O Diário de Campo
Por: tulioleitao • 3/7/2018 • Relatório de pesquisa • 1.586 Palavras (7 Páginas) • 246 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF
DISCIPLINA: SUPERVISAO ACADEMICA DE ESTAGIO I
DOCENTE:
DISCENTES:
DIÁRIO DE CAMPO
Data: 07/04/2018 Horário: 09h00min
Local: Hospital Municipal Carlos Tortelly
Ao iniciar os atendimentos do dia, a assistente social foi abordada pela acompanhante de um dos pacientes do hospital, a senhora Maria, esta informou que estava indo ate a sala do serviço social para reclamar da postura de um funcionário (a), conforme orientação da instituição a senhora Maria foi orientada pela assistente social a procurar pela ouvidoria do hospital, contudo, a assistente social através da entrevista buscou entender a situação, a senhora Maria mencionou que esta acompanhando a senhora Carla, paciente idosa, com mal de Alzheimer, informa não ser parente, mas que antes de dar entrada no hospital a senhora Carla estava residindo em sua residência estando sob seus cuidados, a senhora Maria reclama que uma enfermeira não permite que ela acompanhe o banho da senhora Carla, e que ela gostaria de acompanhar para saber se a paciente possui alguma lesão pelo corpo, menciona que algumas enfermeiras permitem o acompanhamento do banho, porem uma determinada enfermeira não permite.
Em razão do que foi apresentado, foi feito contato com a enfermeira do setor onde a paciente estava internada, a assistente social foi informada que o procedimento no momento dos banhos dos pacientes é da retirada dos acompanhantes do local.
Foi explicada a situação a senhora Maria, buscando preservar o bom relacionamento entre os profissionais de saúde e os pacientes e sua família. Realizado o acompanhamento do prontuário da paciente, atualização do quadro de evolução, além de passada a rotina do hospital para com os acompanhantes, como a possibilidade de receber alimentação.
Atenção: Os nomes relatados foram alterados com a finalidade de preservar o sigilo do paciente.
Data: 14/04/2018 Horário: 11h00min
Local: Hospital Municipal Carlos Tortelly
Senhora Maria foi de forma espontânea ate a sala do serviço social para obter maiores informações da rotina do hospital, a Sra. Maria é filha do Sr. Joao, idoso internado no Hospital com suspeita de tuberculose, a assistente social realizou a entrevista social, informou que o paciente por ser idoso tem direito a acompanhante porem devido a suspeita da doença, o paciente é internado em um leito isolado dos demais, buscando preservar a possível disseminação da doença, em vista disso, não é permitindo a presença de acompanhantes no leito.
Sra. Maria faz um apelo a assistente social, que ela entre em contato com seus dois irmãos, filhos do Sr. Joao, e solicite que ambos ajudem a cuidar também do pai, menciona que trabalha e possui filho, necessitando assim da participação dos irmãos no cuidado do pai, informa que já falou com ambos, mas nenhum demostrou interesse.
A assistente social informou que o contato com os familiares é feito na qualidade de comunicar a internação do paciente, mas não pode impor a ninguém a cuidar de outra pessoa, parente ou não, esta é uma questão familiar e ela não teria como intervir quanto a isso, orienta que a Sra. Maria converse e tente buscar o melhor entendimento entre eles.
No momento da conversa com a Sra. Maria a assistente social não havia tido nenhum contato com o paciente, conforme planejamento do setor é feito o atendimento respeitando a ordem cronológica de admissão dos pacientes.
Atenção: Os nomes e leito relatados foram alterados com a finalidade de preservar o sigilo do pacientes.
Data: 21/04/2018 Horário: 15h30min
Local: Hospital Municipal Carlos Tortelly
Conforme planejamento do setor, a assistente social realizou a visita ao leito XX, o Sr. Joao foi internado com lesão infectada no braço, internado para receber os devidos tratamentos, foi identificado na entrevista social que o Sr. Joao é trabalhador informal, não realiza contribuição previdenciária e vive em situação de rua, com idade inferior a 60 anos, não possui nenhum contato de familiares, informou o nome e telefone da Sra. Maria, uma pessoa que o ajuda a lidar com a situação que ele vive no momento.
O paciente estava querendo ir embora do hospital, interrompendo assim o tratamento da doença, Sr. Joao demostrou não ter ciente da gravidade da lesão e do risco que corria caso interrompesse o tratamento, a assistente social fez todo um trabalho de convencimento, de argumentação, visando o bem estar do paciente solicitou o suporte dos profissionais da área de saúde para sanar qualquer duvida de origem medica do paciente. Diante disso o paciente resolveu aguardar ate a alta medica.
Com as informações que foram coletadas no ato da entrevista social foi identificado que o paciente não possui direito ao beneficio de auxilio doença, sendo este um beneficio previdenciário, devido à idade ainda não pode solicitar o Benefício da Prestação Continuada (BPC), este é um beneficio da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS[1]), como pessoa em situação de rua foi informado do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP[2]). A assistente social não se limitou a questões unicamente ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), analisou a totalidade da situação, e fez as devidas orientações.
Data: 28/04/2018 Horário: 16h00min
Local: Hospital Municipal Carlos Tortelly
Durante entrevista feita na sala vermelha, nos deparamos com uma tentativa de evasão do hospital, a paciente Tatiana, aproveitou o momento do término do horário de visita para fugir pela porta que dá acesso ao estacionamento do hospital.
A enfermeira ao ver que a paciente estava saindo solicitou ajuda, eu de forma instintiva, fui ajudar a enfermeira enquanto a assistente social localizava a mãe de Tatiana que estava ainda no corredor aguardando para falar com o médico sobre o estado de saúde de sua filha.
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