Julho de 1954 tendo apenas 47 anos devido a problemas de saúde causados principalmente por um grave acidente na estrada.

Tal acidente que aconteceu dentro de um autocarro em 1925 que acabou por deixar Kahlo com dores horriveis o resto da sua vida. Após estar presa numa cama durante 3 meses em seguida do acidente e sem nada que fazer Kahlo começou a pintar e a partir daí começou a considerar uma carreira como ilustradora médica o que combinaria os seus dois interesses... Ciência e Arte. Ao contrário de quase todos os artistas, Kahlo não começou a pintar cedo embora o seu pai pintasse como forma de ocupar o seu tempo livre, aliás, Kahlo não estava de todo interessada na arte como uma carreira profissional.

Estilos e influências

Não se sabe ao certo o número exato de pintras que Frida Kahlo fez enquanto era viva, os números varião entre mais ou menos 150 a cerca de 200 obras de arte. As suas primeiras pinturas foram feitas por volta da década de 1920 que mostraram uma enorme influência de mestres do Renascimento e artistas europeus de vanguarda como o Amedeo Modigliani. Aproximadamente no fim da década de 1920 Frida Kahlo começa a ganhar inspirações na arte popular mexicana fascinada por elementos de “fantasia, ingenuidade e fascínio pela violência e morte”. O estilo próprio que acabou por desenvolver misturou a realidade com vários elementos surrealistas retratando muitas vezes a dor e morte devido à sua vida complicada.

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