APRESENTADO AO CURSO DE ANTROPOLOGIA LINGUÍSTICA
Por: Marcos Akenaton Mendes • 29/9/2020 • Trabalho acadêmico • 1.011 Palavras (5 Páginas) • 344 Visualizações
Faculdade Unyleya
Antropologia Linguística
Marcos Antonio Mendes
Tarefa 01 apresentado ao curso de Antropologia Linguística
Faculdade Unyleya
Orientado por: Prof. Paulo Renato Lima
São Paulo
2019
SUMÁRIO
1. Antropologia Linguística
2. Linguística e Antropologia
3. Referências Bibliográficas
Linguística e Antropologia
O estudo da Antropologia Linguística objetiva primeiramente investigar o ser humano partindo do princípio da linguagem e como se comunica. Possuem grande conexão, a primeira vista como ciência da linguagem e a segunda como investigadora dedicada especificamente ao homem, ou seja, uma relação estreita entre a Linguística e a Antropologia. A linguagem de um grupo é o reflexo do somatório de conhecimentos que o mesmo possui. A língua é mais do que o simples conjunto de nomes atribuídos às coisas sendo também uma manifestação cultural aos grupos de pessoas que convivem e ou interagem. A língua está inserida no campo da Antropologia que visa o estudo da cultura do homem em todas as suas particularidades e fenomenologia, entretanto, a linguagem em determinados momentos justificam a existência de uma ciência específica que a estude, a Linguística Geral, no qual o estudioso deve dominar as técnicas, os princípios e métodos. Interessante que cada comunidade linguística vive em um mundo que se diferencia de algum modo de outras comunidades, essas diferenças sutis ou explícitas são expressas tanto por meio da cultura quanto por meio da língua, em suma revelando e conservando-as. As línguas não são somente nomenclaturas dadas às múltiplas coisas existentes no mundo, mas revelam a cultura e características de seus usuários.
As palavras carregam significados e sentimentos à cultura da comunidade linguística que a utiliza, portanto, no momento de traduzi-la para outro idioma, o linguista precisa traduzir e explicar as utilizações dessa palavra na língua de origem a partir de contextos adequados e compreensível ao momento ou situação. A investigação antropológica necessita de observação e inquietação no estudo da cultura e da língua de certas comunidades. Importante ressaltar que a descrição de uma cultura envolve certo conhecimento acerca da língua desta cultura, sendo importante na descrição de uma cultura, visto que a língua reflete a cultura. Vale mencionar que o estudo da língua ou da cultura pode ser feito sem a dependência de uma ou de outra.
Estudar as línguas, em que não há documentos escritos ou quase não existem estudos anteriores é chamado de Linguística Antropológica. Vale ressaltar a importância para os docentes de línguas esses estudos lingüísticos, tem como interesse toda e qualquer língua a fim de entender mais sobre a linguagem em si e sua relação entre as línguas e entre a vida e a linguagem.Nessa perspectiva, contribuição e colaboração entre a Linguística e a Antropologia, ambas as disciplinas que estudam o homem. A esse respeito, Robins (1977) cita:
É no estudo de culturas distintas e primitivas, de línguas amplamente desconhecidas e ainda não estudadas, que o antropólogo e o linguísta mais podem se aproximar um do outro. Onde inevitavelmente existem poucos que trabalham e os povos e as línguas são muitos, nosso conhecimento poderá depender dos relatórios e análises de um só ou, na melhor das hipóteses, de um pequeno grupo de estudiosos.
Franz Boas (1858-1942), cuja tradição holística deste ramo de conhecimento antropológico fora estabelecida nos EUA no início do século XX. Franz Boas nasceu em 9 de julho de 1858 em Minden , na Alemanha, mas foi nos Estados Unidos que produziu as suas principais obras, uma das mais relevantes contribuições à Antropologia Americana, conhecida como a moderna antropologia cultural. Ele trouxe para a discussão temas até hoje tidos como polêmicos. Dentre eles, o próprio conceito de cultura e seus desdobramentos, como, por exemplo, raça, linguagem e evolução. Em suas pesquisas de campo redigiu conclusões importantes sobre as teorias difucionistas e evolucionistas. Esse contato com povos dessa etnia, e a experiência obtida em campo, foram determinantes para a sua mudança definitiva de área de pesquisa, iniciando, assim, suas reflexões antropológicas. Um dos legados de Boas para a Antropologia e demais ciências humanas que utilizam pesquisa de campo, é o seu método de pesquisa. Ele é considerado um antropólogo de campo e nesse quesito tem muito a nos ensinar.
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