A Sociologia como objeto de estudo
Por: Mayara Amaral • 17/6/2018 • Dissertação • 684 Palavras (3 Páginas) • 401 Visualizações
A Sociedade como objeto de estudo da ciência
A Sociologia é o resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalista. A trajetória desta ciência tem sido uma constante tentativa de dialogar com a civiliação capitalista, em suas diferentes fases. Podemos entender a Sociologia como uma das manifestações do pensamento moderno. O seu surgimento ocorre num contexto histórico específico, que coincide com a desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista. As transformações, ocorridas no século XVIII, econômicas, políticas e culturais que se aceleraram neste período mostraram ao homem novas situações que se davam por conta destas. A desaparição dos pequenos proprietários rurais, artesãos, e a imposição de horas de trabalho, fora outras condições que agora eram impostas ao indivíduo, acarretaram em diversas mudanças nos hábitos de vida. A profundidade dessas transformações colocava a sociedade como objeto de análise.
Segundo Durkheim, Sociologia pode ser definida como "toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade". Diante disto, ele formula o termo "fato social", que consiste no modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora sejam exteriores às pessoas, são introjetados e exercem sobre ele um poder coercitivo. Ou seja, reagindo a estímulos, que segundo Rubem Alves, "é tudo aquilo que, vindo do meio ambiente, penetra o organimso e o provoca a qualquer tipo de atividade". Daí, você receberá respostas, sendo essas, o comportamento do organismo frente a um estímulo.
Durkheim afirma que a sociedade não é o resultado de um somatório de indivíduos compnentes desta, mas sim uma síntese, logo, não se encontra em cada um destes elementos, e sim no todo. Portanto, o conjunto possui uma mentalidade não encontrada o indivíduo singular, sendo os estados de consciência coletiva distinta da individual. O que é refletido na sociedade não é fruto da individualidade, e sim da coletividade, e é nesta que deve-se buscar explicações para os fatos sociais, dado que "uma coletividade tem as suas formas específicas de pensar e sentir, àsquais os seus membros se sujeitam, mas que diferem daquelas que eles praticariam se fossem abandonados a si mesmos".
Para visuzalizar melhor como respondemos a estes estímulos, temos diversos exemplos. Dois deles emblemáticos, como os casos do menino selvagem de Aveyron, e o das irmãs Amala e Kamala. No primeiro caso, Victor (como passou a ser chamado), foi encontrado em 1800, vestindo apenas uma camisa e com comportamentos que chamaram a atenção de pesquisadores. O psiquiatra Jean-Marie Gaspard Itard acreditava que a situação de abandono e afastamento da civilização explicava o comportamento do menino. Outro caso é o das irmãs Amala e Kamala, encontradas na Índia, em 1920. As meninas foram encontradas numa caverna com lobos, e agiam como tais. O processo de socialização de ambas foi doloroso, complexo e não surtiu muito efeito. No ano seguinte ao recolhimento delas, Amala, a mais nova, faleceu. Já Kamala, viveu até 1929, demorando 6 anos para aprender a andar com suas pernas, e não como os lobos, que são quadrúpedes, e até o momento de sua morte, tinha um vocabulário de apenas 50 palavras. Com estes casos,
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