História da fotografia
Seminário: História da fotografia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: estudante001 • 1/10/2014 • Seminário • 3.440 Palavras (14 Páginas) • 437 Visualizações
História da Fotografia
A primeira pessoa no mundo a tirar uma verdadeira fotografia - se a definirmos como uma imagem inalterável, produzida pela ação direta da luz - foi Joseph Nicéphore Niepce, em 1826. Ele conseguiu reproduzir, após dez anos de experiências, a vista descortinada da janela do sótão de sua casa, em Chalons-sur-Saône.
Por volta de 1822, Niepce já trabalhara com um verniz de alfalto (betume da Judéia), aplicado sobre vidro, além de uma mistura de óleos destinada a fixar a imagem. Com esses materiais, obteve a fotografia das construções vistas da janela de sua sala de trabalho - após uma exposição de oito horas. Contudo aquele, aquele sistema heliográfico era inadequado para a fotografia comum, e a descoberta decisiva seria feita por um cavalheiro muito mais cosmopolita: Louis Daguerre.
Ela ocorreu em 1835, quando Daguerre apanhou uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, e que apesar de exposta não apresentara sequer vestígios de uma imagem, e guardou-a, displicentemente, em um armário. Ao abri-lo, no dia seguinte, porém, encontrou sobre ela uma imagem revelada. Criou-se uma lenda em torno da origem do misterioso agente revelador - o vapor de mercúrio -, sendo atribuído a um termômetro quebrado. Entretanto, é mais provável que Daguerre tenha despendido algum tempo na busca daquele elemento vital, recorrendo a um sistema de eliminação. Em 1837, ele fá havia padronizado esse processo, no qual usava chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo e revelava a imagem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a imagem inalterável, bastava simplesmente submergi-la em uma solução de aquecida de sal de cozinha.
Pode-se perceber que a fotografia não é descoberta de um único homem. Muitas experiências de alquimistas, físicos e químicos sobre a ação da luz, foram de extrema relevância no contexto da fixação de imagens. As descobertas se entrelaçam no mundo de domínio da fotoquímica.
A história da fotografia está, portanto, diretamente ligada ao estudo da luz e dos fenômenos óticos.
Ainda na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) constata que raios de luz solar, durante um eclipse parcial, atravessando um pequeno orifício, projetam na parede de um quarto escuro, a imagem do exterior. Este método primitivo de produzir imagens recebe o nome de câmara escura, usada pela primeira vez com utilidade prática pelos árabes, no século XI, para observar os eclipses.
Nesta primitiva câmara, encontram-se os princípios básicos da câmera fotográfica.
1100 - 1600
1100 - Abu-Ali al Hasan (965-1034), astrônomo e óptico árabe, em obra que publica, descreve a idéia da formação de imagens, através da utilização dos primitivos conceitos de câmara escura (muito próximo do que seus sucessores, séculos a frente, chamariam de correto).
1267 - Roger Bacon (1214-1294), filósofo inglês, utiliza o método da câmara escura para observar eclipses solares, sem danificar os olhos. 1500 - Robert Boyle observa que o cloreto de prata fica preto quando exposto à luz, mas interpreta que este fato acontece pela ação do ar (ao invés da ação da luz).
1520 - Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano, deixa a descrição mais completa do período pré-industrial do processo de aparecimento de uma imagem invertida em uma "câmara escura", em seu livro de notas sobre os espelhos, que é publicado em 1797.
"A imagem de um objeto iluminado pelo sol penetra num compartimento escuro através de um orifício. Se colocarmos um papel branco do lado de dentro do compartimento, a uma certa distância do orifício, veremos sobre o papel a imagem com suas próprias cores, porém invertida, devido à interseção dos raios solares".
A câmara escura, na época, passou a ser importante método auxiliar utilizada por pintores e projetistas. Uma folha de papel ficava presa a parede onde a imagem era projetada ao contrário e o artista a "fixava" desenhando seus contornos.
1526 - Fabrício, alquimista da idade média, relata que o composto cloreto de prata enegrecia quando exposto à luz.
1545 - Reiner Gemma Frisius, físico e matemático holandês, faz a primeira ilustração do processo da câmara escura.
1553 - Giambatista Baptista della Porta (1541-1615), físico italiano, mesmo indo contra os interesses da igreja, aperfeiçoou o desenho da câmara escura, em seu livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalim.
1558 - Geronomo (Girolano) Cardano, físico italiano, soluciona o problema de nitidez da imagem ao sugerir o uso de lentes biconvexas junto ao orifício da câmara escura.
1558 - Danielo Barbaro, também, menciona em seu livro "A pratica da Perspectiva", que variando o diâmetro do orifício, é possível melhorar a imagem.
1580 - Friedrich Risner descreve uma câmara portátil, mas a publicação só é feita após sua morte na obra Optics de 1606.
1600 - 1800
1604 - Ângelo Sala, cientista italiano, observa que um composto químico a base de prata escurecia quando exposto ao Sol.
1620 - Johann Kepler, durante sua viagem pela Alta Áustria, utiliza uma tenda para desenhos topográficos, utilizando uma lente e um espelho, para obter uma imagem sobre um tabuleiro de desenho no interior da câmara.
1676 - Johann Chirstph, professor de matemática da Universidade alemã de Altdorf, em sua obra Collegium Experimentale sive curiosum, descreve e ilustra uma câmara escura que utiliza interiormente um espelho a 45° que reflete a luz, vinda da lente, para um pergaminho azeitado, colocado horizontalmente. Desta forma, cria o primeiro aparelho portátil de câmara escura. O grande quarto, com espaço para um homem trabalhar tranforma-se em uma pequena caixa. Quase duzentos anos depois de Fabrício, o alquimista, ainda se acreditava que a prata ficava preta por estar velha.
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