Tarcila Por Tarcila
Pesquisas Acadêmicas: Tarcila Por Tarcila. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bbmesali • 5/5/2014 • 1.717 Palavras (7 Páginas) • 208 Visualizações
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Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lygia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.
Com sua obra, revolucionou a arte no Brasil. Ela iniciou seus estudos em São Paulo com Pedro Alexandrino, mestre acadêmico. Em Paris, no início dos anos vinte, estudou na Academia Julian e com Emile Renard, já aparecendo como artista de vanguarda. Dessa primeira fase de sua pintura temos como exemplo "A Samaritana", 1911; "Pátio do Colégio", 1921 e "Chapéu Azul", 1922.
Passou por uma fase impressionista, mas quando retornou ao Brasil em 1922, entrou em contato com o grupo modernista e começou a mudar sua pintura.
Em 1923, de volta a Paris, entrou em contato com o cubismo (escola de pintura onde predominam figuras geométricas). Pintou "A Negra" e empolgou Fernand Léger, seu professor na época. Iniciou a pintura intitulada “pau-brasil”, onde a artista usou o cubismo como técnica, mas inovou colocando em suas telas temas e cores bem brasileiros. Tarsila criou o conceito de brasilidade, pois foi o "primeiro pintor" a usar as cores caipiras e a utilizar-se de temas do cotidiano do Brasil, lembrando-se muito de sua infância e adolescência vividas nas fazendas de seu pai. Dessa fase podem ser lembrados os quadros "Auto-retrato" ou "Manteau Rouge", 1923; "E.F.C.B.", 1924; "Carnaval em Madureira", 1924; "A Cuca", 1924; "Auto-Retrato", 1924; "O Pescador", 1925; "Religião Brasileira", 1927 e "Manacá", 1927.
Posteriormente, quando pintou o "Abaporu", em 1928, querendo causar impacto em seu marido Oswald de Andrade, Tarsila iniciou o Movimento Antropofágico no Brasil. Este movimento, liderado por Oswald, propunha a "deglutição" da cultura européia, tranformando-a em algo bem brasileiro, e a figura do "Abaporu" idealizava o processo da deglutição. Esta fase da pintura de Tarsila intitulada Antropofágica é a mais importante de sua carreira. Temos como exemplo dessa fase os quadros: "Abaporu", 1928; "O Lago", 1928; "O Ovo" ou "Urutu", 1928; "A Lua",1928; "Cartão Postal", 1929 e "Antropofagia", 1929.
Em 1933, depois de visitar a ex-URSS, pintou o quadro "Operários". Assim, mais uma vez precursora, Tarsila iniciou a pintura com temas sociais no Brasil. Nessa fase pintou também "Segunda Classe". Nos anos cinqüenta a artista retomou as paisagens e as cores brasileiras que tanto a caracterizaram e voltou à pintura pau-brasil, agora intitulada neopau-brasil. Tarsila fez duas grandes exposições em Paris nos anos vinte (1926 e 1929), com grande sucesso. Expôs no Brasil individualmente pela primeira vez em 1929. Até seu falecimento, participou de diversas exposições no Brasil e em vários lugares do mundo. Inovou sempre e contribuiu para mudar o rumo das artes do Brasil, junto com o grupo modernista brasileiro, mas mesmo dentro do grupo, sempre foi precursora, sendo assim considerada
Estudou em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estudou desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarcou para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Freqüentou também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Nessa época começou seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integrou-se ao Modernismo que surgiu no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.
Voltou à Europa em 1923 e entrou em contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estudou com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Manteve estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suíço que visitou o Brasil em 1924. Iniciou sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pintou o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolgou com a tela e criou o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separou-se de Oswald em 1930.
Em 1933 pintou o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participou do I Salão Paulista de Belas Artes. Passou a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 a 1952, trabalhou como colunista nos Diários Associados. Nos anos 50 voltou ao tema “pau Brasil”. Participou em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
Chapéu Azul - Esta tela foi realizada depois de Tarsila freqüentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.
Auto-retrato ou Manteau Rouge - Em Paris, Tarsila foi a um jantar em homenagem a Santos Dumont com esta maravilhosa capa (Manteau Rouge, em francês, significa casaco, manto vermelho). Além de linda, usava roupas muito elegantes e exóticas, e sua presença era marcante em todos os lugares que freqüentava. Depois desse jantar, pintou este maravilhoso auto-retrato.
A Negra - Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas
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