Os crimes com a vida camponesa: analise dos impactos no desenvolvimento da juventude, com os fechamentos das escolas no campo do cariri paraibano.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

Jorge Luís Barbosa dos Santos

Amanda Cariri de Oliveira

Os crimes com a vida camponesa: analise dos impactos no desenvolvimento da juventude, com os fechamentos das escolas no campo do cariri paraibano.

SUMÉ – PB

2018

RESUMO: Com essa pesquisa, buscamos problematizar o processo de fechamento de escolas no campo, que vem acontecendo atualmente na região do cariri paraibano, visando mostrar a dificuldade no processo de deslocamento, das crianças, adolescente, jovens e adultos, de suas respectivas comunidades para outras comunidades ou para sede do município. O nosso objetivo com essa pesquisa, é mostrar como esse processo de deslocamento prejudica no desenvolvimento do aluno, porque quando ele tem que se deslocar de sua casa para escola dentro de um ônibus superlotado com estradas precárias, acaba influenciando direto no seu processo de aprendizagem. Por que fizemos essa pesquisa? Para que de uma forma ou de outra essa pesquisa, cause incomodo na gestão do município, e venha a solução esse problema.

PALAVRAS-CHAVE: Fechamento; Escola do Campo; Dificuldade de Deslocamento.

Introdução

        A pesquisa busca mostrar as consequências do processo de fechamento de escolas no campo, na comunidade da carnaúba zona rural de Sumé PB no cariri paraibano, nossa metodologia foi através de dialogo e entrevista com uma mãe e liderança da comunidade, buscando mostrando toda nossa indignação e contraposição a esse processo de fechamento das escolas.

        Problematizamos sobre o significado da escola para a comunidade, mim foi falado que a escola da comunidade carnaúba, é da data de 1970, então varias gerações já passaram por ela, muitas gerações tiveram a oportunidade de estudar naquela escola, por isso também que ela significa uma instituição importante para comunidade, ela também é importante porque é a única presença do estado na comunidade, porque se fomos comparar com o urbano, o urbano tem vários recursos, como posto de saúde, acesso a laser, acesso a escola na porta de casa, ruas pavimentadas, água na torneira e etc., já na zona rural o único bem que as populações pode desfrutar é uma escola, por isso que a retirada da escola da comunidade é uma perda muito grande, porque a escola alem de tudo significa que os filhos dos agricultores irão ter a oportunidade de estudar perto de suas casas sem precisar se deslocar. Outro ponto que foi discutido foi às consequências que o fechamento da escola traz para comunidade, falando com uma integrante da comunidade, ela mim disse que o fechamento da escola traz muito prejuízo para comunidade, especialmente para as crianças e para os pais, que tendo que se deslocar para outros locais, essa mudança causa um grande efeito, porque, as crianças gastavam cinco minutos para estar na escola, agora é uma hora e quinze pra ir e uma hora e quinze para voltar, ou seja, duas horas e meia, então esse é um grande prejuízo, no sentido de identidade, porque as crianças estão sendo retiradas do local onde vivem, e acabam deixando um pouco de lado sua cultura, perde esse senso de identidade com as praticas de sua comunidade, e isso acarreta prejuízos futuros, que com o passar do tempo essa criança pouco vai se identificar com o lugar que ele vive então olhando de um ponto de vista, mais a longo prazo esse fechamento vai trazer inúmeros prejuízos para aquela comunidade, o principal e futuramente aquela pessoa não se identificar com o lugar que vive.

Nesse sentido, Caldart (2001, p. 141) remete-nos a refletir esta questão quando discute a escola como instrumento de “enraizamento” e o enraizamento como possibilitador de construir um projeto.

Outro tema que tratamos foi às estratégias do governo, para chegar ao fechamento da escola, e foi relatado que o prefeito age de forma autoritária e tem agido de forma autoritária, para fechar as escolas, por exemplo, mesmo a população se contrapondo e dizendo não ao fechamento, o governo passa por cima do posicionamento da comunidade e fecha aquelas escolas, então a estratégia tem sido mesmo usar do poder da autoridade, por exemplo, aqui em Sumé, teve a estratégia de fazer manobras com o conselho municipal de educação, onde quatro membros vinculados diretamente ao prefeito votaram no fechamento e três membros da sociedade civil votaram ao contrario, então a estratégia tem sido autoritarismo e utilização de pessoas vinculadas a prefeitura a cargos comissionados para votarem de acordo com os interesses. Mais de acordo com a lei o prefeitura deverá ouvir comunidade antes de fechar escolas rurais, indígenas e quilombolas.

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