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Michelangelo Merisi Da Caravaggio

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Por:   •  29/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  1.023 Visualizações

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SUMÁRIO

Introdução

Michelangelo Merisi Da Caravaggio [ Vida & Obra ]

Período & Características [ Barroco ]

Técnica [ Óleo Sobre Tela ]

Relação Das Principais Obras

Obra Relevante [ Narciso ]

Conclusão

Referências Bibliográficas

INTRODUÇÃO

Subversão, conflito, choque, naturalismo, realidade em demasia. Assim é o Barroco de Caravaggio.

A Arte Barroca, que por si só é repleta de detalhes, toma forma inusitada nas mãos de Caravaggio. O pintor, através do uso da luz, ressalta aquilo que precisa ser evidenciado e oculta aquilo que não convém ficar exposto em sua obra.

As páginas que seguem nos falam de uma arte teatral, exagerada, totalmente divergente e oposta à ideia do Catolicismo, crescente na época, o qual objetivava sobriedade e silêncio.

A radicalidade expressa em sua obra gerou problemas entre Caravaggio e a Igreja Católica, precisando, por vezes, ser reformulada, minimizando o choque quando estas fossem visualizadas pelo público. Todavia, o ar sombrio e provocante (instigante) sempre foi mantido.

Para o Barroco Católico Romano “o sagrado é para ser sentido, não para ser pensado”. Caravaggio traz a sensibilidade ao sagrado através do contemporâneo e realista, latentes em sua obra.

MICHELANGELO MERISI DA CARAVAGGIO

Michelangelo Merisi da Caravaggio Nascido á 28 setembro de 1571, batizado pelo mesmo nome de outro grande gênio italiano, Caravaggio (nome original da província onde nasceu mais tarde adotado como seu artístico) foi talvez o pintor mais original de sua época, considerado um dos primeiros representantes do barroco no mundo. Filho único de um arquiteto, por volta dos 12 anos já órfão de pai, o jovem artista ingressa como aprendiz no estúdio do pintor Simone Pertezano.

Viveu maior parte da sua vida em Roma onde passava de um ateliê a outro e troca inúmeras vezes de protetor. Após um período inicial de miséria, quando chegou a vender pinturas nas ruas, ele passa a trabalhar para o cardeal Del Monte, patrono da escola de pintores de Roma, a "Academia de São Lucas". Com um aposento no "palazzo" do cardeal e uma pensão regular, Caravaggio realiza uma série de importantes quadros de temática religiosa.

Conhecido como artista “tenebrista”, cujo estilo de pintar mesclava fundos negros com focos de luz intensa, ficou famoso também por seu gênio tempestuoso sendo considerado durante a sua vida enigmático, fascinante e perigoso.

"Não sou um pintor valentão, como me chamam, mas sim um pintor valente, isto é, que sabe pintar bem e imitar bem as coisas naturais", disse Caravaggio perante o tribunal que julgava sua primeira acusação de perturbar a ordem pública.

Em seus quadros, em vez de adotar nas pinturas belas figuras delicadas para representar acontecimentos e personagens da bíblia, preferia escolher por entre o povo seus modelos humanos. Caravaggio tirava as imagens de pessoas comuns, se inspirava em comerciantes, prostitutas, marinheiros, pessoas que não eram de grande expressão.

Após uma briga a qual matou um jovem, Caravaggio foge de Roma. A partir daí, sua vida seria de constantes fugas de cidade em cidade. Foi nessa época de extrema penúria e dificuldades que muitas das obras-primas de Caravaggio foram concebidas e mesmo assim continua com sua vida boêmia.

Morreu de uma febre contraída em uma praia deserta em 1610, numa procura ardente por buscar o navio já perdido que o levaria ao perdão papal.

O BARROCO

Segundo alguns autores, a palavra “Barroco” é derivada da palavra latim “Verruca”, que significa elevação de terreno em superfície lisa. Toda a pedra preciosa não arredondada era chamada de “Barrueca”. Portanto, toda e qualquer coisa que possuía forma bizarra, extravagante, que fugia do padrão, era chamada de “Baroque”.

O poeta italiano Giosuè Carducci, em 1860, adjetivou o estilo referindo-se às manifestações artísticas da época como sendo Barroco. Apesar de não possuir características unânimes em todas as obras, o Barroco passou a ser a denominação dos artistas e escritores da referida época.

O Barroco ou Seiscentismo teve início em Portugal com a unificação da Península Ibérica e em meio à crise dos valores renascentistas, ocasionada pelas lutas religiosas e dificuldades econômicas do país. O contexto assimétrico e rebuscado do barroco é reflexo do conflito do homem entre as coisas terrenas e as coisas celestiais, o homem e Deus, antropocentrismo (homem no centro) e o teocentrismo (Deus no centro), pecado e o perdão, enfim, constantes dicotomias¹.

Após o processo de Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica perdeu espaço e poder. Entretanto, os católicos continuavam influenciando muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e teocentrismo da Idade Média com o Racionalismo e antropocentrismo do Renascimento.

Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo clero. As obras de pintura e escultura deste período são rebuscadas, detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano.

O movimento pode ser considerado como uma forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo em que se caracteriza pela monumentalidade² das dimensões, opulência³ das formas e excesso de ornamentação.

Técnica [ Óleo Sobre Tela ]

• Pintou fundamentalmente temas religiosos;

• Retratava personagens bíblicos emprestando a fisionomia de pessoas comuns das ruas de Roma, desde mendigos à prostitutas, com o objetivo de retratar o lado mundano dos eventos bíblicos;

• Usava forte realismo, sem a preocupação de transparecer feiúra ou deformidades;

• Colocava

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