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Zé Pegueno

Artigo: Zé Pegueno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/6/2013  •  1.120 Palavras (5 Páginas)  •  526 Visualizações

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RESUMO

O artigo que aqui é apresentado discute o corpo como elemento da cultura, destacando a

concepção de corpo das ciências biomédicas e sua tendência a uma universalização da

cultura, a força da economia diante da diversidade cultural e as relações entre o corpo,

ética e política.

ABSTRACT

This article deals with the body as an element of culture ,highlighting the body conception

in biomedicine and its tendency to cultural globalization, the strength of the economy

facing cultural diversity and the relations between body, ethics and politics.

RESUMEN

El artículo que aquí se presenta discute el cuerpo como un elemento de la cultura,

destacando la concepción de cuerpo de las ciencias biomédicas y la tendencia a una

mundialización de la cultura, la fuerza de la economía frente a la diversidad cultural y las

relaciones entre cuerpo, ética y política.

INTRODUÇÃO

Modismo... palavra que define como e o que vestiremos amanhã. O carro, o tênis, o corpo

“sarado”... tudo produto de uma formação cultural ou apenas status?...

Apresenta-se neste texto o corpo como um elemento da cultura em meio a uma

diversidade de culturas; e os indicadores dessas diferentes culturas, são marcados pelo seu

tempo na história e espaço na natureza, a partir dos quais os seres humanos produzem a sua

subsistência e todos os bens simbólicos, juntamente com a construção de si que se dá nesta

interação.

A interconexão que estabelece com a cultura e a natureza, sendo integralmente de

ambos os domínios, é que confere ao corpo humano sua singularidade no mundo e sua

riqueza como ponto de partida para uma reflexão crítica, como temos procurado

desenvolver( Silva,2001).

Muitas são as possibilidades de explorar o tema, poderíamos pensar, nos indícios de

um desaparecimento da infância que surge a partir da unidade corporal; uma reconstrução

da cultura infantil que, ante a indústria cultural, assume formas cada vez mais

esteriotipadas, demonstrando a força da mídia perante a construção dos sujeitos, em

especial, na infância, como já vem sendo desenvolvido. Ou ainda, abrir mais uma

discussão sobre a influência e as conseqüências que o mercado assume sobre os corpos, e

as relações trabalhistas ante o imaginário social, a partir de outras esferas da vida, com a

interiorização de relações maquinais e sua transferência para as interações sociais. Outro 2

caminho derivado desta reflexão sobre corpo e cultura, poderia ser na direção das questões

de gênero e seu inacabamento no interior da cultura e da lógica predominante na

atualidade, por discutirem a necessidade de uma revolução da sexualidade, que poderia

conter mais promessas impossíveis e por isso, também novos equívocos e frustrações.

Considerando estas e outras possibilidades que, com certeza, estão além da

capacidade até mesmo de observá-las, é que propomos a estruturar o texto a partir de três

idéias centrais, quais sejam: a idéia de que no interior das ciências biomédicas, da qual a

educação física ainda é um aprendiz fiel, permanece existindo apenas um corpo, tal qual

nos primórdios da estruturação da ciência moderna no século XII, o qual serve de

substrato, com o reforço a cultura científica, para uma tendência de mundialização cultural;

a segunda idéia é que, apesar da diversidade de expectativas do corpo que permeiam as

diferentes culturas, fundamentadas em critérios muito diversos daqueles da cultura

ocidentalizada urbana moderna, há um investimento mercadológico não só em uma

expectativa de corpo, mas num tipo de relação instrumental dos indivíduos com sua

dimensão corporal, numa ampliação do que se pode chamar de cultura do consumo e do

narcisismo; e por último, a idéia de que o corpo é que dá visibilidade ao ser humano e é

sede dos direitos humanos fundamentais que dizem respeito ao direito à vida digna, o que o

torna elemento central na reflexão ética e política.

O CORPO DA CIÊNCIA OU A CIÊNCIA DO CORPO; SUA MUNDIALIZAÇÃO

REFERENCIAL.

O “corpo-referência”, linguagem própria das ciências biomédicas, é estruturado com

base em uma perspectiva numérica, por que é formulado na base quantitativa, o que

permite sua generalização, porque abstrato e pretensamente ahistórico e supra-cultural. A

generalização dos dados estatísticos e medidas padronizadas,levam a uma tendência,

mundialização de tal referencial de corpo que se sobrepõe às diversidades culturais, sob os

preceitos da ciência.

Nas literaturas relacionadas à Medicina do Esporte e alguns ramos da Educação

Física

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