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Resumo Filme Amistad

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Por:   •  28/3/2014  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  8.966 Visualizações

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Amistad

Dirigido por Steven Spielberg, com roteiro de David Franzoni, de 1997, o filme “Amistad” trata da história verídica que levou a um dos julgamentos clássicos dos Estados Unidos da América, sobre a questão da escravidão.

Em 1839, perto da costa de Cuba, o navio La Amistad foi palco de uma insurreição. Os africanos escravizados conseguiram se libertar das correntes e dos porões do navio e, liderados por Cinqué, matam a tripulação espanhola, deixando apenas dois espanhóis vivos que serviriam para encaminhar a embarcação de volta para a terra de origem daqueles negros. Ao invés de cumprir o trato feito com os africanos a bordo, os dois espanhóis direcionam o navio para a costa de Connecticut, norte dos Estados Unidos da América.

Nesse lugar, os africanos, que eram por volta de cinquenta, tornam-se prisioneiros e réus diante dos tribunais americanos. Inicialmente, iriam ser acusados de homicídio, uma vez que assassinaram a tripulação espanhola; no entanto, logo o caso se tornou uma questão de propriedade, pois passaram a se questionar sobre quem seriam os donos daqueles escravos – a Rainha Isabel I da Espanha, os dois espanhóis sobreviventes, os oficiais americanos que apreenderam o navio La Amistad e controlaram a rebelião, ou seriam os negros donos de si mesmos? Dentro do Tribunal o litígio se formou entre aqueles contrários a crença de que os negros deveriam ser libertados e aqueles que acreditavam na liberdade dos africanos – estes últimos adeptos do movimento dos direitos humanos, que ainda ia tomando suas formas iniciais.

O primeiro julgamento estava praticamente ganho depois de o advogado Roger Baldwin ter mostrado o inventário da carga do navio La Amistad que provava que os negros eram de Serra Leoa, adquiridos através do tráfico de escravos. Porém, é nesse momento do filme que o dilema dos africanos se torna uma questão política: com o receio de que uma Guerra Civil entre norte e sul dos EUA fosse estimulada pelo desenrolar daquele julgamento, o poder executivo resolve intervir, designando um novo juiz para o caso e excluindo o júri – o que complicaria o trabalho da defesa, uma vez que o júri era uma boa peça dentro do julgamento para ser convencida sobre a necessidade de reconhecer a liberdade daqueles negros.

Tomando o conselho dado pelo ex-presidente americano John Quincy Adams, a nova tentativa de defesa procura ir além do que foi posto no tribunal até então, além de provar a origem dos réus: procurou-se contar a história de vida daqueles negros. O advogado – agora assistido de um tradutor verdadeiro – convence o líder da insurreição do navio La Amistad, Cinqué, a ir diante do tribunal conversar, contar suas histórias de vida, testemunhar. Nesse momento do filme, cenas que mostram as perversidades do tráfico negreiro traçam o caminho percorrido pelo personagem líder dos negros réus, formando as lembranças que logo seriam relatadas diante do novo juiz.

A decisão judicial foi positiva para os réus: o juiz considerou verdadeiro o fato de eles serem da África e afirmou que todos tinham direito de retornarem para sua terra natal numa embarcação à custa do Estado americano. Essa notável posição de independência dos tribunais americanos frente aos interesses do poder executivo se tornou assunto internacional, havendo o embate entre figuras políticas que acreditavam que essa característica era um empecilho ao governo e outros que afirmavam ser aquilo um fator para liberdade dos cidadãos.

Contudo, o dilema dos africanos do Amistad não acaba por aí. Há uma nova investida do Presidente, diante da ameaça da Guerra Civil americana

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