A Era das Revoluções
Por: Palloma Rodrigues • 13/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.024 Palavras (5 Páginas) • 315 Visualizações
CAPÍTULO I – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Eric Robsbawm inicia o capítulo um de seu livro, A Era das Revoluções,
falando que a maior corrente da indústria humana fluiu para fertilizar o mundo todo, o mesmo diz que nessa mesma época a humanidade atingiu seu mais complexo desenvolvimento e sua maior brutalidade. A revolução Industrial começou na Inglaterra e depois foi se propagando pela Europa. Seu início, em 1780, foi visto como uma explosão, mas de fato, a revolução não pode ser vista como um episódio com início, meio e fim. Para o autor, não tem sentido perguntar quando se “completou”, pois sua essência foi a de que a mudança revolucionária se tornou norma desde então.
A intelectualidade foi pouco necessária para a construção de uma revolução, já que suas criações técnicas foram pequenas, o importante era a quantidade de mão de obra e o capital, pois o dinheiro não só falava como governava. Duas coisas foram extremamente necessária no processo de revolução: uma indústria que oferecesse recompensas para que o fabricante pudesse expandir sua produção e um mercado mundial amplamente monopolizado por uma única nação produtora. Uma vez dada a revolução na Grã-Bretanha, outros países poderiam usufruir dos benefícios da expansão econômica. A pioneira possuía indústria ajustada a revolução sob condições capitalistas e uma conjuntura econômica que permitia que se lançasse à indústria algodoeira e a expansão colonial.
Apesar da indústria algodoeira britânica ter sido lançada como subproduto, logo se tornou de grande importância. Sendo desenvolvida perto dos maiores portos juntamente com a rápida expansão e o trabalho escravo, a indústria do algodão disparou. Então ela foi lançada como um projeto que pretendia alcançar não só uma grande expansão, mas rápida e imprevisível, que ajudou o empresário a adotar técnicas revolucionárias para lhe fazer a face. A revolução passou a ser vista como a vitória do mercado exportador sobre o doméstico.
A primeira indústria a se revolucionar foi o algodão, e por volta de 1817 ele passou a ser a base da economia britânica. Porém houve um primeiro tropeço na economia capitalista industrial devido ao desaceleramento da produção, criando miséria e o descontentamento. Uma parte da população, como pequenos comerciantes, burgueses e trabalhadores simples, passou a quebrar as máquinas, pois para eles elas eram as responsáveis pelo problema. Porém homens de negócios e fazendeiros ingleses também eram adeptos a ideia, pois se sentiam vítimas também. Esse descontentamento unia cada vez mais pessoas. E do ponto de vista do capitalista, os problemas sociais só seriam relevantes se derrubassem a ordem social. Para eles, as crises eram causadas por enganos particulares. Logo seus lucros foram diminuindo cada vez mais e com isso, eles foram tirando do salário do trabalhador para que o prejuízo não fosse maior. A indústria se encontrava cada vez mais sob pressão para se mecanizasse, racionalizasse e aumentasse a produção de vendas. .
A expansão da produção de carvão aumentou drasticamente, com isso aumentando junto a expansão da ferrovia, uma das maiores inovações da revolução. A conjuntura nesse período era boa, pois de imediato as ferrovias resolveram todos os problemas da economia. Porém, por outro lado, a população sofria com o fato de serem forçadas a ir pra cidade e deixar o campo, abandonando sua vida tradicional. Transformados em operários, eles tinham que se adequar a indústria. Mulheres e crianças trabalhavam ganhando muito pouco e eram preferidas por ser mais dóceis. De fato a revolução foi lançada, o lema era comprar no mercado mais barato e vender sem restrição no mais caro. Ela transformou o mundo e nada conseguiu mudar isso.
CAPITULO II – REVOLUÇÃO FRANCESA
A economia do mundo sofreu grande influência da Revolução Industrial durante século XIX, mas foi na Revolução Francesa que uma nova formação política e ideológica ocorreu. A França deu ao mundo ideias nunca vistas antes, como a política liberal, radical-democrática, e conceito como o de nacionalismo. Seu alcance ideológico foi tão grande que atingiu nações que até então, rejeitavam as ideias europeias. Vista como uma revolução social da massa, a Revolução Francesa foi diferente e maior que todas as outras, inúmeras pessoas simpatizantes da causa emigraram para a França, seus lemas alcançaram o mundo, o que a fez se tornar um marco em todos os países. Entretanto, é importante mencionar que todo fato histórico é produto do seu meio e do seu tempo, sendo assim, suas condições eram específicas da França. O conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos do velho regime e as novas forças sociais ascendentes era mais acentuado lá.
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