Monografia História Trompete
Por: Jimmy Settim • 17/5/2021 • Monografia • 9.779 Palavras (40 Páginas) • 176 Visualizações
INTRODUÇÃO
Essa pesquisa tem como objetivo descrever a evolução que o trompete teve desde seus primórdios até hoje (por período histórico) e sua importância nos diversos estilos musicais tais como dentro da Música Clássica, no Jazz, no Mambo e na Salsa.
Com esse trabalho, através de pesquisa, coleta de dados, análise de documentos e consulta a professores, será demonstrada toda sua importância para continuidade da evolução da música, tendo em vista que é fundamental a sua participação em bandas e orquestras de todo mundo.
O trabalho, dentro de sua limitação temática, visará a abordar o início de sua evolução, que apenas era utilizado no exército e em cerimônias para o público, sua influência nos diversos estilos de música se tornando indispensável em músicas tais como o Jazz onde principalmente ele se destaca com seu apreciado timbre.
A monografia será apresentada em quatro partes para se facilitar à compreensão.
Na primeira parte, estudaremos sua apresentação visando toda sua estrutura, compartimentos e sua história ; na segunda, veremos de forma simples os antecedentes de sua evolução; na terceira, mostraremos as curiosidades de sua evolução e finalmente, na quarta parte
estudaremos sua participação dentro do escopo musical.
1. APRESENTAÇÃO
O trompete (ou trompeta), também conhecido por clarim e pistão, é um instrumento de sopro do naipe dos metais. Quem toca o trompete é chamado de trompetista.
O trompete é basicamente um tubo de metal, com um bocal no início e a campânula no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos. As notas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é soprado no instrumento.
É formado basicamente por um fino tubo cilíndrico enrolado sobre si mesmo e terminado em um pavilhão com três pistos. A sonoridade do trompete é mais intensa do que a da corneta, que é mais usada como instrumento melódico. O trompete adapta-se melhor ao estilo de banda, e é geralmente empregado nas orquestras sinfônicas. Contudo, o trompete é fundamental nas bandas de todo mundo.
1.1. HISTÓRIA DO TROMPETE
Os trompetes antigos eram pequenos instrumentos retos, de madeira, bronze ou prata. Usado para exército e propósitos cerimoniais. O tipo mais antigo é o SNB, seus pistos se expandem na parte mais estreita da campana. Eles não tinham bocais destacáveis, os lábios eram colocados diretamente na parte mais estreita do instrumento. Seu propósito militar é confirmado pelos nomes divinos inscritos nos instrumentos. Para Francesco, Arbans Pág. 45.
Os assírios usaram um trompete semelhante, visto no Descanso de Sennacherib, mostrando o deslocamento de uma colossal estátua de touro, onde dois trompetistas estão na estátua, um toca e o outro descansa. O mesmo instrumento (hatzotzerah) foi conhecido dos Hebreus. Ele foi descrito por Flavius Josephus que anunciava não haver mais de um cubit de comprimento (medida antiga para medição). Os mesmos trompetes faziam parte da insígnia sacerdotal do Templo nos tempos primórdios; representados no Arco de Titus; e uma menção deles aparece nos rolos de papéis encontrados no Mar Morto. Eles eram usados como instrumentos sinalizadores, na guerra, na paz, em procissões reais; no Templo, três toques de trompete acompanhavam o sacrifício matutino, e ao término de uma seção de canto indicava o momento em que os admiradores deveriam reverenciar.
Outros antecedentes do trompete eram o Salpinx grego e os Romanos Lituus, Tuba, Buccina e Cornu; os romanos herdaram todos seus instrumentos de metais dos Etruscos. Os Seleucidos próximos ao Leste seguiram a prática Macedoniana de usar os trompetes em suas músicas de batalha, como fizeram os Huns quando lutaram com o Império chinês de Han. Ele também foi importante na conquista romana em 165 DC. No século VI na Orquestra militar de Sassanid os trompetistas são representados em pares, ou seja, por abertura de voz.
Sachs dizia que o trompete desapareceu da Europa depois da queda de Roma e não reapareceu até a época das Cruzadas, quando foi importado de Sarracenos como material bélico, atribuiudo devido sua forma longa da campana que serviu de influência árabe. Conclusões seguras a respeito da história do trompete europeu, só chegaram durante as migrações da Idade Média, depois de Bizantino, e fontes Islâmicas foram estudadas com profundidade, para a arte pictórica destas fontes que mostram a junção com o pensamento naturalista e a representação que falta no Ocidente antes do período Gótico.
A Igreja Matriz escrevia em grego e em latim, usando os termos salpinx e tuba respectivamente. Na arte ocidental, antes das Cruzadas (em muitas representações do Último Julgamento, por exemplo), geralmente são mostrados trompetes de chifres de animais. Os sarracenos usaram o termo “buq” para descrever o trompete. A palavra vem do termo em Latim “buccina”. O nafir mouro ou buq-al-nafir é um trompete muito pequeno. O termo “buisine” era associado a várias formas de instrumentos, às vezes era feito de chifre de animal. Não se sabe quando a forma francesa da palavra começou a significar um trompete de metal longo, como também que tipo de chifre de animal, nem se o buisine assemelhou-se ao buq ou ao nafir mais de perto. Outro instrumento usado no Ocidente como resultado da influência do Oriente era sarrazinois. O termo “trumba” apareceu na antiga Alta Alemanha e “trumbono”. A forma diminuta “trombeta” é encontrada pela primeira vez no Inferno de Dante, sua derivação alemã “Trumpet” em 1343. Na Inglaterra “trompette” ou “trumbetta” tem o significado de trompete reto. Para Giuglianni, Cascarepe Pág. 45.
Durante a Idade Média os trompetistas tocavam no registro grave. Johannes de Grocheo apenas usava as quatro primeiras notas da série harmônica, um fato confirmado pela música que sobreviveu escrita para trompete. Trompetistas medievais inflavam as bochechas para tocar e produziam um som aéreo e trêmulo, nada diferente de um vibrato produzido por um menino soprano. Dois tipos de grupos usando trompetes se tornaram diferenciados: o shawn-trumpet e o trompette-kettledrum (trompete e tímpano).
Depois, na Alemanha, estes grupos se desenvolveram respectivamente no Stadtpfeifer e no corpo militar de courtly trumpet.
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