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Por: Shadowgordao • 11/12/2015 • Trabalho acadêmico • 7.465 Palavras (30 Páginas) • 236 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI – UAM
COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL NA DÉCADA DE 1980
CAROLINA NOVAKC MORAES 20278312
LEONARDO HORÁCIO A. SALVADOR 20649835
LUIZ GUSTAVO MARINS MACHADO 20749629
NATHALIA RAMOS DE MOURA 20754415
STEFANIE SELES DE OLIVEIRA 20735914
VIVIAN LETICIA JOSÉ DA SILVA 20736513
São Paulo
2015
CAROLINA NOVAKC MORAES 20278312
LEONARDO HORÁCIO A. SALVADOR 20649835
LUIZ GUSTAVO MARINS MACHADO 20749629
NATHALIA RAMOS DE MOURA 20754415
STEFANIE SELES DE OLIVEIRA 20735914
VIVIAN LETICIA JOSÉ DA SILVA 20736513
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Projeto Integrado I, no curso de Tecnologia em Comércio Exterior, na Universidade Anhembi Morumbi.
Prof. Helton Neves Canguçu Oliveira
São Paulo, 2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 PANORAMA DA ÉPOCA
3 ECONOMIA
4 COMÉRCIO EXTERIOR
4.1 BALANÇA COMERCIAL
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo retratar o período de 1980 à 1989, onde o Brasil vivenciou uma fase econômica difícil, conhecida como Década Perdida, um período de alta inflação e desemprego. Esse período de estagnação formou-se com uma forte retração agressiva da produção industrial. Na década de 1970 houve grande desperdício financeiro, agravando assim a situação do Brasil nos anos 80. Estávamos em uma situação em que não poderia cumprir com as suas obrigações externas, o PIB teve uma redução, a média era de 7% (anos 70) caindo para 2% na década de 80. Nessa situação conturbada surgem diversas tentativas de reformas monetárias e ocorre a adoção de alguns planos com o objetivo de combater à inflação do período.
Com a deterioração econômica, o comercio exterior não teve grandes sucessos. O setor sofreu desaceleração industrial e o desenvolvimento da área apenas caía. Com a situação das exportações decadente, o país foi obrigado a diversificar sua pauta de exportações, o que resultou em participação elevada no comércio mundial. Por outro lado, o país teve um grande avanço no cenário político, a população que sofria com a economia do país, resolveu ir às ruas lutar pela redemocratização do país com o movimento das “Diretas já”.
2 PANORAMA DA ÉPOCA
No início de 1980, o Brasil ainda vivia um regime militar governado por João Baptista de Oliveira Figueiredo, o último governante da ditadura militar. Eleito indiretamente em 1978 como candidato da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), seu governo foi marcado pela transição da ditadura à democracia e medidas de abertura política, uma vez que Ernesto Geisel, seu antecessor, já apontava que criaria condições para uma abertura política “lenta, gradual e segura”, que viria a ser o fim da ditadura e do militarismo.
O governo ditatorial enfrentava uma crescente insatisfação da população devido à crise econômica, Figueiredo então optou pelo fim do bipartidarismo, que deu fim à ARENA e ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e permitiu a criação de novos partidos políticos, como o PT.
No fim de 1980, o Congresso aprovou a emenda constitucional que restabelece eleições diretas para governadores de Estado e DF, e em 1982, foi realizado o primeiro debate eleitoral na disputa pelo governo de SP.
No ano de 1983, que iniciou com forte crise econômica, 22 governadores tomaram posse diretamente e criou-se a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Dante Oliveira, deputado de Mato Grosso na época, propôs uma emenda da constituição, que visava o restabelecimento de eleições diretas para presidente. A sociedade (incluindo artistas, pessoas ligadas a igreja, intelectuais, etc.), pressionava por eleições, daí o surgimento das “Diretas Já!”, movimento que reuniu milhares de manifestações pelo Brasil.
Em 1984, o governo militar decretou “estado de emergência”, reprimindo e censurando a imprensa e proibindo as manifestações. Em abril, a emenda constitucional de Dante de Oliveira foi rejeitada no Congresso Nacional. Portanto em 1985, foi eleito indiretamente o civil Tancredo Neves. No entanto, o mesmo adoeceu e faleceu, então seu vice Sarney assumiu o cargo. Logo após, o governo aprovou a emenda constitucional que restabeleceu eleições diretas, praticamente encerrando a ditadura.
Em novembro de 1986, foram realizadas eleições diretas para governadores, senadores, deputados federais e estaduais. A instalação da Assembléia Nacional Constituinte teve a finalidade de arquitetar uma constituição democrática para o país. Esta, em 1988, ampliou o mandato de Sarney de quatro para cinco anos, acabou com a censura e criminalizou a tortura, permitiu que os partidos políticos esquerdistas se legalizassem e convocou uma nova constituinte para elaboração de uma nova Carta-Magna. Foi promulgada então a nova Constituição do Brasil, que tinha como principal objetivo estabelecer a democracia valorizando os direitos do cidadão.
Na década de 80 no Brasil houve crescimento no índice de violência na sociedade, como mortalidade por causas externas de crimes violentos e homicídios, além do aumento da desigualdade social, que é uma característica do povo brasileiro, e a taxa de alfabetização na época era de 25,5% para maiores de 15 anos. A população estava abaixo da linha de pobreza. As rendas pessoais dos trabalhadores, tanto imigrantes quanto urbanos, sofreram uma grande queda líquida na época. O desemprego foi a marca da década, grande desocupação para homens e mulheres. Por conta disto, houve um grande crescimento de trabalhadores sem carteiras assinadas. De acordo com os valores do IBGE, para o final dos anos 80, 32 milhões de crianças viviam com famílias que ganhavam mensalmente menos da metade de um salário mínimo, a insegurança era um fator predominante, com a inflação e preços instáveis e exorbitantes em mercados e vendas.
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