Resumo Filme Invictus

Temas Abordados: Preconceito racial; Desigualdade social; Apartheid; Esporte como integração social e política; Esporte como expressão da cultura; Racismo em vários países do mundo; Literatura Inglesa; Países Africanos;

Sinopse:

O filme se fixa em um episódio real da recente história política da África do Sul, quando Nelson Mandela assume a presidência (1994) sabendo o quanto seu país ainda está dividido pelo racismo, embora, oficialmente, não exista mais a política do Apartheid. Dois esportes empolgam os sul-africanos: o futebol – para os negros e pobres; e o rugby - para os brancos e ricos. Mandela decide apoiar a seleção nacional de rugby, para que ela se fortaleça para a Copa Mundial de Rugby que acontecerá na África do Sul. Uma história real e comovente que mostra o esporte como instrumento estratégico e político, em prol da pacificação e unificação de um país.

Mais sobre o filme:

Nelson Mandela foi libertado, em 1990, após uma prisão de 27 anos, por conta de sua luta contra a política do Apartheid, quando já era um símbolo mundial na luta pela igualdade racial. Foi eleito presidente em 1994, cargo que ocupou até 1999. Assim que assume a presidência, diante da proximidade da Copa Mundial de Rugby, sediada na África do Sul, em 1995, resolve incentivar a seleção sul-africana para que tenha chances de vencer a competição. Ocorre que o rugby é um esporte ligado à cultura britânica e praticado por uma elite branca; em oposição ao futebol, que é ligado à cultura negra e praticado pelas classes populares. Nelson Mandela surpreende a todos com essa postura, porque se vale das contradições da cultura esportiva para demonstrar que iria governar para todos e se empenhar pela paz, avesso ao revanchismo.

O filme de Clint Eastwood se inicia mostrando em imagens as evidentes desigualdades sociais sul africanas. Já na primeira cena, podemos ver dois campos de esporte distintos: o primeiro deles é um lindo gramado, onde jovens brancos e bem nutridos jogam rugby; ao lado, em um campo de terra, meninos pobres descalços jogam futebol. Os dois campos estão divididos por uma estrada, por onde passa a comitiva que anuncia a libertação de Nelson Mandela. Estamos em 1990. No campo de rugby, um atleta comenta com outro: “Guarde bem esta data. Foi o dia em que nosso país acabou”. Logo após, já vemos a posse de Nelson Mandela como presidente sul-africano, em 1994. Clint Eastwood mostra, em uma única cena, toda a complexidade do cenário social e político da África do Sul dos anos 1990.

O eixo do filme é o movimento de aproximação de Mandela (Morgan Freeman, em excelente atuação) em direção a François Piennar (Matt Damon), capitão da seleção nacional de rugby, incentivando-o com muita humildade a vencer as dificuldades e fortalecer o time para a Copa Mundial. Mandela escolhe essa atitude simbólica para falar de paz, de perdão e do futuro que quer construir. A divisão no esporte expressa o preconceito racial do país. O objetivo de Mandela é unificar a África do Sul, demonstrando sensibilidade e visão estratégica. O espectador vai percebendo, pacientemente, a capacidade de liderança de Mandela, que vai convencendo a todos que a opção deve ser pela paz.

Fica evidente, porém, que o desafio que Mandela tem pela frente não é simples. Em vários cenários