Sentimentos Provocados Pela Arquitetura
Monografias: Sentimentos Provocados Pela Arquitetura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mebrandao • 28/10/2013 • 454 Palavras (2 Páginas) • 692 Visualizações
Apesar de Saarinem referir-se à arquitetura barroca como “não estática”, os melhores espaços barrocos não parecem encorajar a nos mover no seu interior, mas sim, estarem eles mesmos em movimento, a chamada experiência convencional do espaço multiplicada por dez.
Borromini apresenta as experiências espaciais mais intensas no interior de suas igrejas, e não parece haver outro modo possível de explica-las senão a citada anteriormente. Ele era obcecado pela geometria, e tinha a habilidade de pegar formas e formatos comuns e combina-los de tal maneira a produzir uma sensação dramática extraordinária. (mostrar a nave de San Carlino e San’t Ivo)
Acentua a sensação dos espaços como presença dinâmica, e reforça a sensação de curvatura em suas igrejas. Pegou elementos clássicos, que no Renascimento eram conjugados para frisar a ordem clara e racional, e combinou-os de modo a criar um espaço intenso e fluido, e no caso da igreja de San’t Ivo, aplica simultaneamente o mistério do gótico.
Todo o ingrediente utilizado por Borromini é visível e está disponível a todos. A maneira de empregá-los é o que torna suas igrejas tão sublimes.“ O espaço parece agora ter sido escavado pela mão de um escultor, as paredes são modeladas como se fossem feitas de cera ou de argila” escreveu Nikolaus Pevsner sobre a igreja de San Carlino.
Philip Johnson diz que a qualidade espacial da arquitetura é algo que sentimos antes de passarmos pela porta, que a experiência de se locomover dentro de um prédio é o elemento mais importante da arquitetura: “ A arquitetura não é certamente a criação do espaço, nem a reunião e organização de volumes. Essas são características secundárias ao ponto central, que é a organização da passagem. A arquitetura só existe no tempo.”
Há quem diga que a entrada do Taj Mahal é tão intensa e emocionante quanto o próprio prédio, senão mais.
A vivência da aproximação das construções hoje está esquecida, já que as pessoas chegam de carro e entram pelos lados ou fundos.
Frank Lloyd Wright sempre teve em mente a ideia do movimento no interior de suas construções. Suas entradas tipicamente baixas pretendiam nos dar uma impressão de aperto para tornar mais emocionante a nossa passagem para um espaço maior, o interno.
(Ex, museu Guggenheim pelo qual entramos em um vestíbulo baixo do qual se descortina o grande espaço do arquiteto)
Johnson compreendia que primeiro vivenciamos a arquitetura de longe, vemos sua mudança ao nos aproximar e passamos por uma experiência dramática à medida que penetramos nela passo a passo. “A beleza consiste em como você se movimenta pelo espaço”. Quando estamos parados observando, podemos falar sobre proporção, materiais, escala e composição, uma experiência bidimensional. O espaço acrescenta uma terceira dimensão, e o movimento através do espaço mais uma, o tempo.
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