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História do Frevo

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Por:   •  8/9/2013  •  Tese  •  2.517 Palavras (11 Páginas)  •  597 Visualizações

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FREVO

1930 à 2013

História do Frevo

Com origens no final do século XI, o frevo é uma manifestação da cultura corporal tipicamente pernambucana. Não é novidade afirmar que o termo frevo se deve a uma alteração popular da

palavra ferver. Segundo informações disponíveis no site do “Galo da Madrugada”, um dos blocos mais tradicionais de carnaval do Recife, como o ritmo era bastante acelerado, “com o passar dos anos, o termo usado pelas pessoas para o ritmo era ‘freverdo’ e assim ficou conhecido como frevo”.

Segundo Edson Carneiro, citado no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, é necessária a distinção entre a música do frevo e a dança do frevo. Ainda que muitos reconheçam a música frevo como folclore, os musicólogos a classificam como uma particularidade da Música Popular Brasileira. No entanto, essa discussão acerca da música é da alçada da Educação Artística. É a cultura corporal, o interesse da Educação Física e, por isso, é especificamente a dança que será abordada nesse texto.

Inicialmente, o termo frevo designava uma folia de rua marcada pela música intensa. Relatos de jornais da época, anteriores ao acontecimento anual, são indicativos para mostrar que essa festa realmente ganhava as de Recife. Para conter o “frevor” dos foliões, os organizadores passaram a contratar grupos de capoeira que se apresentavam à frente dos blocos, com o intuito de controlar os comportamentos violentos que por vezes surgiam. Além disso, o uso do guarda-chuva – ou sombrinha, dependendo da região – na dança também tem a mesma origem: os grupos de capoeira usavam também esse artefato para controlar a população.

Se observarmos de perto, hoje, os movimentos corporais do frevo, podemos identificar claramente a influência da capoeira na sua composição, especialmente movimentos baixos, que requerem máximas flexões dos joelhos. Atualmente há, em média, 120 passos catalogados para o frevo. Em geral, os passos mais complexos, que incluem habilidades acrobáticas, são realizados apenas por passistas dos blocos, a grande massa de foliões mantém a sua diversão com passos mais simples e populares.

Alguns blocos são tão importantes que ajudam a perpetuar o frevo como patrimônio cultural do Recife, como é o caso do já citado “Galo da Madrugada”, do Recife, e o “Clube de Vassourinhas”, de Olinda. Por isso, vale a pena comentar um pouco sobre eles.

O Clube de Vassourinhas é um elemento simbólico do frevo pernambucano. Desfila há mais de cem anos nas ruas da cidade de Olinda e ganhou lugar na história, dentre outras coisas, pela música-símbolo do frevo: Vassourinhas, composta por Matias da Rocha e Joana Batista em 1907. Tamanha é a popularidade dessa música, que até foi adaptada para um jingle político da candidatura de Jânio Quadros à presidência da República.

Existem mais de cem passos conhecidos do frevo, sendo os mais famosos: Locomotiva, Dobradiça, Fogareiro, Capoeira ,Tesoura, Mola, Ferrolho e Parafuso, entre outros.

Nos anos 30, o frevo foi dividido em três ritmos:

* Frevo-de-Rua – É o frevo completamente instrumental, feito exclusivamente para dançar. A música do Frevo-de-Rua pode ter: notas agudas (frevo-coqueiro), predominância de pistões e trombones (frevo-abafo) e introdução de semicolcheias (frevo-ventania).

* Frevo-de-Bloco – Originada das serenatas realizadas paralelamente ao carnaval, no início do século. A orquestra de Pau e Corda é composta de banjos, violões, cavaquinhos e recentemente vem sendo utilizado também o clarinete.

* Frevo-Canção – Frevo mais lento, com algumas semelhanças em relação à marchinha carioca. É composto por uma introdução e uma parte cantada, terminando ou começando com um refrão.

O carnaval de Olinda é o carnaval do frevo, que pode ser considerado o carnaval mais popular do país, embora não seja o maior. Isso porque no carnaval do frevo não existem escolas de samba, sambas-enredo ou trios elétricos, ou seja, o carnaval é realizado pelo povo, pelas famílias que saem nas ruas para a folia.

Frevo de Rua

As características desse frevo não se assemelham com nenhuma outra música brasileira, nem de outro país. A diferença está na ausência completa de letra. É feito exclusivamente para ser dançado. Geralmente, é composto de uma introdução de 16 compassos seguido da chamada "resposta", com o mesmo número de compassos, que por sua vez antecede a segunda parte, mas nem sempre é uma repetição da introdução. Este estilo tem as modalidades, segundo terminologia usada entre músicos e compositores, de: frevo-abafo – é chamado também de frevo-de-encontro. Onde há predominância de notas longas tocadas por instrumentos de metal, como pistões e trombones principalmente. Assim diminuíam a sonoridade da orquestra rival. Por isso ganhou esse nome, pois geralmente tocavam para "abafar" qualquer outra banda que estivesse passando na rua; frevo-coqueiro – formado por notas curtas e agudas, com um andamento rápido e frevo-ventania – é o mais suave dos três, tranqüilo. Possui uma linha melódica bem movimentada, aonde há predominância das palhetas na execução das semicolcheias. Fica-se numa tonalidade intermediária entre o grave e o agudo. O frevo acaba, temporariamente, em um acorde longo e perfeito. De acordo com o entendimento do musicólogo

Frevo de Bloco

Surgiu a partir de 1915, de serenatas feita por agrupamento de rapazes, que participavam simultaneamente, dos carnavais de rua da época. É executado por Orquestras de Pau e Corda, com violões, banjos e cavaquinhos. Suas letras e melodias, muitas vezes interpretadas por corais femininos. Nas últimas três décadas observou-se a introdução de clarineta. Sua música e dança têm traços fortes dos pastoris.

A SOMBRINHA - Outro elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.

Este argumento baseia-se no fato de que os primeiros frevistas, não conduziam guarda-chuvas em bom estado,

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